Diário de um Alfa em Apuros | jjk + pjm

Jimin, você é uma parte minha

Eu quase perdi Park Jimin. E quando digo isso, não há uma sequer gota de brincadeira por trás dessa frase. Eu, de fato, quase o perdi.

No momento em que Yoongi começou a dirigir para o prédio onde eu morava, alegando que ficaria no carro enquanto eu buscaria Jimin e Jiwoo, algo muito ruim percorria meu peito. Era uma agonia que eu não sabia explicar, uma agonia que não senti da última vez que um filho meu nasceu. Digo... antes de Jiwoo nascer, infelizmente eu era egoísta e não me importava com o que aconteceria com Jihyo, ainda que soubesse que cuidaria da minha filha independentemente do que viesse a acontecer, mesmo que eu não sentisse nada por ela.

Lógico que meus pensamentos mudaram literalmente da água para o vinho no instante em que escutei o choro dela a primeira vez, e quando botei meus olhos na minha ruivinha percebi que por ela, eu faria tudo e qualquer coisa, porque ela era a minha maior preciosidade.

Só que agora, além do medo eminente do que poderia acontecer com meus filhos, também nutria um medo descomunal do que podia acontecer com Jimin. Lógico que eu desejava que tudo desse certo e ficasse bem, mas um lado meu estava apavorado temendo o pior.

— Vai ficar tudo bem. — Yoongi segurou minha mão quando precisou parar em um sinal, me surpreendendo pela atitude. — Estarei do seu lado o tempo todo. Enquanto estávamos no elevador eu chamei Seokjin para ele pegar a Ji, não é bom que ela fique no hospital com a gente. Você só ficaria ainda mais nervoso.

— Você sabe como a Ji é, hyung, ela não vai me largar. — Suspirei, apertando sua mão antes de ele precisar voltar a dirigir. — Eu tenho medo, hyung. Eu amo o Jimin. E meus filhos... meus três filhos... não saberia viver sem um deles, entende?

— Todo mundo vai ficar bem, Jungkook, você vai ver só. Um dia estaremos rindo do seu nervosismo.

E eu esperava muito que fosse verdade.

Quando entrei no meu apartamento, Jimin estava deitado no sofá e Jiwoo estava com a sua mochila nas costas, com a bolsa que fizemos do Jimin ao seu lado, e segurando a mão dele dizendo que ele iria ficar bem. Me emocionei só com aquilo, mas não pude me demorar admirando quando precisava dar atenção a eles.

— Ji, aqui a chave, vou precisar que você tranque a porta quando sairmos, ok? — Ela assentiu para mim, ajeitando a mochila nas costas e pegando a bolsa do Jimin. — Quer que o papai leve, a bolsa está pesada?

— Não, papai, eu consigo, eu sou forte. — Mesmo em um momento de agonia e desespero, me permiti sorrir, concordando com a cabeça e pegando Jimin no colo.

Jimin não me disse nada, ele só me dirigiu um pequeno sorriso, que só alargou quando deixei um beijo em sua testa. Segurei ele com firmeza, agradecendo por Jimin ser leve, já que além do seu peso tinha mais o peso dos nossos bebês. Nós saímos do apartamento, Ji fechou a porta e apertou o botão do elevador, em seguida adentrando o mesmo junto a nós.

— Fica do meu ladinho, bebê. — Falei para Jiwoo, que segurou na minha calça como se dissesse que estava pertinho de mim.

Jiwoo abriu a porta do carro para Jimin e eu, fechou a mesma e entrou do outro lado, ficando na sua cadeirinha. Sorri para ela e disse que estava orgulhoso de si, enquanto ajeitava Jimin e o ajudava a colocar o cinto. Eu o questionei mais de uma vez se estava tudo bem, em todas as vezes ele disse que sim, que estava feliz, e que estava ansioso para ver o rostinho de Eunwoo e Somin. E em todas essas vezes, eu pedi aos céus que não permitissem que algo de ruim acontecesse aos meus amores.

Nós não demoramos para chegar no hospital, Jiwoo estava no colo de Yoongi e Jimin estava no meu, como ele não estava gritando de dor — como a recepcionista disse —, fizemos a ficha dele. Eu achei um absurdo e, como advogado, sabia o tamanho do erro daquela recepcionista, mas... não tinha sequer forças para brigar com alguém no momento, principalmente quando as dores se tornaram maiores no meu amor e eu precisei levá-lo para o médico.