Uma Oportunidade

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Karolyn

Cheguei em casa e vi várias chamadas perdidas da Lucille. Provavelmente seja para falar do grupo ou jogar conversa fora... Só penso em comer alguma coisa, mas minha tia foi comprar frutas para fazer um suco e resolvi esperar.

O Bernado havia ido comigo, ele estava mesmo disposto a contrariar as ordens da "ADORÁVEL"  Hanna.

Deitei no sofá e coloquei minha cabeça sobre o colo de Cristhian, comecei a vagar em pensamentos, até que ele começa a cutucar a ponta do meu nariz.

— Se não for amor eu desconheço o que sente por mim. - Digo direcionando o meu olhar para o seu lindo rosto.

— Estava aqui pensando em uma coisa... - Ele diz passando a mão em meus cabelos.

— Em que? - Bernado pergunta enquanto mexia em uma pasta de músicas.

— Preciso de um emprego. - Salto do seu colo surpresa.

O CRISTHIAN pensando em trabalhar? Novidade daquelas...

— Está doente? - Pergunto e logo eu e Bernado começamos a rir.

— Eu pensei bastante e vi que não dá para ficar parado esperando a tia Cecília nos dar tudo de mão beijada, não é justo. - Ele diz e assinto, afinal se quisermos mudar teremos que nos esforçar.

— Eu sei quem pode te ajudar. -Bernado fala.

Como eu não fazia ideia de quem poderia ser então me atrevi a perguntar. Ele me olhou praticamente me chamando de curiosa e apenas esperei por sua resposta.

— Lorenzo, ele é um cara muito legal e sei que vai ajudar o Cristhian.

— É muito velho? - Ele me lança um olhar seco.

— Por que se interessa em saber disso?  - O mesmo questiona guardando a pasta de músicas.

— Sinto um cheiro de ciúmes... - Cristhian diz e olho para Bernado que estava todo sem jeito, como se fosse realmente isso o que estava sentindo.

— Ciúmes? Por que o Bernado teria ciúmes de mim? Somos amigos. - Digo.

Cecília chega com as frutas e me chama para ajudá-la com as comidas na cozinha.

— Ciúmes da minha irmã? - Cristhian pergunta.

— Não, eu não tenho porque estar ciumando dela. - Bernado diz, Cristhian o olha cismado.

Voltei a sala uns minutos depois e os dois estavam em um total silêncio. Aviso que a tia Cecília chamou para almoçar, eles prosseguem para à cozinha.

Antes de fazer o mesmo decido ligar para Lucille e saber o porque dela ter ligado tantas vezes...

— Oi, amiga. - Ela me atende com voz triste.

— Aconteceu alguma coisa? - Pergunto, mesmo sabendo que possivelmente sim.

— Meu Pai descobriu que eu me encrotava com o Samuel na escola. - Fico imaginando como ele poderia ter descoberto.

— Como isso aconteceu?

— Breno...

Eu não imaginei que o Breno pudesse fazer algo do tipo. Ele não estava sendo uma das melhores pessoas do mundo ultimamente, mas não pensar no mal que ele estava fazendo a própria irmã era de mais.

O Recomeço (PAUSADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora