CAPÍTULO 3

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LUKE

Parado na frente da casa nova da minha família, pude finalmente contemplar o local. O bairro era agradável, a vizinhança era tranquila e as casas muito bonitas.

Em particular, a casa que eu havia comprado pra minha mãe e pra minha irmã parecia ser bastante confortável. A fachada era elegante, mas não muito chique. O gramado era verde e bem cuidado. Era uma casa simples, mas grande e boa.

Eu não a conhecia por dentro, mas antes de fazer a compra, o corretor me mostrou fotos e videos do espaço, que parecia ser bem amplo e arejado. No fundo, havia um quintal que eu tinha certeza que minha mãe estava adorando. Ela sempre havia reclamado que na nossa antiga casa não havia tanto espaço para as plantas que ela gostaria de ter.

Era estranho estar parado em frente a casa que eu conhecia por tantas fotos, mas que não tinha "permissão" pra entrar. Minha mãe não me queria lá, e eu respeitava isso. Jamais iria impor minha presença na casa pelo fato de eu te-la comprado. Havia sido um presente pras duas, e eu havia feito de coração. Se minha mãe não me aceitava lá dentro, só me cabia respeitar e obedecer. Pra mim, bastava que ela tivesse deixado o orgulho de lado, aceitado o presente e se mudado pra lá com a Emma. Eu ficava muito mais tranquilo em Atlanta sabendo que minha irmã e minha mãe tinham uma casa decente para morar.

E ficava feliz em saber que a Emma estava cursando faculdade na Universidade de Los Angeles, que ficava apenas há alguns minutos dali. Assim, ela não precisaria se mudar pra nenhum alojamento estudantil e podia continuar morando com minha mãe, e elas poderiam continuar cuidando uma da outra enquanto eu estava fora.

— Luke! — a Emma gritou ao me ver, saindo da casa.

Eu abri um sorriso largo, sentindo a felicidade em ver minha irmã novamente invadir o meu peito.

— Oi, pirralha! — eu brinquei enquanto ela jogava os braços pelo meu pescoço e me acolhia num abraço apertado — Senti sua falta.

— Eu também! Muito! — ela falou, finalmente me soltando.

A Emma estava com quase dezenove anos e havia se tornado uma mulher linda. Eu ainda não havia me acostumado a vê-la se vestindo de acordo com a idade e usando batom — talvez pelo fato de não convivermos juntos —, mas ela era inegavelmente bonita demais. O que me preocupava, considerando a quantidade de garotos idiotas por aí.

— Como você pode ter ficado mais forte em apenas alguns meses? — ela brincou — Eu te vi no natal e você não estava assim!

— Estou treinando pra caramba e comendo que nem um touro. — informei, rindo.

— E esse carro? — ela perguntou, se referindo ao SUV parado atrás de mim.

— Aluguei pra usar enquanto estiver por aqui. — respondi — Mas talvez fique com ele. Gostou?

— É uma Mercedes Benz, Luke. — ela falou — Desde quando você ficou exibido assim?

— Desde quando ganho quase vinte mil dólares por luta. — eu caçoei — E o dobro por cada vitória.

— Metido. — ela pirraçou, me dando um soquinho no ombro.

Ela está ai? — perguntei, apontando pra casa.

— Sim. — a Emma respondeu com um tom de tristeza na voz — Eu falei que você estava aqui fora esperando por mim mas ela não quis vir te ver. Sinto muito.

NocauteOnde histórias criam vida. Descubra agora