14° capítulo

3.5K 298 48
                                    

Helena

Abro meus olhos vendo o teto familiar a minha frente. O teto que tanto encarei enquanto ouvia as palavras lamentosas de Cristian. Como havia imaginado, a presença constante dele ao meu lado, bloqueou qualquer possibilidade de um segundo pesadelo. A figura de Natanael parecia temer a aproximação de Cristian. Algo me diz que não apenas em minha mente, já que o mesmo se encondeu cautelosamente em algum lugar.

os braços rodeiam minha cintura, me prendendo ao corpo grande como uma tábua de salvação. Sua respiração calma se chocando contra minha pele enquanto sua cabeça repousa serenamente entre a curvatura do meu pescoço. A posição me imcoma um pouco, mas me recuso a me mexer e acabar com a sensação que invade meu peito. Uma sensação que eu queria prolongar.

— Está acordada? — Sua voz rouca me desperta totalmente, me dando um leve susto.

— Pensei que ainda estava dormindo — Digo sentindo seu braço se afasta da minha cintura. Minha pele querendo que ele continuasse.

— Meu relógio natural me acorda antes das nove todos os dias — Olho para o relógio e vejo que já se passaram dez minutos. Meu coração se aperta em pensar que ele permaneceu assim durante esse curto tempo. Assim como eu, ele queria eternizar tal coisa. Não tem outra resposta para isso.

Ele se estica sobre a cama. Para mim o dia apenas havia começado, mas percebi que me enganei quando a hora havia se passado tão rapidamente. Eu necessitava de um descanso, por isso não ouso reclamar quanto a isso.

Acabo esticando um pouco as pernas, sentindo os olhos de Cristian sobre mim a todo momento. Eu ainda me sentia constrangida diante dele. Mesmo que não tenhamos feito nada ao longo da noite, a intimidade foi profunda. Não precisamos de sexo para provar que há um enorme e fundo poço de intensidade entre nós.

Seu corpo me cobre derrepente. Seus lábios tomando o meu com puro domínio. Meu corpo se rende e reage de imediato.

— Você tem sorte que sua beleza passa por cima do mau hálito — Eu odiava rir de tais palavras. Ao se levantar, não hesitei em acertar a almofada em suas costas, vendo logo em seguida um sorriso se alargar em seus lábios.

Eu poderia me dar ao luxo de continuar deitada, apenas sentindo a maravilhosa sensação de está sobre a cama de Cristian. O quarto era definitivamente coberto por seus detalhes. As paredes não eram preenchidas por quadros, mas havia pequenos ganchos, que seguravam seus casados recém usados. A cômoda ao lado da cama carrega algumas facas personalizada. Umas pratas e outras pretas. A cama ainda sugava seu cheiro, devolvendo um aroma gratificante para mim.

Marco estava na cozinha quando desci, usando a mesma calça a qual dormi, mas agora com uma blusa aconchegante de Cristian. Não me surpreendeu que a mesa estivesse afundada em refeições diversas. Marco comia ferozmente, como se não fizesse isso a muito tempo. Quem vê realmente pensa isso, mas não imaginam que ele se alimenta de minutos em minutos.

— Marco pode te levar até a casa de Alessandro. Terei que resolver algumas coisas antes de me juntar a vocês — Cristian tem uma caneca nas mãos, bebendo um quente café. Ele não demora a ingerir o líquido e rapidamente tomar pose de suas chaves. Seu comportamento não era informal e mesmo se fosse, ele teria motivos para isso. Marco ainda acha que dormimos em quartos separados, afinal, ele teve uma noite ruim no sofá por conta disso.

Eu terminei de me ajeitar, não tendo muito o que fazer. Possivelmente Alessandro me deixaria sozinha com Alícia para que assim ele pudesse resolver seus problemas tranquilo. Diana parecia extremamente sobrecarregada com os ajustes do casamento de Giovanna. Ela havia pedido minha ajuda, mas com certeza recusei.

Stuck For Blood - Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora