Jungkookie, eu preciso de atenção

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— Você vai se comportar direitinho? — Indaguei a Jiwoo após entregar a mochila dela para Seokjin.

— Papai, não sou mais um bebê. — Ela cruzou seus braços, me encarando com um bico no rosto. — Sou uma mocinha de seis aninhos!

Minha pose foi toda por água a baixo, porque como eu ainda pretendia falar de maneira séria com ela sendo que tinha toda aquela fofura presente em sua fala e também em sua carinha? Era impossível!

Jiwoo tinha pedido para passar o final de semana na casa de Seokjin e Namjoon, uma ideia que a princípio não me agradou muito, mas que ao ver tanto ela quanto Seokjin — sim, ele implorou — ajoelhados em minha frente me pedindo, não tive muito como evitar de aceitar. Além do mais, confiava plenamente em meus amigos e sabia que li a Ji estaria bem e segura, que era o que mais me importava, sendo sincero.

— Como o Jimin está? — Jin me perguntou quando minha filha se despediu de mim e foi brincar com Namjoon.

— Cheio de desejos. — Acabei rindo. — Mas ele está tão radiante com nossos filhos que isso nem parece incomodá-lo, sabe? Ele me disse para te pedir desculpas por ele não ter ido trabalhar ontem, mas é que, poxa, ele mal conseguia andar de tão inchados que estavam aqueles pés. Hoje ele acordou melhor e mais animado, mas ontem só quis ficar agarrado na Ji o dia inteiro e quando eu cheguei só faltei carrega-lo para cima e para baixo.

Seokjin riu, dizendo que isso não soava nem um pouco com Park Jimin. E era verdade. Era muito estranho vendo ele ser tão dependente de mim quando, no momento em que nos conhecemos, ele era tão independente de tudo e todos. Mas eu me sentia bem por isso, bem por tê-lo comigo, bem por tê-lo grudado em mim a todo instante.

Meu celular vibrou no bolso e eu acabei sorrindo, era uma mensagem dele:

"Jungkook, eu preciso de atenção."

Bom, a princípio eu tinha achado fofo, muito adorável, mas em seguida ele mandou outra mensagem, que acendeu um fogo anormal dentro de mim:

"Eu estou comendo Nutella, você não quer comer também?"

Qual a chance de eu ter interpretado errado a sua mensagem? Muita, considerando o quão safado eu sou com Park Jimin, no entanto não podia me aguentar quando ele me cheirava a creme de avelã e me indagava se eu queria comer nutella. Poxa, era maldade comigo!

O respondi que em breve estaria em casa e chamei Jiwoo para me despedir dela, ganhando um abraço apertado e um eu te amo pequenininho do tamanho do infinito que me derreteu todinho.

Em seguida me despedi dos meus amigos, agradecendo-os por ficarem com a Ji e dizendo que poderiam me ligar a hora que fosse caso acontecesse alguma coisa com a minha pequena, vendo ambos revirarem os olhos.

Nas mãos deles eu sabia que não iria acontecer nada, mas sou um pai preocupado, ora.

Quando cheguei em casa, passei a porta e larguei minhas coisas, deixando também os calçados por ali antes de decidir ir em busca de Jimin. Não precisei de muito para encontrá-lo, ele estava na cozinha, e o meu psicológico foi atentado com sucesso assim que botei os olhos nele, visto que Jimin estava um verdadeiro pecado.

Jimin estava só de camiseta e boxer, as pernas um tanto abertas, e ele estava com um pote de nutella na mão e na outra uma colher onde agora estava a língua dele. Eu nunca quis tanto ser uma maldita colher...

Achava um absurdo como o Jimin grávido de seis meses — de gêmeos — conseguia ser tão lindo e irresistível quanto em qualquer outro momento. Ele era simplesmente lindo, perfeito... o meu amor todinho.

Diário de um Alfa em Apuros | jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora