Segundo coração

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BAKUGO

Midoriya: E-Elian... - caiu com os joelhos no chão.

Eu: Deku... Deku! Deku!

Elian: Já causou problemas demais ao papai, mano.

Midoriya: Herh... - escorreu sangue pela boca dele e ele caiu - Ka-...

Eu: Deku... - empurrei o Zelki e fui até o esverdeado - Não, não, não!

Midoriya: Kacchan... - buscou ar com dificuldade - Foge d-daqui...

Eu: Não... - comecei a chorar - Não vou deixar você.

Midoriya: Por favor... S-Se salva.

Eu: Deku... - ele fechou os olhos e respirou fundo - Não me deixa! Ei Deku! Deku?!

O Midoriya parou de respirar e eu fiquei desesperado sem poder para ajudá-lo.. Naquele momento notei que nunca mais voltaria a sentir o seu cheiro, nem o calor no peito ao vê-lo me olhar sorrindo, ou ouvir a sua doce voz a chamar meu apelido bobo. Eu não vou perder ele! Gritei e sentir meus caninos crescerem, então soltei o Midoriya devagar... Olhei pra trás, encarando o Elian e então eu puxei cordão, rompendo a correntinha e o selo que o Midoriya usou. Aquele idiota machucou meu esverdeado e não vou deixar isso barato.

Eu: Como pôde fazer isso com o seu próprio irmão?!

Elian: Ele sabia que se continuasse a enfrentar o papai, ele morreria.

Eu: Já que não hesitou em matar o seu irmão, eu não garanto que viva por muito tempo.

Elian: Ahn... Essa aura...

Zelki: Como um humano tem uma aura tão poderosa?

Ataquei Elian com um soco bem na sua cara, o fazendo recuar poucos passos e então ele pareceu ficar um pouco irritado. Ele partiu pra cima de mim, mas usei uma explosão pra evitar o seu ataque, então eu puxei a gola da sua camisa e acertei uma explosão na sua barriga, fazendo o moreno cair no chão. Sentir o meu coração acelerar e logo me lembrei que o coração do Midoriya não fica do lado esquerdo, então... Ele não está morto... O que o esverdeado tá pensando em fazer?

Elian: Como um humano como você consegue me enfrentar? Eu sou o terceiro filho da família Yami!

Eu: Tô pouco me fudendo pra sua família... - respirei fundo pra me acalmar um pouco - Isso não tem significado nenhum pra você, né?

Elian: Ahn...

Eu: Você machucou alguém muito importante pra mim e eu vou fazer você se arrepender de ter nascido.

Elian: Você não vai sair vivo daqui, humano insolente!

Elian me atacou com chutes muito fortes, então usei os braços pra se defender e segurei a perna direita dele. Usei a uma explosão e eu logo o derrubei, então eu sentir minhas orelhas ficarem pontudas e um tipo de proteção metálica cobriu minhas mãos e pulsos para explosões não me causar muito dano... Vi o Elian cercar seu corpo com raios e os seus movimentos ficaram rápidos para acompanhar, o que é ruim.

Sentir cada ataque e não consegui me defender, então ele sorriu só por achar que vai ganhar, mas eu usei uma proteção metálica similar ao do Midoriya. Ganhei uma cauda peluda apareceu e logo depois eu vi o Elian se aproximar com a sua mão coberta de raios... Ele acertou dois socos seguidos na barriga, mas não conseguiu acertar um chute porque eu segurei sua perna e o puxei por cima de mim, batendo ele no chão com força. O bati com tudo no chão, fazendo uma cratera se formar ao redor dele, então fiquei na frente dele e sorri vitorioso.

Eu: O que foi? Não consegue ganhar de um simples humano, príncipe?

Elian: Ora seu...

Zelki: Desista Elian... A julgar pela aura monstruosa, o loiro deve ser tão forte quanto o Maou.

Midoriya: Ui! - retirou a espada do seu peito - Elian, você ferrou com o meu pulmão e eu quase morri sem oxigênio. - cuspiu sangue.

Elian: Mano Maou?

Midoriya: Não. Seu pai. - puxou a camisa e mostrou a ferida em seu peito - Isso dói pra caramba, hein.

Zelki: Como você...

Midoriya: Lado errado. Apesar de tudo, eu sou um Afo e meu coração fica do lado direito.

Zelki: Então só parou de respirar pra regenerar o pulmão? Eu achei que você tinha morrido.

Midoriya: Também pensei.

Eu: Que história é essa de Maou?

Midoriya: É o nome que meu pai me deu enquanto estava por lá. Odeio esse nome.

Elian: Da próxima eu te mato, loiro idiota. - se levantou.

Eu: Tenta, vai.

Midoriya: Elian, vou ser piedoso e te deixar ir, mas... - olhou pro seu irmão e mostrou a espada - Valeu por me devolver minha espada.

Eu: Grr... - rosnei - Então eu vou brincar com esse aqui. - segurei o Zelki - Ele tentou me matar, né.

Midoriya: Kacchan... Você está de brincando, né?

Eu: Tô sim. Na verdade eu quero levar ele pra rever a namorada.

Zelki: Ela não é minha namorada!

Midoriya: Ah tá... Bem, tchau pra você, Elian e... - me olhou - Você pode voltar ao normal, Kacchan?

Eu: Tá bom.

MIDORIYA

Quebra de tempo

Eu estava próximo da entrada da cidade com o Bakugo e o Zelki, mas o Zelki estava muito nervoso com a ideia de ir ver a Gabi. O Bakugo me colocou nas costas quando saimos andando, afinal preciso descansar um pouco. Dei o meu casaco ao meu irmão pra ele usar o capuz para só então entrar na cidade sem que os humanos vissem o pequeno chifre entre seus cabelos. Fomos até uma rua de pequenas casas e então eu desci das costas do loiro e mostrei a casa onde a Gabi. Bati na porta e uma garota abriu a porta.

Gabi: Izuku! Que surpresa!

Eu: Gabi, eu trouxe uma pessoa pra você rever. - sai da frente do meu irmão e sorri.

Gabi: Zel? Ahn, é o Zel! - agarrou o moreno - Zel, que saudade.

Zelki: Que bom... Você realmente está viva, Gabi.

Eu: Você já pensou em fazer dela a sua Narin?

Zelki: Minha Narin?

Bakugo: Já podemos ir? Você tem um machado pra cuidar, né.

Eu: Ah, tem razão.

Gabi: Pode deixar que eu ajudo o Izuku. Ele me ajudou muito e eu quero retribuir.

Bakugo: Obrigado, Gabi. Eu não sei o que faria se perdesse ele.

Gabi: Sei bem como é. - sorriu tão animada - Entrem rápido.

***

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