Parábola

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Ela desce as ruas de paralelepípedo

seu sotaque de rouxinol azul

o sorriso largo livre no rosto

abraça os amigos em profissão de fé

senta no bar pela cerveja e a certeza

de que cada dia é apenas uma vitória

no corpo toda a poesia e malemolência

da menina mulher do mar e do céu

letrada sempre diz o que sente

chora muito porque a verdade é dolorosa

vive com a paixão dos que não se escondem

dos que temem, mas cantam mais uma melodia

ela é longilínea, esguia, quase gigante

esfinge sedutora sob os cachos dourados

marcada pelos eventos que a noite traz

toma o sereno da madrugada entre risos

e sempre amanhece doce

ela é a mulher que compõe minha parábola

uma história de amor sem início nem fim

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