Diário de um Alfa em Apuros | jjk + pjm

Papai, feliz aniversário!

Acordar com pleno silêncio naquele domingo tinha me deixado extremamente relaxado, ainda que tenha estranhado Jiwoo não ter vindo pular na minha cama para me desejar feliz aniversário, já que parecia muito mais empolgada do que eu com a data na última semana inteira.

Mas, preferi apenas pensar que era cedo e ela ainda estava dormindo, por isso levantei com toda calma que me habitava e fui direto para o banheiro em busca de um banho quentinho para começar o dia. Depois disso, acordaria minha pequena e a levaria para passar o dia na rua comigo, tendo em vista que à noite meus amigos iriam jantar na minha casa.

E eu tinha conseguido, finalmente, fazer um convite a Jimin sem parecer um panaca sem atitude. Posso até confessar que estava flertando um tantinho com ele e, confesso também, que claramente não estava sendo retribuído. Mas, apesar disso, me sentia um pouco melhor em ao menos ter evoluído com a minha timidez.

Kim Seokjin iria fazer um jantar especial para mim, e o motivo de minha casa ter sido a escolhida foi por ser literalmente entre a casa de todos eles, facilitando a ida e vinda de todos, além de ter dois quartos extras para se precisassem dormir aqui — porque era óbvio que beberiam e não iriam embora dirigindo logo após. Meu apartamento não é gigante, mas ele tem dois andares e quatro quartos. É o único daquele corredor que tem dois andares, embora o de Jimin também seja muito espaçoso.

Por falar no Park, ele estava trabalhando com Seokjin, tinha começado na última segunda-feira e, aparentemente, havia gostado do novo trabalho.

Assim que saí do banho e me arrumei melhor, fui na direção do quarto da minha pequena, não a encontrando ali.

— Bebê?! — Chamei, esperando que ela me respondesse.

Só que não houve resposta alguma.

Busquei por Jiwoo em todos os cômodos da casa, até mesmo olhei debaixo das camas e dentro dos armários, lembrando da maneira que ela se escondeu de mim no último ano, mas acontece que ela não estava mesmo em lugar algum, ela simplesmente tinha sumido.

Movido pelo desespero eu abri a porta de casa e bati na de Jimin sem sequer pensar, querendo uma luz de esperança e calmaria no meio daquele caos em que eu estava me enfiando com minha mente conturbada.

Jimin abriu a porta vestindo um avental, ele estava sorrindo, mas o sorriso sumiu ao ver a minha feição preocupada.

— Hyung, a Ji sumiu. — Comentei desesperado. — Ela... ela... hyung, o que eu faço?

Jimin sorriu mais uma vez e me puxou para dentro de sua casa, em seguida me guiando para a cozinha de sua casa, um dos cômodos que eu mais conhecia ali. E foi ao adentrar o lugar, que meu coração se aliviou ao mesmo tempo em que grudei Jeon Jiwoo em um abraço forte, como se não a visse há semanas.

Ela também usava um avental — que estava todo dobrado devido ao tamanho ser muito maior que ela — e suja de farinha, mas pouco me importei com isso, estava mais preocupado em lhe trazer para perto e sentir seu cheirinho doce de salada de fruta que tanto me acalmava. Eu estava quase chorando!

— Jeon Jiwoo, a senhorita está muito encrencada! — Ralhei assim que coloquei meus olhos nela ao soltá-la. — Como você sai de casa desse jeito? Por que não me acordou e pediu para vir até o Jimin?

— Porque eu queria fazer uma surpresa, papai. Eu queria te fazer um bolo de aniversário, appa. — Eu vou fingir que não derreti todinho com o que ela disse, porque ela ainda tem cinco anos e ainda precisa sim me dar satisfações. — Me desculpa, papai.

— Você está de castigo, ouviu bem?

Quando eu vi os olhinhos dela se encherem de lágrimas eu soube que tinha pisado feio na bola. Mas se eu sempre passasse a mão na cabeça dela, ela nunca aprenderia a me obedecer. Sei que ela fez algo inocente, que só queria me agradar, mas não foi correto, poxa.