III. O ômega destruído

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Capítulo 3 - O ômega destruído

Eu ainda me encontro incomodado pelo término mas ao menos o domingo passou rápido e gostoso na companhia de Seokjin e Namjoon. Nós ficamos o dia todinho vendo filmes de comédia e comendo besteiras. 

Minha mãe me mantinha em dietas para que eu continuasse magro e com pele lisinha como de bebê mas desde que saí de casa admito que venho comendo o que me dá vontade. Eu não me arrependo disso.

Falando nela, por estar me ligando constantemente, deixei meu celular desligado. Portanto, na manhã seguinte, ali estavam inúmeras ligações perdidas. Só que eu ainda não me sinto bem para falar com ela e ouvir o famoso: eu te avisei. 

— Bom dia, Jungkook. — ouvi uma voz rouca e charmosa soar atrás da porta. — Posso entrar? 

— Pode, sim, Nam hyung. — eu me encontro na janela, observando o sol fraco da manhã, me sentindo um pouco como ele mas tudo é recente, acredito que em algum momento essa melancolia irá passar. 

— Fiquei sabendo que seus testes atrasaram. Jin pediu para que eu levasse você para buscá-los. 

— Ah, eu tinha esquecido disso.

Havia ido ao médico fazer alguns exames, incluindo testes para ver minha taxa de gravidez e ver os melhores anticoncepcionais que poderia tomar. Mesmo que a igreja seja contra, assim como a minha mãe, eu me acho novo demais para procriar então é melhor que eu tome os remédios. 

Os resultados eram para ter ficado prontos na sexta, porém tiveram contratempos no hospital e só saíram agora. Se fosse antes eu enlouqueceria, correria até o dr. Oh e exigiria tudo na minha mão pois longe de mim correr o risco de uma gravidez logo após a lua de mel. Porém, depois do que aconteceu, eu sequer me importava. 

— Quer saber? Não ligo.

— Tem que ligar, é o seu corpo, sua saúde. Não é porque está sem parceiro agora que não é interessante saber o quanto você é saudável e fértil. 

— Acho que você tem razão. — e vai que uma hora eu precise começar a tomar os evita-bebês. Nunca se sabe, como dizem: é melhor prevenir do que remediar. — Onde está o Jin hyung? — pergunto enquanto busco nas caixas empilhadas um suéter pois parece um pouco frio lá fora. Talvez não tanto para um alfa ou beta, mas nós ômegas temos a temperatura do corpo baixa então, consequentemente, sentimos mais frio.

— Foi trabalhar. 

— Trabalhar? — um estranhamento se fez presente em minha voz.

— Ele é enfermeiro e trabalha um dia sim, um dia não lá no Hospital Central. Você não sabia? — me olha, confuso com a minha cara pensativa.

— Ele me disse, mas não recordava. Não é meu foco, sabe? Ao meu redor não tem ômegas que costumam trabalhar... 

— E o que esses ômegas fazem? Porque trabalhar significa ter dinheiro e, dinheiro, significa ter sustento para abastecer sua casa, sair para se divertir ou ter suas conquistas pessoais. 

— Eles cuidam da casa, da família e vão a igreja. Inclusive, minha mãe me ensinou assim. 

— Sua mãe... É, eu conheço a peça. Mas o que você acha disso? — enfatiza o "você".

— Uhm... Que cada um sabe o que é melhor para si — minha fala soou mais como uma pergunta insegura. — Bem, é o que o Jinnie expressa.

— Sim, exato. Ômegas podem fazer o que quiserem. Todos os lupinos podem. E preferir trabalhar fora ou arrumar um parceiro que concorde em fazer isso enquanto você cuida da casa, é direito de escolha de cada um. Ninguém tem nada haver com as nossas vidas. Te aconselho em não ouvir tudo o que sua mãe diz pois nem sempre ela pode estar certa. Apenas faça o que você achar melhor. Sempre. Ouviu? — disse, doce. 

Minha Vida, Meu Prazer! {Jikook}Onde histórias criam vida. Descubra agora