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Ícaro

Dias depois

Ainda não acredito que tem gente que acha que tráfico é "vida fácil".
Pô, to mô cansadão. Os dias passam voando e eu mal tenho tempo para respirar. Não vejo minha mãe há dias, e nem mesmo a Iara.

Nesse exacto momento estou voltando pra casa. Depois de um longo dia. São quase 22 horas. Queria passar na casa da Iara, mas o cansaço não me permitiu.

Quando chego, vejo que a porta está destrancada. Na mesma hora, pego minha arma.
Com cuidado, entrei com a arma preparada.

Na sala, não estava ninguém.
Na cozinha.
Corredor.

Porra. Será que estou tão mal para deixar a porta da minha casa sem trancar.
Voltei a guardar a arma na minha cintura.
Bebi um copo de água e tirei minha camiseta.

Indo para o meu quarto, a porta está entreaberta.

Com cuidado, afasto ela. Com minha mão na cintura, onde minha arma está.
Arregalo os olhos.

Tiffany está completamente pelada na minha cama. Com as pernas abertas.

— Tá doida? O que tu tá fazendo aqui? — perguntei tirando a mão da minha arma.

Ela não respondeu. Passou suas mãos na sua intimidade inchada e rosada. Completamente depilada.

Engoli em seco sentido meu pau dar sinal de vida.
Puta que pariu.

— Vem aqui me ajudar? — disse mordendo o lábio logo em seguida.

— Some daqui, agora — falei tentando desviar o olhar dela.

— Tem certeza que é isso que você quer? — enquanto dizia essas palavras, ela fazia movimentos circulares na sua intimidade com uma das mãos, e a outra acariciava seus seios duros.

E eu?
Meu pau já está duro. Merda.

Eu amo a Iara.
Eu amo a Iara.
Eu amo a Iara.

Só conseguia repetir essas palavras na minha mente.
Droga. Por que o corpo é tão fraco?

Engoli em seco e me aproximei dela. Com a intenção de arrasta-la para fora da minha casa.

Mas quando me aproximei, Tiffany engatinhou até onde eu estava.
Tentei afastá-la.
Mas com uma rapidez absurda, Tiffany apertou meu pau que já estava duro e só piorou.
Com a mesma rapidez, ela abriu o zíper da minha calça, abaixou ela junto da cueca e me abocanhou.

Gemi ainda tentando afastar ela.
Mas quando ela intensificou os movimentos eu só conseguia pensar em gozar na sua boca.

O que não demorou muito.
Soquei a boca dela enquanto puxava seus cabelos.

Ela engoliu cada gota da minha porra.

E aí eu voltei a pensar com a cabeça de cima.
Merda.
O que eu fiz?

— Sai daqui — falei, sem muita convicção. Porque acabo de me mostrar um fraco.

— Tu gostou pretinho, fala que gostou — disse lambendo os lábios.

Suspirei.
Ela ficou de quatro na minha frente. Rebolou batendo na própria bunda.

— Vem, se enterra em mim. Vem — disse rebolando indo pra frente e pra trás.

Subi minha cueca e calça. Fechei o zíper e passei minhas mãos pelos cabelos.
Só consigo pensar na Iara.
Que merda eu fiz.
Porra. Minha morena.

— Vem Ícaro, me fode gostoso, vai — a voz da puta na minha frente me fez sair do transe.

— SOME DAQUI PORRA — gritei.

Tirei minha arma que havia caído no chão — Estava tão louco que nem prestei atenção — apontei pra ela que me olhou assustada.

— Vaza daqui agora — disse entre dentes — E se abrir a boca pra minha mulher pode se considerar uma mulher morta.

[...]

Dois dias depois

—Tu tá bem Ícaro? — Iara, que está deitada no meu colo, pergunta mais uma vez.

— Nada não. — forcei um sorriso e voltei a atenção para a tv onde está passando o filme Black Panther.

Puta merda.
Nunca pensei que peso de coincidência fosse tão pesado assim.
Mal consigo olhar para cara dela e não me sentir um lixo.

Sei que a vadia da Tiffany tem a intenção de fazer a Iara saber do que aconteceu (com certeza, de um jeito errado). Então, eu devia contar.
Mas sempre que olho para Iara, minhas palavras somem. E eu sei muito bem o porquê.

Culpa.

Continua....

Eu, Você e o MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora