Hoje

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Não vou arrumar a cama

deitar em uma poça de lama

ficar com a mesma roupa

café amargo e suco de polpa

não ligar a tevê nem o rádio

fitar o vazio do estádio

um cigarro aceso na boca

uma febre muito louca

nada de conversas

pensamento em terras imersas

um dia cinza mesmo com céu azul

ranzinza os olhos miram o sul

de lá vem todo o silêncio

sofre como o pobre Gaudêncio

hoje será tristeza por fora e por dentro

poesia pontuada e com acento.

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