Capítulo 14

435 35 45
                                    

O relógio do hospital batia 8:10 da manhã, San Diego havia amanhecido do jeito mais belo, sol radiante, era a marca da cidade. Pedro balançava a perna em ansiedade, iria receber os exames de rotina após o tiro que recebeu e tirar o curativo.

Doutor: — Pedro Tofani?

Pedro: — Sou eu!

Doutor: — Pode me acompanhar? — Pedro apenas balançou a cabeça em concordância, o seguindo. — Então, você está bem, seus exames não deram nada fora do normal. Ainda sente dor?

Pedro: — Não, tomei todos os remédios que me pediu.

Doutor: — Que bom!!! Fico feliz com isso, você pode seguir pelo corredor da direita e irá ver uma porta vermelha, pode tirar o curativo lá mesmo. Seja bem-vindo à ativa, Tofani.

Pedro: — Obrigado.

Pedro se retirou da sala e seguiu até a sala da porta vermelha. Retirou o curativo e recebeu seus documentos de novo. Saindo da sala, seu celular apita, dizendo que tinha chegado uma nova mensagem.

"Insuportável do Romania: Ei. Preciso muito de você aqui hoje. Tenho um "presente" para você. E também preciso receber a cópia dos seus exames, para passar o para o alto calão do FBI. Hoje eu deixo você se atrasar, mas só porque foi retirar o curativo."

Tofani revirou os olhos e seguiu até seu carro. Dirigia calmamente pelas ruas de San Diego, ele amava aquela vista, aquele lugar sempre seria seu ponto de paz: dentro de um carro, com suas músicas preferidas, andando por aí sem pensar em nada. Estacionou em frente à loja, já encontrando Day e Carol conversando, sério? como elas não namoravam?

Carol: — Oi Tofani. Jão pediu para te avisar que você subisse, assim que chegasse. Já já conversamos sobre a ida ao hospital, okay?

Pedro: — Okay, bom dia né gente?

As meninas responderam em uníssono. Pedro pegou o elevador e depois de chegar ao andar proferido, seguiu até a sala do Jão. Deu-lhe duas batidas e escutou um "Entre".

João: — Bom dia!!!

Pedro: — Bom dia!!! Eu trouxe as cópias dos exames. Está aqui.

João: — Obrigado! O FBI me pediu para fazer isso, eles sempre querem a segurança dos agentes em primeira mão. Mas não foi só por isso que te chamei aqui.

Pedro: — Eu sei, você me disse que tinha um presente.

João e Pedro : — Entre aspas — os dois sorriram.

João: — Como você já está aqui, sei lá, um mês já? — Pedro apenas concordou. — Certo, como é obrigatório. Toma!

Pedro: — O que é isso? — Na sua frente estava uma caixa, não relativamente grande, mas não tão pequena.

João: — Seu uniforme, que deve ser usado em missões. Sua arma e seu distintivo, podem ser usados apenas em caso de extrema necessidade, mas especialmente deve ser usado nas missões. E o mais importante, seu crachá, ele te dará acesso a essa base e a base central do FBI.

Pedro estava com os olhos marejados, tudo que ele sempre sonhou, estava ali, acontecendo naquele momento. Tudo que ele sempre lutou, os dias em claro estudando os mistérios, o blog, a faculdade, a pressão dos pais para seguir carreira em medicina. Finalmente tudo aquilo tinha valido a pena.

João: — Você está bem? — falou tocando o ombro do menino. Pedro começou a chorar e João não sabia o que fazer, tinha medo de abraçá-lo e ele recuar. Mas abraçou do mesmo jeito, o menino se encolheu em seus braços. — Ei, o que foi? Tá tudo bem? Não gostou?

Pedro: — Não, não é isso. Eu amei, amei muito!!! Romania isso sempre foi o que eu sonhei e finalmente estou realizando tudo isso, o preconceito que sofri por seguir essa profissão, a expulsão da minha casa pelos meus pais. Tudo, tudo valeu a pena. Hoje tenho amigos incríveis e que me entendem. Porra, sei nem por onde começar a agradecer.

João: — Fazendo o que você nasceu pra fazer, esse é o jeito de agradecer. Reze a sei lá, os astros, aos deuses e até mesmo a Deus, por finalmente você está onde sempre lutou pra estar. Seja bem-vindo, Tofani. Seja bem-vindo, ao FBI.

Romania lhe estendeu a mão, mas Tofani recusou e lhe abraçou, sussurrando um "obrigado" perto de seu ouvido. Ele estava tão feliz, que queria demonstrar ao seu treinador tudo que estava sentindo. Romania lhe abraçou mais forte que podia, lhe passando aconchego e proteção, num aviso que sempre estaria ali por ele.

Sete amigos e San Francisco Onde histórias criam vida. Descubra agora