Um Novo Caminho Para o Amor

🐾Capítulo 52

📑Boa leitura😘

Davi

Alguns dias se passaram desde o ocorrido com Amélia, mais precisamente duas semanas. Apesar de todo receio pela gravidade da situação, tudo acabou bem. Amélia ainda está internada, mas seu quadro, segundo os médicos, está evoluindo como esperado e logo estará liberada para voltar para casa. Ainda posso me lembrar das longas horas na recepção daquele hospital, aguardando uma notícia positiva após a cirurgia pela qual ela passaria. Foram pouco mais de duas horas à espera do resultado, só então podemos respirar aliviados ao saber que a cirurgia tinha sido um sucesso e que ela estava fora de perigo.

Nessas duas semanas acabei me aproximando mais de William. Aos poucos ele está aceitando o fato de eu não ser um empecilho para seu relacionamento com Sofi. Eu entendo perfeitamente, no seu lugar creio que faria a mesma coisa. Dei suporte para ambos, que estão se revezando no acompanhamento de Amélia. Ontem ela recebeu visita do seu namorado, Bento. Me lembro dele, trabalhando na clínica com Sofi e Regina.

Essa é outra com quem tenho me aproximado também. Dias antes do ocorrido com Amélia, eu descobri que estávamos morando no mesmo prédio. Ela sempre foi amiga minha e de Sofi, acompanhou nosso relacionamento desde o início, mas sempre esteve mais envolvida com minha ex-esposa, até mesmo por conta da clínica veterinária.

Agora que estamos adquirindo mais conhecimento um do outro. Algumas noites nos encontramos, por acaso, no restaurante do hotel e jantamos juntos. Eu escuto tudo que ela me conta sobre seu dia a dia, e eu tenho dela a mesma atenção. Jogamos conversa fora e nos divertimos bastante. Ela está me saindo uma ótima amiga.

Depois de mais um dia agitado no quartel, estou de volta ao meu apartamento. Já tomei banho e mais uma vez vou me dirigir ao restaurante, a procura de um bom jantar, e quem sabe ter a sorte de encontrá-la novamente. E para minha felicidade, lá está ela, sentada na mesma mesa que geralmente a encontro, com seus cabelos acobreados, lisos e soltos caindo sobre o ombro esquerdo, deixando a parte direita do seu pescoço à mostra.

O ombro direito está coberto pelo pano, do que imagino ser um vestido, com mangas que vão por toda extensão dos seus braços. Mas o que chama mais atenção é o decote bem generoso da peça, além da cor escura que, em contraste com seu tom de pele, deixa seu busto mais evidente.

Balanço a cabeça levemente, tentando espantar as imagens que surgem em minha mente, de inúmeras maneiras de como poderia tirar aquela peça do seu corpo. Por hora me vi em um pequeno dilema em minha cabeça.

Por favor, ela é sua amiga. Gritava meu subconsciente. Uma amiga muito gostosa, que está solteira assim como você.

Pode parecer estranho, mas todo esse tempo que estive fora eu me mantive fiel ao meu casamento, mesmo sem imaginar o que poderia encontrar ao voltar. Não quero dizer que Sofi agiu errado ao se envolver com outro, imagino que eu também faria o mesmo se ficasse na mesma situação que ela. Mas também estava tão focado em voltar para casa que não pensava em mais nada. Até agora.

Não sou o tipo de cara que gosta de levar para cama a primeira mulher que aparece na sua frente. Para mim ter o mínimo de intimidade e confiança com quem estou me envolvendo é de suma importância, e parece que com Regina estou tendo tudo isso. Mas também não quer dizer que eu faria essa proposta para ela, ou faria?

Ela poderia achar estranho e não gostar. Quem sabe até terminar a amizade que mal voltamos a cultivar. Ou talvez ela possa não ver com maus olhos. Não sou adepto de ter uma amizade colorida, mas sempre a primeira vez pra tudo, certo?

Ora... O que estou pensando. Colocando a carroça na frente dos bois. Desperto dos meus devaneios com o maitre do restaurante me abordando. Aponto discretamente para a mesa onde Regina se encontra e informo que ela está à minha espera, mesmo isso não sendo verdade. Ele assente, me dando espaço para passar, e sigo até onde ela está.