Poema definitivo

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É definitivo que amo tanto a ti

como amo a este que aqui escreve

e portanto de ti não mais preciso

a ver que só com a tinta sou feliz

pois amo o poeta que se fez em mim

é virtude permanente que nasceu

hoje sou teu e também sou meu

amanhã assim contente permanece

pois nada em mim um momento esquece

o que já se provou e já se viveu

se por ventura houver comunhão

teus caminhos cruzarem minha volta

não permitirá tristeza nem mata-borrão

apagar a construção deste amor sem fim

que ausente em corpo e tatuado em alma

sobreviveu calado por tantas horas

mas possa enfim iniciar outra história

se sou tão eu aqui a sonhar sorrindo

imagine-te unidos o que seria bem vindo

se vens cravos vermelhos no jardim

se ficas flores brancas de jasmim

não importa quem se importa

um poema é sempre assim

definitivo em sua declamada glória

no esplendor de um único amor

que se realiza em carne e gozo

ou em fantasias que constrói

felicidades amada

onde quer que você vá

por fim repito que te quero

sempre livre a escolher

entre cravos e jasmim

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