America Singer
Aspen aproxima sua boca da minha e (...) nos beijamos, não é como quando namorávamos, agora na verdade parece errado fazer isso. Esse beijo me trás mais uma confusão pra minha cabeça mas me sinto segura nos braços de Aspen, no fundo eu sei que ele sempre vai me amar e eu posso não estar apaixonada por ele, mas também vou sempre ter um carinho muito grande por ele. Me rendo ao seu toque e deixo pra raciocinar depois.
- Não devíamos fazer isso. - Afasto minha boca da dele e quando ele me olha parece magoado. - Aspen nós não namoramos mais, você realmente acha que se nos beijarmos vai fazer bem pra gente?
- Olha no fundo dos meu olhos e me diga que não me ama mais e eu prometo te deixar em paz. - meu coração acelera quando ele ergue meu rosto me fazendo olhá-lo. - Me diz Meri!
- Não sei se ainda te amo Aspen. Mas sei que não sou mais apaixonada por você. - Declaro e uma lágrima escorre dos meus olhos.
- Eu estou disposto a lutar por você, não vou desistir de nós. Eu sei que não posso fazê-la se apaixonar da noite pro dia, mas enquanto eu viver vou tentar conquista-lá. Serei seu eternamente Meri. - Ao terminar de falar Aspen me dá um suave beijo, como se fosse um selo da sua promessa. - Agora vamos te levar pra enfermaria.
No final eu só cai de mau jeito e meu pé não torceu e nem quebrou. Mesmo assim Aspen se ofereceu pra me levar de cadeira de rodas até meu quarto, resumindo todos olharam pra mim e eu quis matar o Aspen por me fazer passar essa vergonha. A melhor parte de ter caído é que não precisei arrumar toda aquela biblioteca, toma Clarkson!
Estou sentada na minha cama olhando pela janela, me lembrando do meu encontro com o Maxon no jardim,estou criando sentimentos por ele, mas com Aspen voltando pra minha vida de novo, meu coração está dividido.
Escuto três batidas na porta e um bilhete é passado por baixo dela. Como a Marlee está não sei aonde, tenho que me levantar pra pega-lo, ao colocar meu pé no chão percebo que já não dói tanto. Pego o fino e delicado papel e o abro:
America,
Preciso vê-la, a meia noite quando todos já estiverem dormindo venha até o nosso lugar secreto. Tenho uma surpresa.
- MaxonDou uma risada com este bilhete, quem diria que o Maxon certinho, agora gostasse de quebrar todas as regras comigo. Não sei o porque, mas iria a qualquer lugar do mundo se ele estivesse junto.
- Por que está rindo como uma apaixonada? - Marlee diz sorrindo ao entrar no quarto.
- Primeiramente não estou não e segundamente você também está com um sorriso de alguém apaixonada. - Marlee fica corada com minha acusação.
- Espero um dia poder de contar tudo, mas agora eu não posso. Não comente com ninguém que estou apaixonada, por favor- Marlee pega nas minhas mãos e praticamente implora.
- Eu entendo você e jamais contaria um segredo seu a ninguém. - Tranquilizo minha amiga. Apesar de estar curiosa sobre quem a Marlee está apaixonada, eu não insisto no assunto.
11:50 é o horário que o relógio está marcando, visto uma calça jeans e uma blusa preta, com cuidado pra não acordar minha colega de quarto. Coloco travesseiros embaixo da coberta pra caso a Marlee acorde pense que estou aqui. A porta faz um ruído quando eu a abro. Caminho devagar até a ala norte pra fazer o mínimo de barulho possível, a adrenalina me pede pra correr, mas tento manter a calma. Quando finalmente entro no cômodo combinado me escoro na porta e respiro aliviada, ao olhar ao redor percebo que a luz está apagada e não exergo nada. Alguém acende uma vela que ilumina todo o lugar, de primeiro momento me assusto e preciso conter um grito mas quando vejo que é o Maxon relaxo.
- Você tem que parar de me assustar assim! - Solto uma risada e então reparo na mesa com duas cadeiras que antes não estava aqui.
- Desculpa não é por mal. - Ele dá um sorriso tímido. - Soube que seu dia foi muito agitado e pensei em fazer uma surpresa, você já deve ter jantado obviamente mas acho que cabe uma sobremesa né?
- Claro que cabe, pode mandar. - Respondo e Maxon gargalha, me sento em uma das cadeiras e ele se senta ao meu lado.
- No dia do jantar oficial você saiu antes da sobremesa, como imaginei que ela seria do seu agrado pedi pra uma cozinheira daqui fazer um pouco pra nós. Tenho certeza que você vai gostar. - Maxon tira a tampa que cobria o meu prato e a do dele. - É torta de morango.
- Eu nunca comi uma sobremesa assim. Obrigada por ser tão atencioso. - Dou uma garfada na torta e quase caio pra trás. - Maxon essa é a melhor comida que eu já comi na minha vida, meu Deus! O morango, o recheio são perfeitos. - Praticamente devoro minha torta, que agora parece bem menor que antes. Maxon me olha maravilhado como se eu não estive comendo feito um cão.
- É bom saber que você está bem, fiquei preocupado quando soube da sua briga com a Celeste e que havia machucado o pé.
- Imagina não foi nada e sobre a Celeste ela que me aguarde. - Respondo de boca cheia. - Aliás você não vai comer essa torta não?
- Pode ficar com a minha. - Maxon me oferece sua torta e eu aceito, óbvio. - Fico feliz de ver que minha querida está bem.
- Ei nem comece. - Percebo que quando Maxon sorri os olhos dele brilham, em outra vida ele seria um príncipe com certeza.
- Sua boca tá toda suja. - Ele se aproxima de mim e passa o dedo limpando o chantilly nos meus lábios, me foco em casa movimento dele e percebo que Maxon me trata com o maior carinho do mundo. Consigo perceber que ele sempre hesita antes de falar, acho que na maioria das vezes ele não sabe como agir. Eu também não, posso já ter namorado mas com Maxon tudo é diferente.
- Você já amou alguém? - Pergunto e ele faz uma expressão confusa.
- Eu sempre estive preso nesse internato, nunca tive uma vida normal. Óbvio que aqui sempre teve muitas meninas mas nenhuma delas se aproximava de mim, por causa do meu pai. E também eu nunca havia me apaixonado. Mas então uma ruiva surgiu pela porta e alho mudou. Você acha que poderíamos tentar ter algo? - Ele pergunta entrelaçando seus dedos aos meus.
- Eu nunca contei pra você, mas eu já namorei por 2 anos. Sei como é ter o coração quebrado e acho que não aguentaria ter que juntar todos os pedacinhos novamente. Eu sinto algo por você, algo que não sei o que é, mas que consome todos os meus pensamentos. Chega a ser estranho o fato de quando você estar por perto eu me sentir mais feliz. Mas eu não estou preparada, eu não posso me envolver com você, não ainda. Você acha que podemos ser amigos? - Pergunto e vejo toda a animação dele murchar, eu odeio ter que fazer isso, mas não dá pra fazer mil promessas de amor , quando acho que ainda posso sentir algo pelo Aspen.
- Amigos... é podemos ser amigos. - Ele diz e afasta sua mão da minha. - Está ficando muito tarde, melhor irmos dormir. - Maxon se levanta e sinto que o magoei,mas do que imaginava.
- Sinto muito, não queria te magoar. Eu só não posso lhe jurar amor enquanto não sei o que quero. - Me levanto e coloco minha mão no braço dele.
- Eu entendo America. E não escolheria ninguém melhor pra ser minha amiga. - Maxon sorri, mas percebo que não é um sorriso verdadeiro, os olhos dele não brilham mais, agora parecem sem vida.
O clima ficou super estranho, por isso nos despedimos rapidamente e eu fui pro meu quarto. Andando sozinha pelos corredores, fico pensando se fiz o certo, chego a conclusão que isso era o melhor a ser feito por agora. Sinto a presença de alguém atrás de mim.
- Você? - Falo ao me virar.
(...)
Pelo visto não é só a America que gosta de passeios noturnos....
Vocês acham que essa "amizade" vai dar certo?
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A Seleção: Uma Nova Era (em pausa)
RomanceAmerica Singer era uma garota comum até ser selecionada pra estudar no internato Illéa High School. Ela não imaginava que se apaixonaria por alguém depois de sua última desilusão amorosa, até conhecer um menino com cabelos cor de mel todo certinho...