XIV. O ômega ficando caidinho

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Capítulo 14 - O ômega ficando caidinho

Foi estranho dormir sozinho depois de ter companhia a semana inteira. Mas o cheiro de Jimin ainda se encontra ali, no meu quarto, no meu travesseiro, nas minhas cobertas, então acabei ficando relaxado, tranquilo, como sempre fico estando ao seu lado. 

Fiquei surpreso ao descobrir que sim, cheiro de alfa acalma, protege, ainda mais um ao qual notei confiar.

De manhãzinha mandei mensagem para os garotos marcando uma saída. Chamei Seulgi visto que ela está curiosa para conhecer não só meus amigos como Jimin também. É. Eu acabei contando a ela sobre o alfa. Assim como contei a Boyeon, minha terapeuta. Deixei claro que não sei o que sinto por ele, mas que está cada vez mais difícil negar que gosto do seu jeito e aprecio o fato dele me fazer bem.

Minha amiga do serviço ficou empolgada, me incentivando a continuar a dar uma chance pois ela sabe que é difícil encontrar alguém tão legal, encantador e cheio de valores bons, ainda mais um alfa. Sim, ela é uma alfa que curte alfas. E eu a respeito e a apoio porque não sou minha mãe. 

Mari pode ter tentado, eu posso ter me calado e para ela isso foi concordância, porém, não, eu só não falava porque foi ensinado a me calar e eu me arrependo das vezes que não me impus. 

Pelo o que lembro, desde pequeno nunca gostei de seu jeito preconceituoso e hipócrita. Na igreja dizia que devemos amar a todos quando no dia a dia criticava, ofendia e oprimia o que a sociedade costuma julgar como diferente. Pensar que ela queria me fazer ser assim me deixa nauseado. Ainda bem que as pessoas mudam.

Enfim, voltando ao assunto Park Jimin... A Dra. Boyeon disse que eu não preciso ter pressa. Posso estar com o alfa, sentir o que quiser ao seu lado, e não tenho que definir nada entre nós. Só aproveitar os momentos sem maiores preocupações.

Durante o dia faxinei a casa, coloquei as roupas para lavar, depois fiz uma sequência de exercícios básicos a fim de compensar um pouco já que faltei a academia por conta da semana sofrida causada pela menstruação. E me rendi ao chocolate depois. Cortei algumas frutas e o derreti, passando por cima delas, ficando dentro da banheira enquanto comia e tinha um momento só meu comigo mesmo.

Eu me encontro em uma paz interior a qual nunca imaginei um dia poder sentir. Estou feliz. Orgulhoso de mim mesmo. Satisfeito com a minha evolução. 

Existe um ditado onde diz: "há males que vêm para bem". Hana ter me traído, me deixado antes de casarmos e consequentemente nos colocando em uma vida insatisfeita, ter me dito coisas que doeram, porém, me incentivaram a mudar, não poderia ter sido melhor. O meu eu de antes quase morreu pela primeira desilusão mas o de agora sabe o quanto precisava disso para acordar e amadurecer.

Eu acho que finalmente me encontrei. Descobri onde devo estar. E é bem aqui: nesse mundo livre, com pessoas que gostam de mim e se importam de verdade. 

Então, sim, eu não poderia estar melhor. 

Quer dizer, eu posso estar melhor. A vida é sempre uma constante evolução, não é?

Inclusive, hoje eu pretendo me superar mais. 

Espero que Jimin não fique encabulado pelo incidente de ontem - de eu ter ficado meio mal enquanto nos pegávamos gostoso - pois eu estou confiante e pronto para outra.

Hidrato meu cabelo vendo que ele está tampando a nuca de novo por crescer rápido. Dessa vez o seco, deixando lisinho. Também hidrato meu corpo e meus lábios. Pinto as unhas de preto dessa vez. Eu nunca usei essa cor antes por ser julgada de má forma por Mari, ficou lindo, é certeza que usarei novamente. 

Minha Vida, Meu Prazer! {Jikook}Onde histórias criam vida. Descubra agora