Capítulo 06

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Uma semana que tenho convivido com Lena Luthor que tem me feito duvidar de minha própria sexualidade. Ficava difícil não olhá-la, e muito menos controlar meu coração que batia acelerado com cada sorriso seu.

Depois da nossa última conversa, na qual Lena deixou claro que tem nenhum interesse em mim, não toquei mas no assunto beijo, mas esquecer era bem difícil. Ainda mais quando nos esbarramos todos os dias, dividimos o mesmo teto. De certo modo isso tudo me incômoda um pouco, loucura um beijo mexer tanto comigo, nesses vinte anos de vida me sentia hipnotizada por uma mulher, mas não era qualquer uma, era Lena Luthor, a morena dos olhos mais verdes que já vi, irmã de meu irmão a qual foi colocado para criar um bebê comigo.

Nos primeiros dias a morena estava levando certinho o nosso quadro de rotina, porém nos últimos dois dias atrás, ela tem mudado os horários, tem colocado Liam tarde na cama, as vezes volta tarde da rua com o menino. Para ela isso é nada demais, mas para mim é bom o menino crescer com rotina.

A morena tinha saído para uma boate com sua amiga, Lena não me disse claramente, mas acabei ouvindo uma conversa sua ao telefone. Não me julguem, não sou bisbilhoteira ou algo do tipo, apenas fiquei curiosa para saber o porque de tantos risos da morena.

Agora me encontrava sentada em frente ao laptop ligado na sala. Passava um pouco mais das 02:00 da manhã, Liam já dormia em seu berço, e eu no meu terceiro copo de café para poder terminar uma matéria do trabalho. Alguns minutos sentada ali na mesma posição sinto um leve desconforto no pescoço. Passo a mão no local fazendo uma massagem para amenizar a dor.

- Dor?

- Rao, Lena. - coloco a mão no peito, mal tinha escutado a porta sendo aberta pela mesma. - Sim, fiquei na mesma posição por tempo de mais.

Observo a mesma se livrar do seu sobretudo, o vestido vermelho justo molda muito bem o seu corpo. Sentia o ar me faltar quando Lena coloca suas mãos frias em meus ombros massageando de leve aquela região.

- Meu pai sempre disse que eu tinha ótimas mãos. Acredite quase virei uma massagista profissional. - diz convencida me fazendo rir.

- Olha, eu realmente tenho que concordar. - admito me sentindo mais relaxada. Lena realmente tinha mãos muito boas, colocava pressão certa, e sabia onde deveria ser tocado.

- Obrigada- sorrio sem jeito quando a mesma se afasta.

- Imagina. Só acho que deveria ir se deitar, já é tarde.

- Bom, eu não posso me dar esse luxo, tenho matérias para entregar amanhã, e nem estou na metade ainda. -explico empilhando alguns papéis.

- Posso te ajudar se quiser. - levanto uma sobrancelha. - Qual é, Kara, apenas me diz o que posso fazer.

Lena se senta ao meu lado, a mesma coloca o laptop nas pernas. Vendo que a mesma não iria aceitar o meu não, ajeito o meu óculos no rosto e começo a explicar a mais velha no que ela pode me ajudar. Confesso que com Luthor ali as coisas foram bem mais rápidas, Lena era ágil com os dedos e conhecia muito bem o teclado. Quando finalizamos tudo por volta das três da manhã, colocamos as xícaras dentro da pia.

- Obrigada, Lena, se não fosse a sua ajuda eu iria amanhecer naquele sofá. - deixo um risadinha escapar de meus lábios.

- Nem precisa agradecer, Kara. - sinto o ar se faltar em meus pulmões quando Lena se aproxima. Meu instinto é dar alguns passos para trás, até que minhas costas se chocam contra a parede de azulejo gelado.

- Le...na, o que... - sua mão se espalma do lado do meu rosto, nossas respirações se tocam, seu hálito quente bate em meu pescoço.

- Shiii! Kara. - um, dois, três beijos curtos são depositados em meu pescoço. Rao! O que Lena esta fazendo? Tá, óbvio que eu sei, mas me lembro dela ter dito que aquilo não iria se repetir, e pelas xícaras de café que ela tomou, ela não deve estar tão alcoolizada mais.

Seu nariz se arrasta pela minha bochecha, depois roça nossos narizes um no outro. Aquele gesto todo estava me deixando muito confusa, e com um certo desejo. Eu já não me conhecia mais.

- Kara. Kara, você é muito linda sabia? - seguro meu queixo entre o dedão e o polegar. - Tentei ficar longe, mas você me atraia como um imã.

- Você só pode estar bêbada para estar dizendo essas coisas.

- Não bebi tanto assim. - engulo em seco. - apenas estou dizendo o que vem martelando em minha cabeça a alguns dias.

Nossos olhares se encontram, e quando meu cérebro parece funcionar, Lena cola nossos lábios em um selinho demorado.

- Você deixou claro que isso nunca iria se repetir.

- Não estava sendo sincera. - segura meu rosto entre as mãos, entreabro os lábios quando Lena pede passagem com a língua.

O beijo é ainda mais gostoso que o primeiro, lento e molhado. Lábios macios, língua aveludada e pegada de enlouquecer. Rao! Já sentia minha calcinha úmida só ter seus lábios nos meus.




Juntas Pelo Acaso| KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora