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Por Mel

Continuo com a cabeça deitada no ombro do Henrique, seu braço em volta da minha cintura.

HR: quer falar ou eu falo? — pede quando a família presta atenção na gente

Mel: pode ser você — já que não confio suficiente na minha voz para falar

HR: beleza — ele beija minha boca rápido e se vira para o resto da família. — A Mel ta gravida — solta duma vez

Então veio aquela bagunça de abraço e choro — principalmente meu — e quando vi eu estava abraçada ao Henrique chorando. De novo.

HR: vai no banheiro lavar o rosto depois bebe uma água — diz quando me afasto

Eu faço isso, e quando estou apoiada na bancada da cozinha tentando acalmar meu corpo, Alicia aparece. Ela não diz nada, só me abraça. Não choro dessa vez

Alicia: tem dia que você vai querer jogar tudo para o alto e desistir — diz baixinho no meu ouvido — Que a vida vai perder sentido. Você vai falar "que porra eu to fazendo?" e talvez nunca encontre uma resposta. Mas essa é a parte boa da coisa, essa busca. Eu passei por isso minha vida toda, e encontrei o sentido só aqui no Brasil, junto do Gregory.

Me afasto dela e vejo em seus olhos o resto do discurso "talvez você também encontre nesse bebê". Ela sorri para mim e beija meu rosto. Voltamos para a sala juntas se dizer nenhuma palavra. Me aconchego de novo no Henrique e deixo que ele conte como tudo aconteceu. Ele não fala da minha crise, para minha felicidade.

Ficamos o resto do dia na casa deles e quando voltamos para a nossa, só queria dormir.

HR: amor, você tá muito tensa — ele diz deitado na cama ao meu lado com aquele sorrisinho na cara e eu ergo as sobrancelhas — Deixa eu te relaxar, vai — ele me rouba um beijo e eu o olhos pasma

Mel: sério, Henrique? — reviro os olhos e ele sorri — Tá bom — digo derrotada.

Até porque eu realmente estava precisando relaxar.

Ele sobe em cima de mim com cuidado e começa a me beijar enquanto as mãos trabalham em abrir meu short.

HR: eu tenho vontade de queimar esse short só por esse tanto de botão — resmunga e eu solto uma gargalhada baixa contra a boca dele.

Abro os olhos, vendo ele me encarando com aquela fome e colo minha boca na sua de novo. Sinto a mão dele entrar dentro do meu short e gemo contra seus lábios.

O Henrique sai de cima de mim para tirar meu short e calcinha, depois deita na cama com o rosto entre as minhas pernas e me olha daquele jeito que eu quase enlouqueço.

Daí para frente tudo vira um borrão e eu só consigo pensar nas mãos dele no meu quadril, me obrigando a ficar quieta, e aqueles malditos dedos e língua brincando comigo.

Mel: Henrique... isso — gemo

Ele sente antes de mim quando eu vou gozar, aumentando o ritmo da mão e me fazendo gemer bem mais alto.

Sinto meu corpo estremecer e gozo na boca dele.

Inferno de homem! Ainda vai me enlouquecer!

Por HR

Fico com a Mel na cama até ela adormecer, depois me levanto e vou para varanda.

Acendo uma verdinha, para tentar acalmar os ânimos

Eu to quase pirando com esse bagulho de gravidez. Não quero ver a Mel mal, já deu a cota para mim. Porra, eu sou amarrado no sorriso dela, tá ligado? Odeio quando essa mina chora.

Feitos De PedraOnde histórias criam vida. Descubra agora