Capítulo 11

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CAPÍTULO 11:

HOGWARTS

Na manhã seguinte, Percy acabou sobressaltado. Ele havia tido um sonho que não fazia sentido algum. Ele estava de pé numa praia, alguns anos mais velho, uma bela garota loira a seu lado. Ela tinha intimidantes olhos cinzentos, que o lembravam das nuvens antes de uma tempestade. Mas o que aconteceu em seguida foi um choque, a garota virou-se para ele e disse as palavras que o confundiriam. "Você precisa escolher, Percy. O destino do mundo está nos seus ombros." E antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, acordou.

Ele esqueceu disso momentaneamente, logo que adentrou o Grande Salão. Todos começaram a comemorar e festejar, como a torcida no jogo de novo, a celebração vinda de toda a Sonserina e de seus apoiadores na Corvinal. Percy deu um sorriso e fez uma reverência sarcástica, antes de sentar-se ao lado de Flint, que deu-lhe um tapinha nas costas.

-Você continua jogando assim Riddle, e você pode ter certeza que vai ser o capitão do time quando eu sair!-disse ele, fazendo Percy, pela centésima vez naqueles últimos dois dias, abrir um grande sorriso.

Ele e Draco comeram um café da manhã completo, consistindo de bacon, ovos, waffles e panquecas. Ele até pediu aos elfos domésticos que tingissem suas panquecas de azul, o que eles rapidamente fizeram, para seu deleite e gratidão. Percy mastigava suas panquecas alegremente, enquanto as pessoas ao redor o olhavam estranho.

-Que foi? É bom!-insistiu ele.

-Você é tão estranho Perce.-disse Draco, balançando a cabeça.

-Só porque você não aprecia minha grandeza, não quer dizer que outros não o fazem.-disse Percy, sério.

Draco quase cuspiu sua bebida, tentando em vão esconder com a mão o sorriso que surgia em seu rosto. Eles seguiram para suas aulas como sempre, mas Percy notou algo de estranho em relação a Potter e seus amigos. Dr olhando.

-Ele parece meio...ausente, né?

-Sim...Draco, o que você vai fazer no Natal?-perguntou Percy, mudando facilmente de assunto. Draco se virou para ele e sorriu.

-Eu vou para a França, e você?

Percy iria apenas passar o natal com seu pai. Ele nunca admitiria, mas gostava batsante da ideia de ganhar presentes sem saber o que havia dentro. Eles passaram mais alguns minutos conversando até que o professor entrou e eles começaram a aula.

Terminada a aula, Draco disse que ia para o Salão Comunal.

-Pode ir na frente, eu vou dar uma passada na biblioteca.- dissera Percy. (Eu sei o que você deve estar pensando. Percy? Numa biblioteca? Há! Bem, a verdade é que depois que seu pai o adotou, sua dislexia diminuiu relativamente. Claro, ele não é o mais ávido dos leitores, mas ele está tentando).

-Beleza, eu vou estar com os outros.-respondeu o loiro, e com isso, Percy seguiu seu caminho.

Quando ele chegou lá, haviam alguns corvinos, uma meia dúzia de lufanos, e olhe só que sorte, o trio de ouro. Estavam sussurrando uns com os outros no canto de uma mesa, pilhas de livros com eles. Quando o viram, o encararam, e depois voltaram a conversar entre si, inclinados sobre um livro. "Que estranho" pensou Percy.

Percy se enfiou entre estantes, e enquanto procurava por livros, tentou se aproximar da mesa onde o trio estava. Eles podia ouvi-los murmurando agora, algo sobre um homem chamado Nicolau Flamel. Percy tentou lembrar quem o homem era. "Nicolau Flamel não é um alquimista? Ou isso era outra pessoa?" Depois de um tempo, ele foram embora, e Percy retomou sua busca por livros, até que, por algum motivo, parou em frente a seção de mitologia. Passou os dedos pelas antigas e usadas capas e espinhas dos livros, até parar em im. "Mitologia Grega", era o que estava escrito em letra cursiva na capa. Percy o olhou por mais algum tempo, e por alguma razão, resolveu levá-lo junto a alguns outros.

Ele continuou tentando lembrar sobre o homem chamado Nicolau Flamel, e pesquisou informações sobre o mesmo em livros, mas quando suas buscas mostraram-se infrutíferas, decidiu perguntar a seu pai. Assim que chegou a Sala Comunal, seguiu direto para o quarto que dividia com Draco e os outros. Sentou em sua escrivaninha em seu canto do quarto, pegou sua pena, tinta e pergaminho e começou a escrever.

Caro pai,

Coisa mais estranha hoje, fui pra biblioteca e vi o trio de ouro espremido junto num canto da sala sussurrando entre eles. Quer dizer, eles, numa biblioteca? É, eu sei, loucura, mas esse não é o ponto. Eles mencionaram várias vezes um homem chamado Nicolau Flamel. Acho que eles estão planejando algo, vou me manter alerta e continuar observando para ter certeza e saber mais.

Ah, e por um acaso, caso você ainda não tenha ouvido falar, nós ganhamos a partida de quadribol! Você devia ter visto a cara dos leões, mas enfim, eu te vejo no natal.

Seu filho e herdeiro, Percy Achilles Riddle, Rei do Sarcasmo ;)

Essa última parte não era exatamente necessária, era uma piada interna que rolava entre eles. Uma vez, Percy convenceu Tom a deixá-lo acompanhá-lo em uma de suas reuniões, e ele acabou insultando cada um dos que estavam ali presentes, algo com que o Lorde das Trevas não havia ficado nada feliz. Quando acabou de escrever a carta, enviou-a pela caixa de correi preta que tinha em suas coisas, que era encantada para enviar a correspondência direto para seu par, que pertencia a Tom.

De alguma forma, ele conseguiu terminar todos os seus deveres de casa, antes de cair num sono profundo.

Percy Jackson: Filho de VoldemortOnde histórias criam vida. Descubra agora