Christian
A forte luz da lua não demorou a tomar o céu da França, levando consigo um dia conturbado e finalmente, Helena para um descanso necessário. Alessandro custou a convencer a mesma que o médico exigiu um repouso, temendo que as dores de Helena piorassem caso ela fizesse esforço. Minha atenção estava redobrada. Meus olhos percorrem os machucados a cada dois minutos, como se assim eu acreditasse que eles realmente estão ali. A pele delicada agora estava com mais uma possível cicatriz, mas ainda sim me atraia como um inferno.
Helena resmunga de dor e logo seus olhos se abrem. O doutor disse que ela realmente iria sentir uma desconfortável ardência no local atingido. Marco me contou sobre sua ideia nada inteligente de entrar na estrada que levava a área privada onde vamos construir mais casas de lutas. Temos algumas delas espalhadas em New York, mas Alessandro e alguns homens acham que pode ser uma boa jogada trazer esse mundo para a França.
— Que horas são? — Ela levanta a cabeça do travesseiro e se esforça um pouco para me olhar.
— Duas da manhã, talvez — Eu a trouxe para a casa já de noite, e imagino que seja esse horário pensando na última vez que verifiquei o relógio.
— Está aí a muito tempo? — Ela se senta sobre a cama e se encosta na cabeceira.
— Tempo suficiente — Digo o mais breve possível. As coisas estavam indo rápidas demais e talvez isso estivesse me incomando mais que o necessário. Eu sei que a única pessoa que deveria temer algo é ela, mas é exatamente por ela que tenho medo também.
— Os remédio provavelmente me fizerem dormir desse jeito — Ela está certa quanto a isso.
Eu me levanto, esticando um pouco as pernas e minha coluna que agora doía por estar tanto tempo na mesma posição. Já estava na hora de passar uma pomada que o médico sugeriu. Eu estava sentindo o sono se impregnar ao meu corpo e talvez eu não aguentasse ficar acordado por mais tempo.
— O que está fazendo? — Helena pergunta quando vê que retirei a pomada do bolso da jaqueta que estava usando mais cedo. Eu disse a Marco que tomaria a responsabilidade de cuidar de Helena.
Ele ficou bem, apesar da pressão psicológica em saber que talvez sua fasanha não funcionasse. Ele disse que teve um leve tremor quando viu a parede surgir rápido a sua frente, o pegando de surpresa. Outro em seu lugar com certeza teria fodido com tudo e matado a todos.
— Vou passar isso no seu ferimento para podermos dormir — Ela acena com a cabeça em concordância, chegando a alça da sua blusa para o lado até que seu ombro e o início do seu seio direito estejam aparecendo.
Eu ansiava toca-la rapidamente, e não hesitei em apertar os breves passos até me sentar sobre a cama ao seu lado. Ela tinha um leve rubor em sua face, me fazendo acreditar que a situação a deixava constrangida.
Despejei um pouco da pomada sobre meus dedos e os levei até o local específico. A pele aveludada deslizava sobre minha palma, como se aquilo fosse um encaixe perfeito. Helena não demostrou dor, mas acredito que eu estava fazendo que o processo fosse o menos doloroso possível.
— Eu gosto da forma como você cuida de mim — Eu levanto meus olhos, deixando o seu ferimento em seu ombro e encarando os olhos azuis que estão fixos em mim.
A lua clareava o interior do quarto e a leveza do vento que entrava pela janela deixava tudo mais tranquilo. A beleza de Helena me deixava abobalhado. A forma como tudo em seu rosto parecia seguir um único padrão. Ou até mesmo o contraste perfeito da sua pele clara, seus cabelos escuros e seus olhos azuis. Uma fodida perdição.
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Stuck For Blood - Livro II
FanfictionConteúdo para +18 Sexo e linguagem explícita. Após experimentar o que há de pior no mundo, Helena sofre com os traumas que a vida lhe causou e não foram poucos. Seu sonho de um dia se casar e ser amada por seu marido, foi destruído quando o primeiro...