Capítulo 3

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LONDRES-BECO DIAGONAL

Percy olhava ao redor do agitado Beco tentando achar Draco e os pais dele. Após apenas uns poucos minutos de busca, não foi exatamente difícil achar uma família de cabelo loiro platinado(exceto Narcisa) usando os trajes mais caros que o dinheiro pode comprar olhando com desgosto para praticamente todos ao redor.

Ele e o pai os cumprimentaram, e Percy deu um pequeno sorriso para Draco.

-Milorde.-Lucius murmurou apressadamente.

-Percy! Você não vai acreditar na nova Nimbus 2000 que meu pai me deu!-gabou-se Draco.

-Sim, sim, a mesma que eu ganhei do meu pai umas duas semanas atrás.-Respondeu ele com um de seus clássicos sorrisos debochados. Draco até tentou esconder o fato de que estava corando com uma careta.

-Percy e eu vamos olhar as lojas agora.-ele avisou a seus pais.

-Trouxe seu dinheiro, Percy?-perguntou Narcisa, a mulher que ele já praticamente considerava como uma mãe.

-Claro.-respondeu ele com um pequeno sorriso, segurando um estojo encantado pra extrair galeões direto de seu cofre.

Depois de prometer encontrar os adultos na Olivaras, eles foram rumo a loja de Madame Malkin para comprar seus uniformes e roupas e túnicas extras. Na metade de seu trajeto e suas compras, Draco deu uma leve ombrada nele e apontou com sua cabeça para algum lugar a sua direita.

-Olha lá. O maldito Harry Potter.-cuspiu ele com um olhar de desprezo. Com o nome sendo dito, Percy avistou o famoso menino de cabelos pretos do outro lado da loja caminhando com um gigantesco homem, que ele sabia ser o guarda-chaves de Hogwarts. Harry Potter parecia uma versão mais baixa, fina e menos musculosa dele próprio. Ele com certeza não parecia o grande e poderoso bruxo como diziam por aí.

-Eu não consigo acreditar que esse é o cara suposto a ter acabado com o seu pai.-comentou Draco, baixinho.

-Ele parece que não consegue matar nem uma mosca, não é mesmo?-interrompeu uma voz de garota, e uma Daphne Greengrass sorrindo sarcástica para eles, carregada com bolsas das compras, caminhando em direção a eles.

Percy sendo o cavalheiro que é, murmurou um rápido feitiço pra encolher as bolsas dela, o que lhe rendeu um sorriso e um agradecimento de Daphne.

-Vocês viram a cicatriz dele? Aquela coisa parece um raio.-comentou ela enquanto também observava Potter rodar boquiaberto pelos estabelecimentos ao redor dele.

-Vamos continuar nossas compras, sim?-disse Percy tranquilamente conforme ia para a próxima loja.

Essa loja era estocada com diferentes tipos de animais. Havia uma aquário cheio de sapos coachando, gaiolas com gatos, corvos corujas e outras aves. Ele seguiu caminhando até um dos "aquários" com cobras que sibilavam para ele conforme se aproximava.

-Paz, poderosas ssserpentess-disse Percy através da ofidioglossia, a língua das cobras e descendentes de Salazar Sonserina.

-O que é isssso? Um dosss ofidioglotass?-uma das cobras sibilou, questionadora, enquanto as outras se aproximavam para analisá-lo. Percy era um ofidioglota desde que ele havia sido adotado, e sim, ele sabia que não era filho biológico do Lorde das Trevas.

Ele observou as várias cobras até se decidir por uma jovem e pequena víbora de arbustos(mais pelo fato de suas escamas o lembrarem das de um dragão).

-Do que eu deverias chhhamá-lo?-ele sibilou enquanto pagava pela aquisição de sua nova companhia.

-Me chamam de Phobos.-a cobra sibilou de volta, contente enquanto se enrolava ao redor do punho de Percy. Ele se encontrou com Draco e Daphne na frente da loja. Draco havia comprado um híbrido entre águia e coruja, que ele chamou de Leo, e Daphne comprara um pequeno gatinho preto a quem deu o nome de Zoe. Infelizmente, a garota logo teve de ir embora, e rapidamente se despediu de seus amigos e foi atrás de seus pais. Percy e Draco foram em direção a Olivaras para finalmente adquirirem suas varinhas.

Eles se encontraram com seus parentes e o lorde das trevas ergueu uma sobrancelha ao ver a serpente ao redor do braço de seu filho.

-Uma cobra?-ele questionou.

-Sim, o nome dele é Phobos.-Percy respondeu enquanto passava o dedo ao longo das escamas de Phobos.

-Devido ao deus grego do medo, eu presumo?

-Yep.-respondeu o menino com um sorrisinho, seguindo os Malfoys para dentro da loja de varinhas.

Eles todos esperaram por cerca de 1 minuto por um velho homem que deveria ser o lendário Olivaras vir andando de trás de uma enorme prateleira.

-Malfoy, sim eu lembro de sua varinha e... Tom Riddle.-ele murmurou o último nome com uma pinta de medo e admiração.

-Sim, pêna de fênix 33,02 centímetros, varinha muito poderosa aquela.-murmurou ele enquanto o pai adotivo de Percy o observava, inquieto.

-Draco, você vai primeiro.-o menino de cabelos negros disse a seu amigo.

Draco subiu em uma plataforma e foi medido de ombro a ombro, da cabeça aos pés e até mesmo entre os olhos, o que irritou bastante o garoto. Então Olivaras começou a oferecê-lo diversas varinhas para testar, arrancando-as dele assim que notasse que não eram uma boa combinação. Esse processo durou mais ou menos 15 minutos, e apenas na varinha número 30 Draco encontrou a sua.

-Espinheiro, 25,4 centímetros, núcleo de crina de unicórnio.-disse o velho, dando a Draco para que a testasse.

Faíscas verdes e prateadas saltaram da ponta, para o choque do loiro.

-Bravo!-exclamou Olivaras enquanto os pais de Draco o olhavam orgulhosos, e Percy e Tom aplaudiam educadamente.

-Olhe só isso! Cores sonserinas!-dizia admirada Narcisa enquanto seu marido pagava pela varinha.

Quando foi a vez de Percy, os testes se estenderam por mais um tempinho. Tipo, 20 varinhas a mais, porque cada uma que ele testava ou era arrancada ou quebrava algo na sala. Percy estava começando a realmente perder a sua paciência quando ele finalmente conseguiu sua varinha pefeita.

-30,48 centímetros, madeira de carvalho negro e núcleo de coral. Creio que essa vá funcionar.-murmurou o velho enquanto Percy fazia breves movimentos com sua varinha, e um calor confortável e acolhedor se espalhou por seu corpo enquanto fogos de artifício azuis e verdes saíam de sua nova varinha.

Percy estava nas nuvens! Ele ouviu aplausos educados, mas estes lhe pareciam distantes para ele, que estava muito ocupado admirando sua nova varinha, que era de um tipo escuro de madeira com entalhes em verde e azul indo desde a base.

-Bravo! Uma boa varinha feita para a mente de um guerreiro, use-a bem, Sr.Riddle.-disse Olivaras, conforme Percy pagava por ela e Tom observava tudo, satisfeito.

Depois que eles haviam terminado todas as compras, todos se despediram.

-Me escreve, hein?-disse Draco, logo antes de pegar o braço de seu pai e aparatar para longe. Percy e Tom, assim como eles, logo aparataram, de volta para a Mansão Riddle.

Percy passou o resto do dia em seu quarto se preparando e arrumando as coisas para Hogwarts. Seu elfo doméstico pessoal, Eli, ajudou-o dobrando e organizando magicamente as roupas de seu mestre e colocando-as em pilhas dentro da grande e espaçosa mala de viagem dele, que também continha vários compartimentos ocultos dentro dela.

Terminada a arrumação, Percy trocou seus robes do dia por seus pijamas, e afundou num sono profundo e tranquilo.

Percy Jackson: Filho de VoldemortOnde histórias criam vida. Descubra agora