🐾Capítulo 51

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📑Boa leitura😘


Luke

Deixo Amélia na entrada do hotel onde Eric disse que a esperaria e saio com o carro. Dei uma volta no quarteirão onde o mesmo se localizava para ver se encontrava algo suspeito. Não poderia me guiar por um modelo de carro específico, ou sua cor. Eric era esperto, constantemente mudava de veículos, então não adiantava procurar pelo carro com as descrições que o ex-marido de Sophia me passou.

Eu o conheci a alguns dias atrás. Ela e Will organizaram um jantar com amigos e familiares para contar que ele estava de volta. Meu amigo me explicou o que aconteceu com ele, depois o próprio me deu seu relato após saber que eu estava na cola daquele desgraçado.

No dia seguinte Amélia me procurou, disse que me ajudaria a encontrar Eric. Não era novidade para ninguém que ele estava aqui a sua procura. Então quem melhor que ela para trazê-lo até mim? Palavras dela. Claro que não hesitei em aceitar, pois tudo que mais queria era dar um fim nessa história, de preferência com Eric atrás das grades. Rapidamente elaborei um plano, ela aceitou sem questionar e agora estamos aqui.

Conheço alguns dos capangas de Eric por fotos, por isso busco nas pessoas que estão por aqui alguma semelhança. Dou duas voltas em torno do quarteirão onde o prédio está localizado, ambas em sentidos opostos, até que no final da segunda avisto meu alvo. Victor, também conhecido como braço direito de Eric.

Como havia previsto, ele está em um carro popular totalmente fora de suspeita, modelo antigo com vidros transparentes. Estaciono dois carros atrás do que ele está, desço tranquilamente, tentando não chamar atenção. Estamos no horário do almoço, então a movimentação é um pouco maior. Vou caminhando, disfarçadamente olhando para os lados, mas sempre dando uma olhada por seu retrovisor para saber se não notou minha presença. Chego cada vez mais próximo e noto que a janela do seu lado está aberta. Isso vai ser mais fácil que tirar doce de criança. 

Chego ao seu lado, ainda sem me notar vejo que está teclando no celular, mandando mensagem. Sem esperar mais começo a agir, pois Amélia não conseguirá segurar Eric por muito tempo. Enfio a mão através da janela do carro, os dedos fechados em punho, e os sinto colidir com seu rosto. O choque faz com que ele solte o celular, que cai aos seus pés. Seu rosto vira para o lado oposto ao que estou, seu corpo também tenta seguir o mesmo caminho mas volta, ele parece atordoado. 

Olho em volta rapidamente, só para garantir que ninguém percebeu nada e volto a soca-lo, assim ele apaga. Abro o carro e, com certa dificuldade, tiro ele de dentro do mesmo. O apoio contra o carro e fecho a porta, pego um de seus braços e coloco sobre meu ombro, é difícil mas não impossível. Quem olhar vai pensar que é apenas um amigo levando o outro, bêbado, para o carro. Assim o faço. Coloco ele no banco do carona do meu carro, uma de suas mãos está algemada ao volante. Tranco o carro e volto para o dele. Entro e pego o celular que está próximo aos pedais. Verifico todo o carro e no porta luvas encontro uma arma e três passagens aéreas. Você está muito enganado se pensa que vai sair daqui assim, tão fácil Eric. 

Penso enquanto olho para além do para-brisa do carro. Minha parte do plano está completa. Agora é só esperar. O celular de Victor apita, o visor acende mostrando que uma nova mensagem chegou. Sem precisar abrir vejo no nome de Eric e os dizeres, "Estamos saindo". Chegou a hora. 

Dou partida no carro, faço a volta rápida no quarteirão, é o tempo que eles saem do prédio, assim com pressa ele não irá prestar atenção em mim. Quando estou próximo o celular toca novamente, agora com uma chamada, mas não atendo. Chego em frente ao prédio e me arrependo por ter demorado. Eric está com uma arma apontada para cabeça de Amélia. Não deveria ter dado volta alguma. Me repreendo estacionando o carro, ameaço sair, mas volto atrás. Eric está tão entretido que nem vai dar conta de mim aqui. E foi dito e feito. 

Ele veio em direção ao carro, deixou Amélia entrar, e só então quando iria fazer o mesmo, foi que me viu. Porém ao invés de recuar, ele foi puxado para fora do carro. A arma que ele estava segurando disparou, na hora não pensei em mais nada, se ela tinha acertado alguém ou não. Tudo que eu queria era prender Eric. Saí do carro, saquei minha arma e apontei para ele, que estava sendo imobilizado pelo Davi. 

Eric tem um de seus braços presos em suas costas, em volta do seu pescoço um dos braços de Davi. A arma no chão. Eric está com o rosto mais vermelho que o um tomate, sem dúvida Davi está o apertando, mas não o bastante para fazê-lo apagar. 

— Você está preso. — inicio meu discurso — Pela extensão da sua ficha, você já deve saber de cor o que eu deveria falar agora, não? — sim foi uma pergunta retórica — Assim me poupa tempo! 

Pego sua mão solta e envolvo a algema, Davi o vira e prendo a outra. Ele tenta se livrar de nós, dá uma cabeçada em Davi, que cambaleia para trás atordoado e com o nariz sangrando. Mas não estou para brincadeira, ele não vai fugir mais, e para ter certeza de que ele não me dará mais314trabalho, uso minha arma e dou uma coronhada em sua cabeça. Ele apaga na hora, caindo no chão. 

— Oh meu Deus! Amélia. — Regina, amiga de Sophia passa por nós exasperada, também a conheci no mesmo dia que Davi — Chamem o socorro, pelo amor de Deus. - ela grita. 

Só então me dou conta do que aconteceu. Estava tão preocupado em pegar Eric que não pensei em mais nada, nem mesmo na segurança daquela que me ajudou. Rapidamente alguém aparece, informando que o socorro já está a caminho. Quando Amélia já está na ambulância, um dos socorristas pergunta sobre Eric. Digo que ele está bem, só desmaiado e preso. Mostro minha identificação, Davi confirma o que digo e ele não questiona mais nada. Regina se oferece para ir com Amélia, Davi avisa que vai logo atrás. 

— Vamos limpar essa calçada. — diz apontando para Eric. 

O levamos para meu carro. Davi se surpreende ao ver Victor desacordado, também me ajuda a colocar os dois juntos no banco traseiro. Nos despedimos e sigo para a delegacia mais próxima. Apenas os deixei sob os cuidados do delegado de plantão, que ficou feliz em ver que havíamos pego o tão temido Eric Fisher, e segui para o hospital, prometendo voltar assim que possível para resolver toda burocracia sobre o caso. 

Quando Will chegou no hospital eu fui logo me desculpando, afinal é por minha incompetência que sua irmã está aqui agora. 

— Já tiveram alguma notícia? — pergunta, agora mais calmo, depois que conversamos e eu expliquei tudo.

Quando vou responder, um homem de jaleco branco com uma prancheta na mão e estetoscópio em volta do pescoço, chama pelos parentes de Amélia. 

— É minha irmã. Como ela está? — todos estamos apreensivos por notícias. — A sua irmã deu entrada neste hospital com um ferimento causado por uma arma de fogo. Felizmente não atingiu a coluna e nenhuma costela. Porém o projétil está alojado no pulmão. — ele explica — Em um lugar perigoso, por isso será necessário realizar uma cirurgia para retirá-lo. Estamos preparando ela para isso. — finaliza. 

Will nada diz, apenas acena, concordando com tudo que o médico diz. Esse pede para que meu amigo preencha a ficha de internação da Amélia. Sophia o acompanhando e eu volto a me sentar. Só vou conseguir sair daqui quando me derem certeza de que ela estará bem e fora de perigo. Só assim vou conseguir tirar esse peso que se instalou na minha consciência.


Até o próximo capítulo 😘
Ps.: Perdão pelos possíveis erros!

: Perdão pelos possíveis erros!

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