Karolyn
No meu dia tudo poderia acontecer, mas que ninguém aparecesse com a tal da Hanna em minha frente!
Cristhian havia me levado ao ponto de ónibus junto a tia Cecília, já que agora o Bernado não iria comigo. Eles voltaram para casa e eu fiquei lá plantada esperando pelo o ónibus, mas um carro vermelho para à minha frente e quando o homem baixa o vidro eu vejo Bernado no outro banco.
- Vai uma Carona?
Olho secamente para aquele homem e não o respondo. Ele olha para Bernado como se não soubesse o porque eu o ignorei.
- Karolyn, meu pai não pensa como minha mãe, pelo contrário...
- Eu não quero levar problemas para a minha tia e nem para a sua família. Vocês podem ir que eu fico aqui esperando o ónibus. - Digo cruzando os braços.
Bernado fala algo a seu pai que eu não consegui escutar, depois ele desce do carro e vem até mim.
- Sabe que eu gosto muito de andar de ónibus?
- Vai com seu pai, ele se deu o trabalho de acordar cedo para te levar à escola.
- Pai, obrigada. Pode ir visitar o seu amigo.
O homem acena para nós e sai. Eu estava furiosa, mas ao mesmo tempo me senti bem em tê-lo comigo ali, e por livre e espontânea vontade.
- Você sabe que se sua mãe descobrir que você está andando comigo ela vai fazer um barraco.
- Quem liga? Eu não ligo, você liga?
- À minha tia liga e você sabe disso.
- Fica tranquila, o meu pai não vai contar nada a ela. Ele também achou errado a forma que ela tratou você e o seu irmão.
Fico supresa. Sempre achei que o pai dele não ligasse para ninguém além de si mesmo. É por isso que dizem sue as pessoas mudam.
- Eu confesso que me senti bem em não estar aqui sozinha.
- Karolyn, se tem uma coisa que eu não vou deixar é você sozinha.Alguns minutos depois o ónibus chega. Júlio e Kiara haviam guardado os nossos lugares, que boa ação eles fizeram hein...
Ao chegarmos na escola senti uma enorme vontade de voltar para casa. Parte dos alunos me olhavam estranho, com certeza foi a grande parte que assiste TV.
Acreditem, não é paranoia.
Bernado foi para a sua turma junto a Kiara e Júlio. Eu fui para a minha e ao entrar na sala havia poucos alunos, acho que devo agradecer por isso.
- A riquinha ainda não decidiu ir embora... - Um garoto idiota fala ao me ver entrar.
Ignoro o comentário dele e sigo para a última cadeira da terceira fileira que se encontrava bastante longe dele.
A diretora entra na sala e dessa vez não foi para me levar a secretaria. Ela avisou a turma que a professora Greicy estava doente e que as duas primeiras aulas seriam vagas, porém não iríamos sair cedo. Sinceramente eu não sei se ficava feliz por não ter as duas primeiras aulas ou triste por não ir para casa.
Peguei meu celular, coloquei o fone de ouvido e fui para o pátio. Eu estava em paz, sentada em um banco, até que...
- Opa riquinha.
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O Recomeço (PAUSADO)
Roman pour AdolescentsKarolyn Martinez e Cristhian Martinez são filhos de pais empresários, eles vivem uma vida totalmente diferente de muitas pessoas por ai, ou seja, de ostentação. Karolyn tem 15 anos e seu irmão tem 18, ela está prestes a fazer 16 anos e só pensa em...