Papai, eu tô triste!

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Jimin ficou me olhando como se não tivesse uma palavra sequer para me dizer. E vê-lo todo perdido trouxe ao meu peito uma sensação gostosa, como se me mostrasse que aquele era o meu lugar, tendo minha filha, os amigos incríveis que tinha, meus pais, e agora a presença cada vez mais constante do Park.

Por isso, com calma aproximei mais nossos rostos, não demorando a encostar em sua boca com a minha. Jimin fechou seus olho no mesmo instante, e por conta disso não demorei em também fechar os meus, inclinando o rosto para o lado na intenção de aprofundar nosso contato.

A fragrância de creme de avelã parecia me hipnotizar, era convidativa de modo extremo, eu só queria me afundar mais e mais naquele beijo, naquele homem em minha frente, e me perder por inteiro sem me importar nem um pouco.

Em dado momento nós dois acabamos deitando no sofá, onde fiquei trocando carinhos e beijos com ele, recebendo sorrisos lindos em resposta.

— Você também é o meu tipo. — Jimin disse em certo momento, acariciava meus cabelos enquanto minhas mãos estavam em suas costas. — Acho que tenha essa opinião desde que te conheci.

Sorri ainda mais, porque jamais pensei que meus sentimentos pudessem ser recíprocos. Jamais mesmo! Pensei que talvez Jimin nutrisse somente alguma afeição por mim, no máximo desejo, mas paixão não. Quer dizer, ele não declarou estar apaixonado, mas estou deduzindo que temos esse sentimento em comum, em algum ponto.

Sentei no sofá com ele sobre mim e o beijei outra vez, me empolgando um pouco ao trazê-lo mais para perto pela cintura e ouvindo-o ofegar. Céus, está ficando tão calor nessa sala...

— Jungkookie, a Ji pode levantar a qualquer momento... — Jimin comentou, suspirando enquanto meus lábios se perdiam em seu pescoço tão cheiroso. — J-Jungkookie... a-ah...

O calor era tanto, que cheguei a pensar que não seria mais capaz de parar de beijá-lo, mas então algo me fez acordar. Algo duro me fez despertar. Jimin parecia extremamente corado, mas não sabia dizer se era por ele estar excitado ou se era por ele ter sentido que eu também estava.

— Me perdoa. — Sussurrei um pouco envergonhado quando ele saiu do meu colo.

— Não precisa pedir perdão, é bom saber que me deseja. — Rebateu com um sorriso de canto. — Mas isso também pode ser efeito do seu cio que está tão próximo.

— Jimin, eu sinto desejo por você há muito tempo, isso não tem nada relacionado com o meu cio. — Expressei, vendo-o sorrir ainda mais tímido. — Eu vou dar uma olhada na Ji.

Ele apenas concordou, e então eu levantei, pensando em qualquer coisa que não fosse ele para conseguir fazer as coisas baixarem. Porque se eu pensasse em Jimin, certamente voltaria para o sofá e o faria meu ali mesmo. Mas logo deixei de pensar nisso, primeiro porque sabia que ele merecia mais do que isso, e segundo porque ouvi o choro baixinho da minha filha e isso me tirou de qualquer transe possível.

Praticamente corri para dentro do quarto, a encontrando agarrada ao meu travesseiro enquanto chorava copiosamente. Não pensei muito, apenas me aproximei e a puxei para meu colo, logo tendo seus braços em volta do meu pescoço e sua cabeça escorada em mim também. Desde seu nascimento, meu cheiro sempre foi um calmante natural para Jiwoo, por isso ela dormia tão facilmente se estivesse escorada em meu peito.

— Papai, eu tô triste! — Ela choramingou, trazendo ainda mais dor ao meu peito. — Você não me ama, appa?

— Meu amor, você é a pessoa que eu mais amo nesse mundo todo. — Garanti, sentando melhor para acomodá-la mais confortavelmente em meus braços. — Por que está me perguntando isso, uh?

Diário de um Alfa em Apuros | jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora