Diário de um Alfa em Apuros | jjk + pjm

Diário de um alfa (não) em apuros

O dia do meu casamento com Jimin pode ser considerado o meu favorito dentre todos juntamente com o dia do nascimento de Jeon Jiwoo e do nascimento de Jeon Eunwoo e Jeon Somin. Tudo porque... aquele foi o dia onde Park Jimin se tornou Jeon Jimin. Foi um dia repleto de nervosismo da parte dele, portanto que me mandava mensagens a cada poucos minutos para me perguntar se estava tudo bem.

Nossos bebês estavam arrumadinhos lindamente, juntamente ao bebê recém nascido de Taehyung e Yoongi. Ou melhor, da bebê.

Jinwoo estava uma fofura só, por sorte tinha feito amizade com a minha filha e vestia um terno com uma flor lilás no bolso, porque lilás era a cor do vestido da minha princesa linda e ruivinha, que parecia ainda mais uma princesa mesmo. assim que coloquei meus olhos nela precisei dizer que quem a tivesse no futuro teria muita sorte. Me mordi um pouquinho de ciúme quando ela me disse que seria legal casar-se com Jinwoo, mas em seguida concordei com a cabeça que seria mesmo legal se eles crescessem e se apaixonassem.

Tudo bem, desde que ele fizesse bem ao meu bebê.

Nossos amigos também estavam todos muito bem arrumados, meus pais pareciam prontos para o próprio casamento, mas a minha ansiedade durante todo aquele dia foi para ver como Jimin estava, pois ele me disse unicamente que usaria um terno branco e, bom, eu fiquei extremamente ansioso.

Quando finalmente o vi, naquele dia, senti meus olhos marejarem. Não entendi o porquê de sentir tanta vontade de chorar apenas por olhar para ele segurando a mãozinha pequena de Jiwoo e caminhar na minha direção parecendo um verdadeiro anjo. E as lágrimas caíram quando, gentilmente, Hoseok trouxe Jiwoo para perto de si e permitiu que o pai de Jimin encaixasse o braço no seu e terminasse o caminho na minha direção.

Porque, é, na semana do nosso casamento eu só faltei ameaçar os pais de Jimin para que eles viessem na cerimônia ou pelo menos na festa, e depois de muitas desculpas esfarrapadas eu apenas joguei o convite na tela — já que fizemos uma chamada em vídeo — e disse que eles deveriam fazer isso pelo filho e que estaríamos os esperando.

E eles estavam ali, e Jimin quase chorou. Quase, porque as lágrimas só caíram quando ele segurou a minha mão, e durante a cerimônia enquanto trocávamos palavras bonitas e sorrisos também derrubei várias lágrimas.

Naquele dia, nós apresentamos pessoalmente nossos filhos para os pais de Jimin e eu fiquei todo bobo quando ele disse que Jiwoo foi a filha que ele adotou com seu coração.

E eu já disse que ele parecia um anjo naquele terno branco? Talvez sim, mas ele parecia mesmo.

Após a cerimônia nós tivemos uma festa animada, com a presença das nossas famílias e amigos, tivemos vários brindes, tiramos inúmeras fotos e sorrimos o tempo inteiro simplesmente porque sorrir parecia muito bom naquele instante. Era como se tudo estivesse em seu devido lugar, sem uma sequer peça sobrando ou faltando. Tudo estava bem.

A nossa lua de mel foi na Tailândia. Os primeiros dias nos renderam muitos beijos, passeios, praias e, confesso, muito prazer. Mas a marca só veio mesmo na primeira noite do nosso cio — já que tínhamos planejado a viagem pensando previamente nisso —, e eu nunca pensei que fosse tão incrível dividir uma marca com alguém, mas... bem, era muito satisfatório, de todos os aspectos possíveis.

Desde aquele dia eu sentia absolutamente tudo em dobro e, apesar de parecer um pouco assustador, era também extremamente gostosa a sensação de pertencer a alguém dessa forma.

Enquanto escrevo esse diário para Jiwoo, como presente pela maioridade dela, penso que ela se tornou minha melhor amiga com o passar dos anos. Ela sempre acha um jeito de jogar na minha cara que eu não queria ser pai e que quando a vi esse pensamento se tornou obsoleto para mim, mas é mesmo a verdade. Eu não escolhi ser pai, mas quando a conheci sabia que a escolheria outras mil vezes — ou mais — se fosse necessário, porque ela era tudo para mim.