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Durante as duas horas seguintes, Jeongguk ocupou um canto da sala de espera com o casaco dobrado em cima dos joelhos. Permaneceu retraído, em silêncio, mal consciente de que Hoseok, Taehyung e Kihyun haviam chegado para esperar com ele e com os Kim's.
Felizmente, todos pareceram compreender que ele queria permanecer só. O som das vozes baixas deles era irritante, assim como o choro abafado de Kihyun. Jeongguk não queria emoções ao seu redor, ou desmoronaria. Quando encontrou o cordão de Jimin em um dos bolsos do casaco, segurou as pérolas manchadas de sangue nas mãos e ficou rolando-as entre os dedos. Ele perdera tanto sangue… Quanto tempo o corpo humano levaria para produzir mais?
Ele baixou os olhos para o piso azulejado, do mesmo tipo que havia na sala de exame, a não ser pelo fato de que ali não havia calhas. A sala de cirurgia provavelmente tinha o mesmo piso. A mente dele voltava a todo momento à imagem do esposo inconsciente sobre a mesa de cirurgia. Uma faca havia rasgado aquela pele suave de marfim, e agora mais objetos cortantes estavam sendo usados para reparar o dano.
Jeongguk se lembrou dos instantes que antecederam o ataque à faca, a fúria cega que sentira ao ver Noah com Jimin. Conhecia Noah bem o bastante para saber que dissera algo venenoso. Seria aquela a última lembrança que o esposo teria dele? Jeongguk apertou com mais força o cordão até que uma das fileiras se rompeu, espalhando pérolas para todo lado.
Ele permaneceu sentado, imóvel, enquanto Taehyung e Seokjin recolhiam as pérolas. Kihyun foi até perto dele para pegar as restantes.
– Milorde – Jeongguk o ouviu dizer. O jovem estava parado diante dele, com as mãos estendidas em concha. – Se me entregá-las, eu me certificarei de que sejam limpas e remontadas.
Com relutância, ele deixou o cordão deslizar para as mãos do cunhado. Cometeu, então, o erro de olhar de relance para o rosto de Kihyun e se assustou ao ver os olhos úmidos, azuis com o contorno negro. Santo Deus, se Jimin morresse, ele nunca mais seria capaz de encarar de novo aquelas pessoas. Nunca mais seria capaz de olhar dentro daqueles malditos olhos Park's.
Jeongguk se levantou, foi até o corredor e apoiou as costas na parede.
Em poucos minutos, Hoseok se aproximou. Jeongguk manteve a cabeça baixa. Aquele homem havia confiado a segurança de Jimin a ele, que falhara totalmente. A culpa e a vergonha que sentia eram insuportáveis.
Um frasco prateado surgiu em seu campo de visão.– Meu mordomo, em sua infinita sabedoria, me entregou isto quando eu estava saindo de casa.
Jeongguk pegou o frasco, abriu e tomou um gole de conhaque. A bebida desceu queimando e pareceu aquecer em um ou dois graus o gelo que cobria suas entranhas.
– É minha culpa – disse Jeongguk por fim. – Não tomei conta dele bem o bastante.
– Não seja idiota – replicou Hoseok. – Ninguém consegue tomar conta de Jimin todos os minutos. Não é possível mantê-lo trancado.
– Se ele sobreviver a isso, é o que terei que fazer, diabos. – Com a garganta apertada, Jeongguk teve que tomar outro gole de conhaque antes de voltar a falar. – Não faz nem um mês que estamos casados, e ele está em uma mesa de operação.
– Jeon… – A voz de Hoseok saiu com um misto de humor e tristeza. – Quando herdei o título, não estava nem um pouco preparado para assumir responsabilidade por três jovens inocentes e um viúvo de péssimo temperamento. Eles estavam sempre indo para direções diferentes, agiam no impulso e arrumavam problemas. Achei que nunca seria capaz de controlá-los. Mas então, certo dia, me dei conta de uma coisa.
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APM || JJK+PJM
De TodoJIMIN¡BOTTOM| JIMIN¡UKE Lorde Park Jimin é muito diferente dos debutantes de sua idade. Enquanto a maioria deles não perde uma festa da temporada e sonha encontrar um marido, Jimin prefere ficar em casa idealizando jogos de tabuleiro e planejando se...