Jeon Jimin, parece bom para você?

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Assim que me foi permitida a entrada no quarto onde Jimin estava, eu sequer pensei, apenas adentrei o cômodo com pressa ainda que de maneira silenciosa. Então me aproximei da cama com os olhos quase vertendo em lágrimas outra vez e cheguei o mais perto que pude.

Seu rosto estava mais branquinho que o normal, e a boca normalmente tão rosadinha também se encontrava pálida. Segurei sua mão sem conseguir me conter apenas para encontrá-la fria.

Meu amor... — Sussurrei, deixando um beijo em sua bochecha também geladinha.

Demorou um tempo para que eu me acalmasse um pouco. E quando digo um pouco, me refiro a uns vinte por cento. Estava acabado de tanto que já havia chorado, e sinceramente não queria que Jimin me visse dessa forma ao acordar, mas naquele ponto já não tinha forças para lutar contra. Saber que ele estava vivo, que estava respirando, que agora apenas dormia e estava fora de perigo... ah, isso era tudo que eu precisava. Mas só me acalmaria cem por cento quando visse seus olhos abertos e pudesse escutar sua voz.

Quando senti a mão de Jimin se mover na minha um bom tempo já tinha se passado, e ele despertou me pedindo de forma gaguejada por um pouco de água. Servi em um copo e o ajudei a tomar, mesmo devagar, de gota em gota praticamente. Jimin me dirigiu um sorriso fraquinho e mais uma vez naquele dia não consegui ser forte. Não fui forte, porque agora me sentia aliviado após toda a tensão passada ao longo do dia.

— Por que você está chorando, meu amor? — E as lágrimas caíram com mais força ainda.

Jimin chegou a se afastar mesmo com dificuldade, indo para o lado na cama, só para que eu pudesse ficar mais pertinho dele e deitasse ao seu lado. E eu deitei, e lhe abracei com toda vontade que estava me corroendo ao longo do dia.

— Eu quase perdi você. — Sussurrei, tentando não apertá-lo e acabar lhe machucando. — Tive tanto medo, Jimin, tanto medo.

— Mas eu estou bem aqui, meu bebê. — Ele soltou uma risadinha, me deixando todo bobinho lhe encarando. — Você não vai se livrar de mim tão fácil assim.

E só pelo seu sorriso, tudo melhorou. E o meu coração agora estava acelerado por conta daquele sorriso, não mais por medo ou coisa parecida. Porque apesar de estar nervoso com tudo, ver os olhos de Jimin, seu sorriso, sentir seu corpo aquecendo outra vez, sua mãozinha grudada na minha, era tudo que eu precisava para me sentir melhor, de fato.

Só que não demorou para nosso chamego se desfazer ao que o médico veio ver como Jimin estava. Ele deu uma olhada nos pontos, averiguando que estavam bem até então, e fez algumas perguntas para ver seu estado como um todo.

— Eu quero ver meus bebês. — Jimin disse. Ele já tinha me dito algumas vezes antes do médico chegar e eu o informei que precisávamos da permissão do mais velho para isso.

— O ideal é que você fique de repouso hoje. — O médico tentou.

— Mas eu quero! — Jimin nunca pareceu tão firme quanto naquele instante. — O senhor não sabe como é passar oito meses com medo do que pode acontecer com os próprios bebês, principalmente após uma gravidez que me trouxe tanta dor ao perder meu filho anos atrás. Nem que eu levante e vá sozinho, eu vou ver os meus bebês!

Eu amo tanto o meu Jimin.

Tive que intervir, porque o médico estava encontrando mil e um motivos para o meu amor não sair da maca, até que eu perguntei se não poderia levá-lo nos meus braços. Tipo, carregar ele mesmo, que nem o meu amor todinho que ele já é. E o médico aceitou, acho que se ele não aceitasse Jimin iria acabar saindo aos tapas com ele, por isso ficou meio óbvio que o doutor não teve muita opção.

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