18° capítulo

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Christian

Meu pé pesava contra o acelerador, diminuindo cada vez mais a distância do local que Adrian havia mandado a localização. A festa havia terminado e Giovanna já estava partindo para a Itália. Todos voltaram para seus devidos lares, e eu deixei Helena em minha casa antes de dizer a Adrian que estava indo ao seu encontro.

Alessandro não sabia que Natanael estava sobre o domínio de Adrian. Embora fosse considerado uma traição não lhe contar isso, eu preferi resolver os menores detalhes sozinhos. Quando eu o tivesse completamente em minhas mãos, ousaria contar a Alessandro que a tortura mais esperada finalmente seria realizada.

Paro o carro rapidamente, vendo a escuridão cobrir a rua deserta. Caminho entre os matos cortados, abrindo a pequena porta que irá revelar o interior do lugar. Apenas me certifico novamente se a minha arma continua aonde estava. Eu não confiava em Adrian a ponto de ve-lo sem qualquer tipo de segurança. Não trazer homens comigo, não significa que estou aberto aos seus ataques. Eu já o desestabilizei antes. Posso fazer isso novamente.

A escuridão continua presente mesmo depois que entro no galpão. As paredes cobertas por mofo e a poeira exagerada, indicava que não era usado a alguns anos. Se possível, a última vez que estiveram aqui foi antes da morte de Aron. Eu giro meu pescoço um pouco, olhando atentamente cada metro quadrado. Só se ouve o barulho seco das minhas botas contra o chão enquanto caminho para um lugar inexistente. Era difícil enxergar.

— Demorou — A voz de Adrian logo se faz ouvida. Seus passos sorrateiros se aproximando.

— Onde ele está? — Pergunto e logo consigo ver a silhueta de seu corpo, o cigarro entre os seus dedos o fazendo parecer um demônio entre as fumaças. Adrian tinha os cabelos escuros aparados. Seus olhos eram como os de Saimon.

Meus braços estão soltos ao lado do corpo. A jaqueta de couro me aquecendo devidamente. Adrian tinha as vestimentas seguindo o mesmo padrão que as minhas. Tudo era sombrio e preto. Nossa diferença de idade não era absurda, ele era apenas três anos mais velho. Nossas aparências era consideravelmente parecidas. A cor dos fios de cabelo sendo o único contraste.

— Você teve vantagens se unindo a mim, correto? — Sua voz sai fria, exatamente como o vento que soprava levemente contra meu rosto.

Eu concordo com um aceno de cabeça, não vendo necessidade em usar as palavras por agora.

— Isso faz de mim seu aliado? — Sua pergunta me confude. A Rússia nunca seria aliada da Albania, mesmo que seus sucessores criassem uma relação saudável.

Continuo igual, negando suas palavras com um aceno. Um breve sorriso nasce em seus lábios quando faço isso.

— Então não estarei indo contra meus princípios agindo como um inimigo com você? — Meus olhos se estreitam. Adrian chegava cada vez mais perto. Suas palavras fazendo sentindo a cada vez que mais alguma saía de seus lábios. 

— Você não aje com princípios a muito tempo, por que isso passou a lhe importar agora? — Coloco minhas mãos no bolso da calça jeans que uso, tentando passar a tranquilidade que eu realmente estava sentindo. Eu imagino que minha presença o afete mais do que a dele a mim.

— Eu vou lhe entregar Natanael. Vou te dar um homem que não é responsabilidade minha, afinal, ainda não comando a Bratva. Isso não é agir com princípios? — Seus pés param, seu corpo definitivamente a centímetros dos meus. Eu sabia que um jogo de poder estava sendo tratado, e ele também sabia que sua idade não era uma vantagem agora. Isso não foi um impercilio para lhe torturar a alguns anos atrás.

Stuck For Blood - Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora