Autora On
Depois da descoberta de Danae, a morena foi para qualquer lugar que pudesse chorar em paz.
Depois de um tempo correndo, ela vai para uma colina que tinha mais ao sul da cidade, você conseguia ver toda Plaka dali e até mesmo via o litoral no distante horizonte. A jovem apenas senta debaixo da sombra de uma árvore e continua a chorar, sentia como se toda a sua felicidade tivesse sido sugada por um buraco negro.
De repente a morena ouve passos atrás de si e rapidamente vira seu rosto na direção do som.
Analiel - Danae! - chama o nome da amiga preocupado. - O que aconteceu, eu ia até a sua casa mas vi você sair correndo enquanto chorava, o que houve? - fala se aproximando da morena que apenas o abraçou forte ainda chorando. - Danae?
Danae - Eu... Eu estou tão triste Analiel! Eu pensei que tudo seria diferente aqui na Grécia, eu achei que eu podia finalmente ser feliz na minha terra natal, mas... Ao invés disso eu apenas descubro que toda a minha vida não passava de uma máscara. - fala chorando no peito do ruivo.
Analiel - Ei Danae, o que houve? Por que você está assim? - fala segurando os ombros da morena que apenas apertava o abraço.
Danae - Quando nós fomos ao templo de Poseidon eu tive uma visão, era um bebê usando uma manta negra... - fala tentando deter as lágrimas.
Analiel - Uma visão? Espera o que? Foi por isso que você tinha caído naquele momento? - pergunta e a jovem afirma com a cabeça. - Mas o que isso tem haver?
Danae - Hoje quando voltei para casa, fui ajudar meu irmão a arrumar um quarto onde minha avó usava com um tipo de depósito, quando terminamos meu irmão encontrou uma caixinha antiga, ela caiu e a tampa acabou saindo, quando eu fui pegá-la, vi a mesma manta negra que o bebê da minha visão estava usando... - deu uma pausa, para engolir a vontade de chorar que insistia em vir novamente, o ruivo que apenas ouvia já tinha em mente como poderia ser o final daquela historia mas deixou a amiga terminar. - Eu pedi explicações para a minha avó e ela disse que aquela manta era minha, ela estava enrolada em mim quando... Quando os meus pais me acharam no templo de Poseidon. - fala e deixa novamente as lágrimas caírem, chorando contra o peito do rapaz que abraçava.
Analiel - Danae... - fala mas para ao sentir o vento parar quase que imediatamente.
Não apenas o vento, Analiel olha para a árvore que tinha ao lado deles e percebe algo estranho. As folhas não se mexiam, as folhas que estavam caindo simplesmente pararam no ar, os pássaros que antes voavam estava paralisados, tudo tinha ficado quieto, ele olhou para a cidade e via os carros parados, as pessoas pareciam que tinham virado estatuas, o tempo havia parado para tudo e todos, mas por que? Quem fez isso? E por que ele e Danae não foram afetados? Foi aí que ele notou uma aura fraca em volta de Danae.
Analiel - Danae? - chamou a morena que o encarou, ela já tinha parado de chorar. - Como você fez isso? - pergunta deixando-a confusa.
Danae - Fiz o que? - pergunta e o ruivo lhe mostra. - O que? - fala perplexa ao ver que tudo em Plaka havia parado. - Aconteceu de novo... Eu nunca vi isso numa proporção tão grande. - fala e então percebe o brilho roxo em volta de seu corpo. - Mas o quê? O que é isso?
Abnara - Seus poderes, o que mais seria. - fala a celeste que apareceu acompanhada de Óbulo.
Danae - Abnara, Óbulo! Como assim meus poderes? Mas espera, como vocês não forem afetados.
Óbulo - Somos imortais, semi-deuses por assim dizer. Você só parou o tempo para os humanos, e todos os outros seres sem nenhum poder mágico. - fala tirando seus óculos os fazendo desaparecer com magia.
Danae - Semi-deuses? Espera, podem me explicar o que está acontecendo. - fala ainda mais confusa.
Analiel - É, eu também gostaria de saber o que está acontecendo. - falou o ruivo que já não conseguia entender nada.
Abnara - Nós vamos explicar tudo, mas primeiro, vamos para um lugar mais privado. - fala e acena para Óbulo que criou um círculo mágico de teletransporte, que mandou todos para a casa do celeste.
Analiel - Nossa! Esse truque eu ainda não sabia.
Óbulo - Nós celestes temos inúmeros dons, todos para ajudar nossa deusa em qualquer tipo de situação. - fala pleno dando um pequeno sorriso.
Danae - Celestes? Peraí, vocês são celestes de Urania? A deusa que vimos no museu. - fala surpresa.
Abnara - Isso mesmo! Não é surpresa você ter entendido tão rápido, perfeita como sempre. - fala sorrindo.
Danae - O que? - diz confusa.
Abnara - Nada! Bom, voltando ao principal assunto. Você quer saber como possui poderes e o que isso tem haver com a historia sobre você ter sido encontrada no templo de Poseidon quando era criança. Bem, você vai saber a resposta logo logo! Vilu irá lhe contar tudinho assim que e... Mas que merda é essa? - fala e põe a mão na boca assim que percebe o que estava dizendo.
Óbulo - Quem é Vilu? - perguntou confuso.
Abnara - Eu não sei, eu estava falando tudo até que as palavras começaram a sair da minha boca sem que eu quisesse. - disse confusa com que tinha acabado de acontecer.
Vilu - Sou euu! - digo surgindo no meio do cômodo. - Olá, é um prazer vê-los, sou Viollet Abraham, mas eu prefiro que me chamem de Vilu, é o meu apelido, hehe! - falo deixando os quatros surpresos.
Abnara - Quem é você?
Vilu - Bem, essa é uma pergunta difícil de responder, mas para vocês eu sou um feiticeira! E tecnicamente eu fiz você falar essa ultima parte da explicação.
Abnara - Feiticeira? Espera, como você fez isso? - disse incrédula.
Vilu - Não posso dizer, um mágico nunca revela seus truques! - falo dando uma piscadinha.
Óbulo - Você contou que fez Abnara dizer aquilo! Bom, então quer dizer que você vai contar toda a verdade para Danae? - disse em seu tom casual enquanto me encarava atentamente.
Vilu - Uuuhhh você é tão esperto Óbulo, a sua irmã pode ser a sábia, mas você é tão inteligente quanto. E lindo também. - digo e ele me olha surpreso.
Óbulo - Como sabe da minha irmã?
Vilu - Eu sei de tudo meus amores, na verdade, sei mais do que todos vocês juntos.
Danae - Então você sabe quem eu sou de verdade! - disse me olhando.
Vilu - Claro que sei querida! Mas, não posso contar agora!
Danae - O que, por que não? - pergunta confusa.
Vilu - Por que ainda não é o momento! Por isso apareci! Abnara iria lhe contar toda a verdade, então vim para impedi-la e lhe contar apenas o que você precisa saber por enquanto. - falo me sentando no sofá que tinha no quarto, me espreguiçando logo em seguida. - Bem, para começo de conversa você, hum, não é humana.
Danae - Não sou... Humana!
Autora Off
- Continua... -
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A Filha do Tempo
FantasyUma garota de 17 anos que vivia na cidade de Nova York, de longos cabelos negros, seus olhos são azuis quase tão claros quanto um rio de águas cristalinas, aos 9 anos passou por um acidente em sua escola que mudou completamente sua infância, agora...