Capítulo 8

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CAPÍTULO 8:

HOGWARTS-SALÃO COMUNAL DA SONSERINA

Pra falar a verdade, Percy estava ficando meio...entediado, com o quão calmas as coisas estavam indo em Hogwarts. Tava até nojo o quão calmo e pacífico era, e o garoto tomara a liberdade de explorar o castelo em sua luta contra o tédio. Um dia ele estava andando por aí em um dos pisos quando deparou-se com grandes portas duplas de madeira. Percy, sendo a pessoa que é, não exitou antes de abri-las, mas fazendo-o com cuidado, é claro.

Do lado de dentro havia um quarto simples em formato circular, com estantes de livros alinhadas pelas paredes, equipamentos de quadribol no canto e uma lareira de aparência boa e acolhedora. Estranhamente, parecia bastante com seu quarto em casa na Mansão. "Que estranho" pensou ele, porque logo antes ele estava pensando em sua confortável cama em casa. Franzindo o cenho, Percy começou a analisar e observar cada detalhe do ambiente , parando na frente da fortemente iluminada lareira, notando letras escritas nos tijolos da mesma.

A Sala Precisa

Percy ergueu uma sobrancelha e deixou o recinto rapidamente, voltando a seu dormitório para escrever uma carta a seu pai, perguntando se ele sabia algo sobre sua misteriosa descoberta.

Percy enviou a carta pelo correio-coruja, e então foi almoçar com seus amigos. Draco logo perguntou onde ele estava aquele tempo todo, mas Percy simplesmente respondeu com um "por aí" antes de habilmente mudar de assunto. Depois de parar pra pensar um pouco, ele tinha decidido que não ia contar nada a Draco sobre sua descoberta, sem antes ele mesmo saber mais. Eles todos comeram em silêncio, mas a empolgação era visível, os primeiro-anistas estavam prestes a ter sua primeira aula de vôo, afinal(não era como se os puro-sangues não soubessem voar numa vassoura, mas fazia algum tempo, considerando a vinda para Hogwarts.)

Percy não comeu tanto quanto o normal, sabendo por experiência própria que comer muito antes de um vôo de vassoura não era a melhor das ideias. Ele suprimiu um calafrio e deu uma tremida interna. Algumas coisas eram melhor esquecidas.

Terminado o almoço, os alunos foram para o lado de fora, onde a aula seria realizada. Logo chegaram, pararam e olharam para as vassouras no chão.

-Isso não são vassouras. São gravetos com fiapos neles.-comentou Percy com um de seus companheiros. Logo, os grifinórios chegaram, vindo trotando a distância. Assim que eles estavam dentro do alcance para ouvi-lo, Draco comentou com um sorriso:

-Bem, eu aposto que que os weasley não conseguiriam comprar nem os gravetos.-no volume certo para o mencionado ouvir. De fato era deveras divertido ver o Weasley ficar mais vermelho do que o próprio cabelo.

-Ora, Draco. Essa não é uma aposta muito justa, meu amigo.-comentou Percy com um sorrisinho. Weasley já ia avançando neles, praticamente soltando fumaça, mas Potter entrou no caminho e afastou-o deles. Hum, talvez ele tenha um cérebro, afinal.

Quando a professora chegou, eles foram instruídos a se posicionarem do lado de uma vassoura cada um.

-Estendam a mão direita e diga, "SUBA".-ordenou ela. Todos começaram a gritar com suas vassouras, sem sucesso, enquanto um certo menino de olhos verde-mar observava com divertimento. Com um tom de voz firme e autoritário, Percy comandou que a vassoura subisse, e ela obedeceu instantaneamente. Draco conseguiu na segunda vez e olhou ao redor sorrindo arrogantemente, até que notou que Percy e Potter haviam conseguido de primeira.

-Quer dizer, você eu entendo, mas o Potter?-resmungou ele com uma carranca, mas Percy não disse nada.

Minutos depois, todos estão no ar, lentamente testando suas habilidades. Percy amava o sentimento de adrenalina percorrendo suas veias, acelerando além e passando voando por todos. Draco o seguiu de perto, e ambos fizeram loops, giros e piruetas, perseguindo um ao outro o mais rápido que podiam. Depois de alguns minutos assim, a professora Hooch chamou todos de volta para o chão, e os alunos o fizeram obedientemente.

-A partir de agora eu quero que vocês aperfeiçoem a maneira como seguram-se nas vassouras. Todos exceto os Srs Riddle e Malfoy estão dispensados.

Todos saíram, menos os dois sonserinos, e Weasley saiu estranhamente com uma expressão arrogante, como se pensasse que eles iriam receber algum tipo de punição. Que imbecilidade.

-Foi um bom vôo que vocês mostraram lá meninos.-disse a professora.

-Obrigado professora.-disse Draco com um sorrisinho doce.

-Bem, eu acho que o limite de idade é um desperdício de talento, e irei falar com o Professor Snape sobre inseri-los no time de quadribol da Sonserina.-exclamou ela, e os dois garotos abriram sorrisos idênticos, e então a professora um dispensou com um pequeno sorriso, para que seguissem para suas aulas seguintes.

No jantar, Snape e Marcus Flint(capitão do time de quadribol da Sonserina) vieram até eles.

-Meninos.-cumprimentou Snape com um aceno de cabeça.-Eu preciso que vocês venham até a minha sala para que discussamos algo.

Os dois simplesmente se levantaram e o seguiram, deixando o grande salão e rumando pelos corredores do castelo até a sala do professor, nas masmorras. O recinto era circular, e tinha estantes cheias de livros e ingredientes de poções. Percy, Draco e Flint estavam posicionados junto a uma mesa de madeira escura com um pedaço de pergaminho aberto sobre ela em um canto, e por fim Snape sentou-se em sua cadeira.

-Hooch me informou de seus supostos talentos em quadribol e me aconselhou a inseri-los no nosso time.-começou ele.-Falei com Dumbledore e seu pai, Draco.-dito loiro sorriu, quando o pai estava envolvido ele podia conseguir quase tudo o que queria.

-Antes que eu efetue qualquer decisão, vocês dois serão testados pelo Flint aqui, e se vocês se provarem tão bons como dito, serão bem-vindos para adentrar a equipe.-Percy se restringiu de abrir um sorrisinho e simplesmente assentiu respeitosamente para o diretor da Sonserina e Flint e seguiu de volta para o Salão Principal, acompanhado por um sorridente Draco.

O jantar foi relativamente normal exceto pelo fato de que um certo ruivo os estava encarando durante toda a refeição. Parece que as notícias viajam rápido aqui em Hogwarts.(N//A: pra quem não entendeu isso ainda, esses trechos assim são pensamentos do Percy.) Terminada a refeição, ele e Draco se levantaram para retornarem aos dormitórios da Sonserina, quando foram parados no salão por um certo ruivo e seu escudeiro.

-Malfoy! Por que você ainda está aqui? Achei que já estivesse em um trem de volta para a tão incrível Mansão Malfoy.-provocou a fuinha, e de onde diabos esse idiota tirou a ideia de Draco ser expulso? Ele realmente acha que Hooch daria a mínima pra uma meia dúzia de insultos jogados aqui e ali para realmente reportá-los? Ah, ignorância.

-Ah, sim, a Mansão é uma bela de uma visão, não concorda Percy?-perguntou Draco virando-se para ele com um brilho nos olhos.

-Sim, não me surpreende que um Weasley sucumba aos charmes de tal mansão, principalmente considerando onde eles vivem...A Toca, não é?-Percy sorriu, o rosto do ruivo estava queimando e Potter parecia confuso sobre o que fazer.

-Se você é tão incrível assim, então eu te desafio pra um duelo!-exclamou Ronald. Draco pareceu considerar a proposta por alguns instantes, antes de esconder um sorriso.

-Eu aceito seu desafio. Riddle aqui é meu suporte, quem vai ser o seu?-perguntou Draco, friamente. O fuinha pareceu chocado por alguns instantes antes de se recompor e responder.

-Harry Potter vai.-disse ele, sorrindo convencido como se aquilo devesse nos assustar.

-Meia-Noite junto a cabine de troféus, não se atrase Weasley.-comunicou Draco friamente, antes de dar-lhes as costas e sair andando, com Percy dando uma última olhada nos dois grifinórios para então também deixá-los para trás.

Quando chegaram a segurança de seu dormitório, Percy virou-se para seu amigo.

-Isso foi algo esperto a se fazer?-Perguntou Percy a Draco, que estava com deitado na cama com uma expressão de agrado.

-Relaxa, eu não estava pretendendo ir. Nós só iremos deixar a informação convenientemente vazar para um certo alguém e sua amiga felina.-Percy logo pegou a visão do plano e sorriu.

-Você é brilhante, Draco.-disse o menino de olhos verde-mar enquanto se arrumava para a noite.

-Ah, eu tenho os meus momentos.-disse o garoto com um sorriso que lembrava o de um tubarão antes de sair para colocar o plano em ação.

Percy Jackson: Filho de VoldemortOnde histórias criam vida. Descubra agora