Chapter Fourteen

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[🍑]

– Está doente, milorde? – perguntou Ida pela manhã, de pé ao lado da cama de Jimin.

O jovem sentiu-se arrastado de volta à consciência, gritando e esperneando intimamente, arrancado das profundezas de um confortável esquecimento, e estreitou os olhos para a camareira. 

– Estou deitado em uma cama, em um quarto escuro – retrucou, mal-humorado –, com a cabeça repousando sobre um travesseiro e com os olhos fechados. As pessoas costumam fazer isso quando estão dormindo.

– Mas a esta hora? Todas as manhãs, o senhor costuma estar pulando por aí e trilando como um grilo em um galinheiro.

Jimin virou o rosto para o outro lado, evitando encarar Ida. – Não dormi bem.

– O restante da casa já acordou. A menos que consiga se tornar apresentável em meia hora, o senhor vai perder o café da manhã.

– Não me importo. Diga a quem quiser saber que estou repousando.

– E quanto às criadas? Elas vão querer entrar e limpar o quarto.

– O quarto já está limpo.

– Não mesmo. O tapete precisa ser varrido e... Por que seu roupão está jogado ao pé da cama em vez de pendurado no guarda-roupa?

Jimin afundou mais sob as cobertas, completamente ruborizado. Ele se lembrou de Jeongguk carregando-o para o quarto na noite anterior e deitando-o na cama. Estava tão escuro que ele mal conseguira enxergar nada, mas Jeongguk tinha uma visão noturna excepcional.

– Braços dentro ou fora da coberta? – perguntara, ajeitando a roupa de cama com eficiência.

– Fora. – Jimin ficara surpreso, mas achara divertido. – Não sabia que um de seus talentos na cama era aconchegar as pessoas para dormir.

– Poucos sabem disso. Jihoon sempre me dá notas baixas por deixar as cobertas frouxas demais. – O peso de Jeongguk afundou o colchão quando ele apoiou a mão e se inclinou sobre ele. No momento em que seus lábios tocaram a testa de Jimin, ele passou os braços ao redor da nuca dele e buscou sua boca. Jeongguk resistiu por um breve momento, a risada baixa roçando o queixo dele. – Você já teve beijos o bastante para uma noite.

– Só mais um.

Jeongguk cedeu, e Jimin não tinha ideia de quanto tempo eles ficaram ali, os lábios brincando, enquanto Jimin reagia com uma intensidade sonhadora. No fim, Jeongguk o deixou e desapareceu na escuridão como um gato.

Jimin foi arrancado da lembrança prazerosa ao ouvir a batida da tampa da caixa de metal onde ficavam guardados os chinelos.

– Só há um pé aqui – ouviu Ida dizer, em um tom desconfiado. – Onde está o outro?

– Não sei.

– Por que o senhor saiu da cama?

– Fui procurar um livro, já que não conseguia dormir – retrucou Jimin, irritado, e bastante preocupado. 

E se Jeongguk não tivesse se lembrado de recolher o outro chinelo no corredor? E a vela que caíra? Se um dos criados encontrasse alguma das duas coisas...

– Tem que estar aqui em algum lugar – queixou-se Ida, e se agachou para procurar embaixo da cama. – Como o senhor consegue perder as coisas com tanta facilidade? Luvas, lenços, jóias...

– Essa sua falação está acordando meu cérebro – reclamou Jimin. – Imaginei que você ficaria satisfeita por eu permanecer inconsciente mais tempo do que o normal.

APM || JJK+PJMOnde histórias criam vida. Descubra agora