Capítulo 31

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DAY: — Você sabe que deveríamos estar dormindo né? — DAY sussurrava olhando Carol procurar uma blusa pelo quarto. — Porque você não pega uma blusa minha? Bem mais rápido, não?

Carol: — Tem razão, não estou achando nenhuma que eu queira.

DAY: — Óbvio, você não gosta das suas blusas. Só usa as minhas.

Carol lhe deu um beijo rápido e ambas saíram do quarto em direção ao quarto dos meninos. Thay e Vitão estavam de vigia aquele horário. Carol bateu duas vezes, na porta apareceu um Pedro com um cabelo bagunçado e bocejando.

Pedro: — O que é?

DAY: — Bom dia estressadinho!!!

Pedro: — Day, você sabe que horas são? São 23hrs, era pra vocês estarem dormindo, já que daqui algumas horas vocês serão as próximas na vigia.

Carol puxou Pedro para fora do quarto e o levou até o quarto delas. Puxou seu notebook e entregou para DAY.

DAY: — Já que o Romania não acredita em você e somos as únicas que acreditamos em você, decidimos te ajudar nisso tudo.

Pedro: — Aí meu Deus, obrigado. Por onde começamos?

DAY: — Por quem assassinou o Paul. Você acha que é quem?

Pedro: — Kathe.

Carol: — Porquê?

Pedro: — Escutei a polícia dizendo que tinha conseguido pegar um negócio na cena do crime. Era um fio de cabelo e loiro. A polícia tá limpando a barra da Kathe.

DAY: — Será?

Pedro: — Mas é, essa mulher tem uma reputação ótima e dinheiro a beça. O que ela iria proteger e o que faria pra ser proteger?

DAY: — Pagaria os policiais para limpar a cena do crime.

Carol: — Meu Deus, então foi por isso que o Vitão e a Thay não conseguiram acessar as câmeras da casa?

Pedro: — Sim, e também porque elas já não estavam mais lá.

DAY: — Mas como explica o Paul ter sido mesmo espancado?

Pedro: — Algo teria que fazer sentido nisso tudo, não acha? Eu queria pedir autópsia do corpo, mas alguém teria que assinar, sou novato, não tenho essa moral toda.

Carol: — Eu posso. Vai querer a autópsia para?

Pedro: — Eu tenho quase certeza que a Kathe o envenenou, ele já estava morto antes mesmo dos policiais chegarem. Mas tiveram que fazer uma cena de crime como Kathe descreveu. Tiros no teto, sangue, cordas e cadeiras no quarto. Porta arrombada.

DAY: — Mas não temos prova para isso tudo, Tofani.

Pedro: — Exatamente, eles fizeram isso, exatamente para não serem descobertos.

Carol: — Meu Deus, tive uma ideia. Poderíamos ir até o local do crime e usar Luminol.

Pedro: — Luminol?

DAY: — O luminol é muito utilizado em perícias criminais a fim de identificar sangue no local do crime. Mesmo que o local ou outros itens, como roupas, carpetes, etc., tenham sido lavados antes, as fibras do tecido absorvem partes do composto de ferro e ainda assim o local é "iluminado" pelo uso do luminol. Com o local escuro, é possível ver bem os pontos azuis que indicam a presença de sangue.

Pedro: — Então temos de deixar o local escuro?

Carol: — Sim, colocar papéis negros nas janelas, fechar todos as luzes e tampar qualquer frecha de portas, janelas e objetos.

Pedro: — Mas aí teríamos de sair daqui 23hrs, Romania demora meia-hora se arrumando para dormir e para dormir meia-hora também.

Carol: — Tenho alguns contatos que podem adiantar o processo do Luminol na casa. Mas temos que chegar lá meia-noite em ponto. Day, você pediu pra trazerem seu carro?

DAY: — Óbvio, ele chegou ontem. — Disse DAY com os olhos brilhando.

Carol: — É, Tofani. Ela mais o carro do que a mim. — Pedro deu uma gargalhada alta. — Rir baixo, imbecilidade.

Pedro: — Carol, fala com seus contatos e pede pra fazerem isso logo para amanhã pela madrugada. Day, teremos que sair pelos fundos, os seguranças passam maior parte do tempo na frente da casa. E preciso de uma autópsia completa do corpo, Ca.

DAY: — Essa parte pode deixar comigo.

Pedro: — Mas... — Pedro fora interrompido por uma Carol com voz raivosa e olhando diretamente pro seu celular.

Carol: — Ela já transou com a menina que trabalha no necrotério daqui de San Francisco.

DAY: — Isso não é verdade. Só nós beijamos algumas vezes.

Carol: — Vou nem dizer onde ela beijou, Dayane.

Pedro: — Gente, foco.

Carol: — Vou falar com um pessoal que eu conheço, Tofani. Já mandei mensagem para eles, já já vão me dar um retorno.

DAY: — Já falei com a Aline, ela disse que faz a autópsia, mas com uma condição.

Pedro: — Transar com ela?

DAY: — Não, tenho que apresentar alguém para ela. Já tenho algumas pessoas em mente.

Pedro: — Ela já sabe que você está namorando com a Carol? — DAY sorriu e falou que sim.

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