Prologue

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[🍑]

Somin, a duquesa de Busan, ergueu o bebê, seu neto, da pequena banheira e embrulhou-o em uma toalha branca e macia.

O bebê deu risadinhas, esticou as pernas fortes e tentou ficar de pé no colo dela. Ele explorou o rosto e os cabelos da avó com as mãozinhas ávidas e molhadas, e Soo riu do carinho desajeitado.

ㅡ De leve, Soobin. ㅡ Somin se encolheu quando o menino agarrou o colar de pérolas que dava duas voltas no pescoço dela. ㅡ Ah, eu sabia que não deveria ter colocado esse colar na hora do seu banho. É t-tentador demais. ㅡ Soo sempre gaguejara um pouco, embora, com o tempo, tivesse se tornado algo muito discreto. 

ㅡ Vossa Graça! ㅡ exclamou Ona, a jovem babá, indo apressada até Soo. ㅡ Eu teria tirado o patrãozinho Soobin da banheira para a senhora. Ele é pesado como um tijolo. 

ㅡ Soobin não dá trabalho nenhum ㅡ garantiu Soo, beijando as bochechas rosadas do bebê e fazendo-o soltar as pérolas. 

ㅡ Vossa Graça é muito gentil em ajudar com as crianças no dia de folga da ama. ㅡ A jovem pegou o bebê dos braços de Soo com cuidado. ㅡ Qualquer criada da casa o teria feito com prazer, já que a senhora tem ocupações mais importantes. 

ㅡ Não há n-nada mais importante do que meus netos. E gosto de passar algum tempo no quarto das crianças... Me faz lembrar de quando meus filhos eram pequenos. ㅡ Ona deixou escapar uma risadinha quando Soobin esticou a mão para a touca de babados que ela usava. 

ㅡ Vou passar talco nele e vesti-lo. 

ㅡ E eu vou arrumar a bagunça do banho – disse Soo. 

ㅡ Vossa Graça não deveria fazer isso. ㅡ A criada estava claramente tentando encontrar um equilíbrio eficaz entre a firmeza e a súplica. ㅡ Sobretudo usando um vestido de seda tão elegante... Por que não se senta na sala de estar para ler um livro, ou bordar? ㅡ Quando Soo entreabriu os lábios para discutir, Ona acrescentou: ㅡ A ama vai me matar se souber que aceitei ajuda da senhora. ㅡ Xeque-mate. Como sabia que a ama mataria as duas, Soo reagiu com um aceno resignado de cabeça, embora não conseguisse resistir a resmungar:

ㅡ Estou de avental. ㅡ A babá deixou o banheiro com um sorriso satisfeito e levou Soobin para o quarto das crianças. Ainda ajoelhada no tapete felpudo em frente à banheira, Soo levou a mão às costas para soltar o laço que prendia o avental de flanela. E pensou, melancólica, que não era fácil satisfazer às expectativas dos criados de como uma duquesa deveria se comportar. Eles estavam determinados a evitar que ela fizesse qualquer coisa mais extenuante do que mexer o chá com uma colher de prata. E, apesar de já ser avó de dois, Soo ainda era esguia e estava em boa forma ㅡ plenamente capaz de tirar um bebê escorregadio de uma banheira, ou de correr com as crianças no pomar. Na semana anterior mesmo, ela recebera um sermão do jardineiro-chefe por ter subido em um muro de pedra para recuperar algumas flechas de brinquedo. 

Enquanto tentava soltar o nó teimoso, Soo ouviu passos atrás de si. Embora não houvesse outro som ou sinal da identidade do visitante, ela soube quem era mesmo antes de ele se ajoelhar às suas costas. Dedos fortes afastaram os dela, e o nó foi solto com um puxão hábil. 

Um murmúrio suave acariciou a pele sensível da nuca de Soo: ㅡ Vejo que contratamos uma nova babá. Irresistível. ㅡ Mãos masculinas experientes deslizaram por baixo do avental solto e subiram em uma carícia delicada da cintura até os seios. ㅡ Que mocinha voluptuosa. Prevejo que seu trabalho será muito apreciado por aqui. ㅡ Soo fechou os olhos e inclinou o corpo para trás, encaixando-se entre as coxas dele. Uma boca gentil, feita para o pecado e para sensações deliciosas, roçou suavemente em todo o pescoço dela. ㅡ Devo alertá-la ㅡ continuou a voz sedutora ㅡ a manter distância de seu patrão. Ele tem fama de devasso. 

APM || JJK+PJMOnde histórias criam vida. Descubra agora