Capítulo 7

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...

— Onde está? — Andy perguntou, soltando a minha boca apenas o suficiente para falar.

— O que?

— O que? Quer no seco e sem camisinha, baby?

— N-não.

— Então você sabe do que eu estou falando.

Suspirei.

— Andy, eu não tenho essas coisas aqui — falei.

Aff, claro que alguma coisa ia atrapalhar! Bem, talvez seja bom, afinal, pensei.

— Hum... — ele parou por alguns segundos. Me deu um selinho e se levantou de uma vez.

— Onde você vai? — Me ergui para vê-lo à luz da lâmpada da entrada do banheiro. Ele era delgado e ágil. Saltou da cama para o chão, vários metros adiante, e pegou as roupas. — Andy, por quê? Eu deixei, não deixei?

Ouvi sua risada.

— Agora você quer, não é? Vai ter, baby. Calma!

Foi aí que eu notei que ele não estava se vestindo, mas pegando algo nos bolsos. Eu não soube se era pior ou melhor ele andar prevenido. Me pegou no desespero.

— O que é isso? — perguntei quando ele voltou para cima de mim. Eram duas coisas que ele trazia.

— Está com medo agora?

Assenti, nervoso. Ele me beijou.

— Relaxa.

Tentei descobrir onde ele tinha posto o que tinha na mão, mas não consegui. As mãos dele já estavam vazias, deslizando suavemente pelo meu corpo. Logo depois, ele estava novamente segurando meu rosto e beijando minha boca, indo o mais fundo que conseguia com a língua. Eu gostava do beijo dele. Era dominante, sem me dar chances de pensar. Ele soltou meu rosto e se ergueu sobre mim. Pegou meu pau e massageou, colocou-o na boca por algum tempo e parou. Era só para me deixar no ponto em que estávamos antes.

Ele aproximou minhas pernas com cuidado e se pôs sobre minhas coxas, sem fazer peso. O pau dele tocava no meu, e isso me deixava louco. Então ele abriu a embalagem da camisinha e colocou-a em mim. Gelei.

Ele se inclinou sobre mim, com uma perna de cada lado do meu corpo.

— Tudo bem, Loth? — sussurrou no meu pescoço.

— Uhum — foi o que consegui dizer.

— Vou te dar um presentinho de boas-vindas.

Assenti. Eu estava adorando a ideia do presente. Tanto que não conseguia nem dizer.

Me dei conta de que tinha que me mexer e desci as mãos pelas costas de Andy. Senti vergonha de descer até a bunda. Parei pouco abaixo da cintura, onde a pele estava fria, e ele riu.

— Desce mais, Loth. Você precisa ajudar.

Obedeci. Me atrevi a separar o dedo do meio da mão direita e descer pela fenda quente, onde inevitavelmente ele encontraria o orifício anal. Se eu estava de camisinha, era porque aquele lugarzinho iria me receber. Era o meu presente. O presente que, como ele havia dito no nosso primeiro encontro, ele me daria na minha primeira vez. Ele estava cumprindo.

Devagar, o circundei, e ainda indeciso, introduzi o dedo. Senti a mão dele no meu pau e relaxei. Era gostoso meter o dedo e sentir a mão dele em mim. Era uma sincronia gostosa. Quase não ouvi quando ele pediu:

— Me dá o dedinho.

— Oi?

— Põe na minha boca. — Como eu não entendi, ele levantou a voz. — O dedo, Loth, põe a porra do seu dedo na minha boca! Eu não carrego KY no bolso. — Ele segurou meu rosto para me olhar. — Você é virgem, Loth?

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