L'AMORE IMPROBABILE

XII - Mi Si Calma

POV Lauren

O caminho até em casa foi regado a brincadeiras, músicas e falação sobre as aulas com a professora Rose e Lorelai. Camila e Emma vinham no carro logo atrás. Às vezes me perdia na conversa com as crianças apenas observando o rosto delicado de Camila pelo retrovisor. Por sorte eu era boa no volante e mantinha uma velocidade propicia para admirá-la de longe. Quando estacionei o carro e destravei as portas, em segundos elas se abriram e os pingos de gente que eu carregava já saiam correndo. Não sabia como eles havia conseguido se livrar dos cintos de segurança tanto das cadeirinhas, quanto do carro.

– Não sei porque, mas acho que você terá um grande e dificil dia hoje. – escutei uma gargalhada divertida vindo do meu lado esquerdo. Vero estava usando a parte de cima de um biquiní e um short jeans cintura alta. Em sua mão esquerda ela tinha seus óculos escuros e na direita uma taça com suco de laranja. – Convidou alguém diferente para almoçar? – apontou Henry. O pequeno sorriu e acenou para Vero que se derreteu. – Ok! Eu amo esse garoto. Será que serei presa se pegá-lo para mim e me casar com ele? – franzi o cenho e me aproximei dela tomando o suco de sua mão.

– Claro que será. – Vero gargalhou repousando o braço sobre meu ombro. – Alias, você não pode se casar com uma criança e pior, você não pode se casar quando já é casada. – Vero arregalou os olhos e me encarou. Tomei um gole do suco antes de lhe dar um selinho e lhe devolver a taça.

– Como é? E desde quando eu sou casada? – gargalhei batendo as portas do carro.

– Desde o dia em que... – me aproximei dela. Circulei sua cintura com os braços e plantei um beijo em seu pescoço. Vero estremeceu abaixo de mim. – Desde o dia em que foi para cama comigo e gozou gostoso para mim. – ela gemeu arranhando minha nuca. – Desde aquele dia nós selamos nossa alma, sua gostosa. – suguei o lóbulo de sua orelha a fazendo gemer baixinho.

– Maldita! Eu odeio quando você faz isso comigo. – sorri antes de me afastar. Vero respirou fundo e bebeu em um único gole o restante do suco. – Da próxima vez que me deixar excitada, trate de não convidar ninguém para almoçar aqui, principalmente sua nova caça. – ela apontou para algo atrás de mim. Me virei a tempo de ver o carro de Emma entrar no gramado. – Tenha um excelente almoço na companhia da Cruella e da latina Malik. – revirei os olhos escutando a gargalhada divertida de Verônica.

– Você me paga. Se prepare, porque eu vou dormir com você e com a sua... – olhei para baixo querendo dizer mudamente a ela o que eu não podia dizer em palavras. Vero sorriu maliciosa e girou os calcanhares caminhando rebolativamente em direção a entrada da casa. – Gostosa! – murmurei para mim mesma enquanto acompanha seu quadril. Que bunda. Que corpo meu Deus.

As batidas de portas chamaram minha atenção. Olhei para trás e sorri tendo meu ar sugado pelo belíssimo sorriso de Camila. Engoli a saliva acumulada em minha boca e caminhei até elas.

– Já vi que eles saíram correndo deixando você para trás. – Emma gargalhou dando a volta e parando ao meu lado.

– Verdade? Foi abandonada por eles? – Camila olhou em direção ao jardim onde Amber, Maya e Henry brincavam.

– Isso não importa. – Camila me olhou desconfiada. Neguei com a cabeça e a abracei de lado. – O que importa é que eles se divirtam e aproveitem o dia. Aliás, a srta também irá se divertir. Estou certa, Emma? – minha ex-esposa desviou sua atenção de nossas filhas e sorriu concordando. – Vamos entrar. Judith já deve estar pondo a mesa. – Camila sorriu e quando dei por mim, Emma já estava correndo atrás da crianças.

– Ela é sempre assim? – Camila pareceu confusa, mas contente por ver Emma brincando.

– Na verdade não, mas hoje é um dia diferente. Especial. – Camila sorriu tímida. – Você está aqui. Isso faz o dia ficar diferente, especial e perfeito. Espero que se divirta e apreciei minha companhia. – sorri de canto. Ela mordeu o lábio inferior aproveitando o momento para me encarar milimetricamente.