Capítulo 27

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O relógio da sala de estar, batia 8 horas da manhã, todos estavam esperando Romania sair de seu quarto para poderem ir.

Thay: — JOÃO VITOR ROMANIA, VOCÊ ESTÁ ATRASADO MEU FILHO, VAMOS.

João: — CALA A BOCA THAYLISE, EU SEI QUE ESTOU ATRASADO, EU SEI OLHAR AS HORAS, DIFERENTE DE VOCÊ.

Carol: — Gente, tô com fome. — Todos começaram a rir, pois a menina nem ligava para a briga inocente de Thay e Jão.

João apareceu na sala ouvindo um aleluia de todos que estavam ali, ele apenas revirou os olhos. Todos se direcionaram a pequena van que os levariam à casa de praia, onde ocorreu o assassinato do marido de Khateryn. Deram bom dia a todos os seguranças que estavam ali, hoje eles seriam investigadores, estariam de folga da segurança por alguns dias, para resolverem o caso. Por esse motivo, todos foram dormir cedo na noite interior, deixando para os seguranças do FBI cuidarem da casa pela madrugada inteira.

João: — Já faz quantos dias que estamos aqui?

Pedro: — 2 horas, Romania.

João: — Para de ser burro, Tofani. Estou falando de San Francisco. — Pedro começou a gargalhar da sua própria leseira.

DAY: — 4 dias, Romania. Primeiro dia descansamos, segundo e terceiro dia já fizemos vigia e hoje seremos parte da investigação.

Carol: — Porque estamos indo para o local do crime só agora?

DAY: — Primeiro que só podemos ir depois da polícia fazer o trabalho deles que é igual a nada, pois somos sempre nós que desvendamos os casos deles. — falou revirando os olhos. — E segundo que só poderíamos ir depois dos nossos seguranças chegar, pois alguns são nossos seguranças também.

Ficaram o resto do caminho em silêncio, não demorou mais do que uns 20 minutos. A cara de praia do casal, não era tão grande. Mas era razoável. Todos saíram da mini-van e se direcionaram ao jardim que dava passagem para a entrada da casa.

João: — Bom dia, Kathe. — Cumprimentou a mulher que parecia não dormir há dias.

Katheryn: — Me acompanhem, por favor.

João: — Gente, cada um vai fazer algo, Vitão e Thay investiguem as câmeras de todo esse local. Fran procure pela casa, algo suspeito. Day e Carol vocês podem seguir por aqui e dobrem a direito que o corpo ainda está aqui, já que a policial saiu daqui essa manhã. Eu e Pedro ficaremos com a parte de falar com a Kathe. Todos estão com suas escutas ligadas?

Todos concordaram, Thay e Vitão seguiram para fora da casa, DAY e Carol foram em direção ao corpo, Fran fora investigar toda a casa, Pedro e Jão se sentaram à mesa junto de Kathe.

João: — Vou ligar o gravador, pois é necessário, okay? — A mulher apenas concordou. — Podemos começar? — Falou ao olhar para Pedro, que apenas respondeu com som nasal. — Como foi a noite do assassinato?

Kathe: — Estávamos na sala, assistindo TV, quando arrombaram nossa porta, eles já chegaram atirando.

Pedro: — Eles? Então são dois homens?

Kathe: — Não sei, eles estavam de máscaras.

João: — Prossiga.

Kathe: — No momento em que atiraram, nenhum tiro pegou em nós dois, eles pararam em frente ao meu marido, pegaram-no pela blusa e o levaram até o nosso quarto, o amarraram na cadeira e a cada pergunta que faziam, meu marido dizia não dizia nada, eles batiam nele, ele já estava quase desmaiando, quando os pedi para pararem, que diria onde estava o cofre.

Pedro: — Espera, eles não fizeram nada com você?

Kathe: — Não, me fizeram ficar sentada na cadeira olhando eles baterem no meu marido. Quando disse que os diria onde estaria o cofre, jóias, relógios, carros de luxo, eles pararam. Mas quando estávamos saindo do quarto, um deles atirou no Paul.

Pedro: — E mesmo assim, você entregou tudo que eles queriam?

Kathe: — Sim, eles disseram que se eu não entregasse, também morreria.

João: — Certo, acho que isso vale, por agora. Qualquer coisa, nós a chamamos para ser investigada de novo.

A mulher saiu da sala e se direcionou para fora, onde vários seguranças estavam posicionados. Pedro olhou para ver se a mulher estava bastante distante para não escutar o que ele tinha para dizer. João anotava algo em seu bloquinho. Mas parou quando Pedro soltou algo absurdo, na visão dele aquilo era algo horrível de se dizer.

Pedro: — Ela decorou tudo isso.

João: — O quê?

Pedro: — Parecia um robô, Romania. Você não percebeu?

João: — Você está ficando maluco, Tofani.

Pedro: — O quê? Louco? Você que está ficando, por não ter percebido que tudo isso que ela falou, não é decorado, ela parecia um robô, ela mal olhava no nosso olho.

João: — Talvez seja, porque ela está no mesmo local que o marido foi assassinado. Nem imagino quanto deve está sendo difícil para ela.

Pedro: — Okay, se ela não mentiu, então está acobertando alguém.

João: — Prossiga.

Pedro: — Se lembra quando ela falou que não sabia se eram dois homens, ou duas mulheres, ou um homem e uma mulher? — Romania concordou. — Ela demorou um pouco para raciocinar o que eu tinha perguntado. Como alguém não sabe se é homem ou mulher? A voz, o físico, o cabelo, tudo tem uma pista.

João: — Não, Tofani. Nada a ver, ela estava vendo o marido ser morto na sua frente e ela iria prestar atenção em algo de físico, altura ou voz?

Pedro: — Sim, quando se ama alguém de verdade, você quer justiça. Mas quando você acoberta ou mata alguém, você faz de tudo para não ser descoberto.

João: — Agora você acha que ela matou o próprio marido? Você está enlouquecendo mesmo.

Pedro: — Olha, não é só porque não quis te beijar dois dias atrás, que você tem o direito de me tratar assim. Não estou ficando louco, vou-lhe provar isso.

João: — Duvido um pouco.

Pedro: — Na última investigação quem descobriu tudo fui eu, não duvide da minha capacidade, ou se não, você perderá.

Passou-se alguns minutos e todos já estavam sentados à mesa.

João: — O que acharam?

Fran: — Tinha sangue seco no quarto do casal.

Vitão: — Romania, não sei, mas acho que as pessoas que vieram aqui, hackeou as câmeras, pois não tem nada do dia do assassinato. Nem mesmo as câmeras estão aqui. Todos sumiram.

Todos olharam incrédulos uns para os outros.

Carol: — Espera, então, não temos nenhuma pista? — Todos negaram. — Não achamos nada no corpo do Paul.

Vitão: — Então, pelo visto esse será o caso mais demorado de se resolver.

DAY: — Não tiraram nada de bom da Kathe?

João: — Não, ela não falou nada que nos deixe com uma pulga na orelha. — Pedro pigarreava atrás do Jão. — O que é? Precisa de uma pastilha?

Pedro: — Não, preciso que acredite em mim.

Todos olhavam sem entender nada, Vitão pediu para explicarem o que tinha acontecido. João mostrou toda a gravação feita do diálogo com Kathe, explicou da loucura que Pedro tinha falado e Pedro explicou tudo direitinho para todos ali, falou as mesmas coisas que tinha falado para Romania antes de todos chegarem. Todo mundo começou a dizer que Pedro estava louco, que a mulher estava mal demais pela morte do marido e por ter sido várias e várias vezes interrogada, aquilo tinha se tornado algo comum de se falar. Carol e DAY permaneciam caladas, elas acreditavam no menino.

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