🐾Capítulo 50

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📑Boa leitura😘


Amélia

Momentos antes

— Você entendeu? — Luke pergunta mais uma vez.

— Sim! — confirmo — Eu entro, falo com Eric, tento distraí-lo pelo tempo necessário, até que você consiga tomar o lugar do motorista dele. O trago para fora e entramos no carro que você estará nos aguardando para dar a voz de prisão. — repito as mesmas palavras que ele me disse.

Alguns dias atrás Luke disse que conseguiu provas suficientes para prender Eric. Faltava apenas conseguir encontrá-lo, pois ele sabe se esconder muito bem. Luke estava conversando com Will quando deixou essa informação escapar. Foi aí que vi a oportunidade perfeita para livrar minha vida, e a vida das pessoas que são importantes para mim, desse homem.

— Exatamente. Então vamos lá! — disse e saiu do carro.

— Ok! — confirmo e faço o mesmo.

Já estamos em frente ao local que Eric escolheu para ter nosso encontro. Luke estacionou seu carro próximo. Não sei como ele faria para encontrar Victor, mesmo assim confiei. Não esquecemos de Victor, é certeza ele estar aqui com Eric, ele é seu principal cão de guarda, estaria por perto.

Sigo para dentro do hotel com minha mala em mãos, e só ao entrar percebo que é o mesmo prédio em que Regina mora. Chego ao restaurante do mesmo e não demora muito para que eu o encontre. Meu estômago revira só de imaginar ter que aturar sua presença repugnante mais uma vez. Mas será por pouco tempo. Alerta meu subconsciente, porém essa constatação não me anima, muito menos me deixa mais calma.

Caminho lentamente até o seu encontro. Eric está da mesma forma como me lembrava. Sua aparência é impecável, olhando assim ninguém imagina o quão perverso ele pode ser. Passa despercebidamente como um empresário bonito, que pode dar o mundo a uma mulher. Mas eu sei que isso não passa de aparência, a qual usa para conseguir tudo que deseja. Foi assim que conseguiu me iludir no início, mas agora é diferente. Eu sei o que me espera, ele pode até me tratar com respeito e carinho aqui, mas no momento em que sairmos das vistas das pessoas ao redor, a máscara de bom moço desaparecerá e o verdadeiro Eric virá à tona.

Perdida em meus pensamentos, nem percebo que já estou próximo a mesa onde ele está, e que o mesmo já se deu conta da minha presença. Vejo o sorriso de satisfação surgir em seu rosto à medida que me aproximo.

Você tem que ser forte. Ele não pode desconfiar de nada. Ao pensar nisso forço um sorriso em sua direção, tentando não transparecer a agonia e o nervosismo que me acompanham desde a hora que saí de casa.

— Até que enfim você chegou, minha querida. — diz se levantando ao mesmo tempo em que coloco minha mala próximo a mesa que ele ocupa.

— O trânsito até aqui estava um pouco congestionado. Mas felizmente cheguei. Eu não aguentava mais. — me esforço ao máximo para mostrar contentamento em revê-lo.

— Vamos almoçar. — diz apontando para que eu sente na cadeira em frente a que ele ocupa — Daqui vamos direto para o aeroporto, retomar nossa vida.

Me sento sem questionar, ele faz o pedido do nosso almoço e enquanto esperamos ele vai relatando tudo que passou nesse tempo em que estivemos afastados. Fala do quanto sentiu minha falta e tudo mais. Quem está por perto pode jurar que é mais um homem apaixonado, que reencontrou sua amada. Ah se eles soubessem! Mas tenho que manter o foco, cair no joguinho dele, deixar ele acreditar que tudo será como imagina. Por isso escuto tudo que fala, sem interromper ou questionar nada. Ele não acha estranho, ao menos não demonstra, uma vez que desde que ele começou a me maltratar eu sempre ficava assim.

Terminamos o almoço, ele parecia apressado, pois nem sobremesa pediu, apenas pagou a conta e saímos. Eric pega minha mala e segura forte em minha mão, eu sabia que isso era uma forma de dizer que agora não tinha mais volta. Fizemos o percurso contrário ao que eu tinha feito quando cheguei, enquanto isso ele segura minha mão com a mala por um tempo, enquanto mandava uma mensagem, provavelmente informando seu capanga que estávamos saindo.

Passando pelo salão do prédio onde vejo Davi, não sabia que ele também estava aqui, até então ele estava morando em uma casa alugada próximo a que viveu com Sofi enquanto casados. Ele me vê e estranha, tento não dar atenção mas percebo que Eric o viu, nesse momento seu aperto em minha mão aumentou. Ali eu soube que ele o reconheceu e que poderia imaginar que algo estava errado, mesmo que Davi não tivesse nada a ver com o plano do qual estava fazendo parte.

— Seu amigo? — Eric pergunta.

— Não. — respondo sem dar mais explicações.

— Eu sei quem ele é. — ele confirma minhas suspeitas — Só espero que não esteja aprontando nada, querida Lia. Ou vai sobrar para você. — diz a última parte ao me puxar para próximo do seu corpo, como se fosse me contar um segredo.

Me afasto respirando fundo e tentando não deixar nada transparecer. Seguimos para fora do hotel e percebo de soslaio que Davi nos segue. Oh merda! Não poderia ficar pior? Penso e logo sou obrigada a parar. Eric deixa minha mala no chão, saca o celular do bolso e faz uma ligação, a qual não obtém resposta. 

— Merda! — sussurra e guarda o celular de volta no bolso, está visivelmente nervoso. Olha pra trás e algo parece o deixar mais bravo ainda. Ele solta minha mão por um instante e segura a outra, me puxa bruscamente me fazendo virar e ficar de costas para ele, ao mesmo tempo em que leva a outra mão para suas costas, e volta com uma arma em punho. Assim que a arma tocou minha fronte escutei a mesma ser engatilhada. Eu estava por um triz. As pessoas que estão à nossa volta se assustam, primeiro com a sua atitude, depois com a arma, que agora está apontada para minha cabeça. 

— Eu avisei, Lia. Está querendo brincar comigo? — grita ao meu ouvido. 

— Eu não fiz nada. — me desespero e começo a chorar. Não era pra ser assim.

— Abaixa a arma! — Davi surge em nossa frente com as mãos para o alto, mostrando estar desarmado. 

— Não! — Eric responde ao mesmo tempo que ri — No momento em que te vi, sabia que algo estava errado. O que o marido corno, da namoradinha do seu irmão estaria fazendo aqui, em Lia? 

— Eu não sei! — respondo a verdade. 

— Eu moro aqui. — Davi responde — Agora solta ela. 

— De forma alguma. Ela vai comigo. — quando ele falou isso um carro se aproximou, era o dele. 

Eric estava tão atento a Davi que nem percebeu quem estava na direção. Luke quase saiu do carro para tentar dar um jeito na situação, mas deve ter pensado melhor, e não saiu. Se fizesse isso tudo pioraria. Eric foi andando comigo presa ao seu corpo e a arma apontada para minha cabeça, o tempo todo de frente para Davi. 

Mas ao chegar no carro, Eric abriu a porta e nos virou para entrar, ao mesmo tempo em que travou ao ver Luke, ele foi puxado bruscamente para fora. Eu apenas escuto o som da arma disparar, algo arder em minhas costas e o impacto me fazer cair sobre o banco traseiro do carro. Minha respiração começou a falhar, parecia que cada tentativa de encher meus pulmões de ar os fazia arder. 

Eu comecei a me sentir sufocada, não estava conseguindo perceber mais nada à minha volta. Até que tudo se tornou uma completa escuridão.


Até o próximo capítulo 😘
Ps.: Perdão pelos possíveis erros!

: Perdão pelos possíveis erros!

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