🐾Capítulo 38

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📑Boa leitura😘


Regina

Mais um dia de trabalho vencido, apesar do susto que tivemos duas semanas atrás com Bento, felizmente tudo voltou ao normal. Exceto uma coisa, minha vida. Ah, essa deu uma guinada extraordinária desde que conheci Victor. Eu não estava esperando viver um relacionamento no momento. Tudo bem que ainda não rotulamos o que está acontecendo entre nós, mas está sendo muito bom viver estes momentos com ele.

Victor não é aquele tipo de homem que está sempre no seu pé, feito chiclete, deixando você enjoada e desesperada para dar um pé na bunda. Muito pelo contrário. Ele é um homem misterioso, só fala o essencial, não fica no meu pé, e o melhor de tudo: Quando preciso sair, relaxar e esquecer os problemas do dia a dia, que não são poucos, ele sempre está disponível.

Ainda não sei muito sobre sua vida, como disse ele não gosta muito de conversa, então a maior parte do que sei sobre sua vida veio das ligações que acabei escutando, sem querer, principalmente a parte profissional que é predominante. Então está claro para mim que ele trabalha para uma pessoa muito poderosa, que não gosta de ser desafiado ou desobedecido, além de ser muito exigente e ter todas suas ordens acatadas o mais breve possível.

Durante estes poucos dias que passamos juntos, a maior parte deles na minha casa, sempre surgia algum problema que Victor precisava resolver e saia sem ao menos me dar uma satisfação. Tudo bem, sou muito boba em esperar por isso, mas é que estou totalmente encantada por ele, posso arriscar a dizer que estou completamente apaixonado por Victor. Claro que não tive coragem de falar isso para ele, não quero correr o risco de perder tudo que estamos vivendo. Prefiro continuar assim, pode ser idiotice da minha parte, mas o que posso fazer? Não se manda no coração.

Eu já me apaixonei outras vezes e quebrei a cara. Passei anos ao lado de alguém, achando que conhecia o suficiente, mas estava enganada. Era enganada de muitas formas, passei muito tempo temendo me envolver com alguém novamente, até que Victor apareceu e eu decidi nós dar uma chance e fazer as coisas diferentes. Espero não me decepcionar novamente.

Saio da clínica junto com todos os outros, entro em meu carro e vejo Sophia entrar no seu com Nina. Quem diria que minha amiga estaria aqui de volta, feliz, vivendo a vida e um grande amor depois do que passou com a morte do meu amigo. E sua relação com Nina, então? Foi amor à primeira vista. Ouso dizer que se não fosse por Nina, Sophia jamais teria conhecido William, e poderia não estar tão feliz como agora. Sei que minha amiga não esqueceu Davi, apesar de tudo, mas posso ver que William a faz muito bem.

Enquanto estou observando o carro de Sophia sair do estacionamento, escuto meu celular tocando. Ele está perdido dentro da minha bolsa. Sou daquelas mulheres que adora uma bolsa grande, mas não tenho organização alguma. Procuro o celular e atendo a ligação, era William querendo saber sobre Sophia. Informo a ele que minha amiga acabou de sair, enquanto observo o carro dela esperando a vez para acessar a rua. Desligamos e deposito o celular em cima do banco do carona, ao lado da minha bolsa.

Já estava com a chave do carro na mão, então introduzi ela na ignição para ligar o mesmo. Assim que o faço meu telefone toca novamente. Olho o visor piscando, com o nome de Victor reluzindo. Um sorriso surge em meus lábios só de imaginar que meu dia terminará melhor do que eu poderia imaginar.

— Victor! Que surpresa!

— Olá Regina! Está muito ocupada?

— Pra você? Jamais! Em que posso ajudar? — eis que em minha mente surge várias imagens pecaminosas de várias formas de ajuda, na qual eu poderia ser útil para ele.

— Inúmeras! — responde como se estivesse lendo meus pensamentos — Meu carro está com problema, levei para oficina mais cedo. Queria poder fazer o convite pessoalmente, mas isso me impossibilitou. Mas gostaria de saber se aceita sair comigo? Estou em um bar próximo a clínica onde trabalha. — ele se explica.

— É claro que aceito! Só me passa o endereço, já estou saindo da clínica. — peço e assim ele o faz.

Realmente o local não era tão longe, apenas dois quarteirões de distância da clínica. Parei o carro no estacionamento do local, travando e acionando o alarme do veículo. Entrei no bar e não demorei muito para encontrar Victor. Ele estava trajando uma camisa social branca, com os dois primeiros botões abertos e as mangas dobradas até próximo aos cotovelos, uma calça jeans azul escuro e sapatos sociais pretos, muito bem engraxados.

Sentado em uma das mesas do lugar, sovando uma bebida, ele estava totalmente alheio a tudo ao seu redor, mas parece que sentiu minha presença, ou meu olhar, e imediatamente trouxe sua atenção em minha direção. Sorri e segui meu percurso até onde ele estava.

— Boa noite! — disse assim que cheguei, depositando um selinho em seus lábios ainda gelados pela bebida e sentei na cadeira a sua frente.

— Que bom que pode vir. Estava com saudades. — expôs enquanto se debruçada levemente em cima da mesa, com seus braços apoiados sobre o móvel.

— Eu também estava, mas com receio de ligar e você está ocupado.

— Felizmente, como pode ver, não estou. O que vai querer beber?

— O mesmo que você! — assim que recebe minha resposta ele faz um sinal para um garçom que não tarda a atender.

— Pois não! — pede o rapaz assim que se aproxima.

— Mais dois chopes e uma porção de petiscos, por favor. — o garçom anota e sai para buscar o pedido.

— Enquanto isso vou ao banheiro e já volto. — digo pegando em sua mão.

Victor confirma com um aceno de cabeça e eu saio. Não demoro muito, estava apertada para fazer xixi. Depois de lavar as mãos e arrumar minha roupa volto para a mesa. Nosso pedido já havia chegado, sento e tomo logo um gole da bebida gelada, que estava me chamando. Senti um gostinho diferente, lá no finalzinho ao engolir o resto da bebida em minha boca. Devo estar a muito tempo sem beber para ter esquecido o gosto de um chope.

Começamos uma conversa na qual Victor me pergunta como foi meu dia, conto tudo o que fiz, que estava muito cansada, mas ao mesmo tempo muito feliz porque Bento havia acordado. Victor se mostrou interessado e me perguntou mais sobre meu amigo, então contei tudo que sabia sobre seu estado. Pouco tempo depois comecei a me sentir mais cansada ainda.

— Victor, acho que não vou poder ficar muito tempo. Estou me sentindo muito cansada. — disse bocejando e sentindo meu olhos pesarem.

— Vou pedir a conta e te acompanho até em casa. Não vou deixar você dirigir assim. — eu assenti sorrindo. Assim eu me apaixono ainda mais por conta de todo esse cuidado que ele tem comigo.

Victor chama o garçom novamente e pede a conta. Saímos do bar, eu sentindo minhas pernas cada vez mais bambas. Ao chegar próximo ao meu carro ele pergunta onde está a chave, digo que está dentro da bolsa e a entrego para que ele tire a chave do carro. Assim que a encontra, Victor destrava o carro e abre a porta do passageiro pra eu entrar. A última coisa que lembro é de Victor passando o cinto em volta do meu corpo, depois disso um sono profundo tomou conta de mim.


Até o próximo capítulo 😘
Ps.: Perdão pelos possíveis erros!


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