Chapter Fifteen

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O restante do dia foi como um borrão colorido para Jimin. Apenas alguns momentos se destacavam nas brumas da lembrança. Primeiro, eles foram contar a novidade à família de Jimin, que pareceu encantada ao ponto da euforia. Enquanto Taehyung e Kihyun se revezavam para abraçar Jeongguk e o enchiam de perguntas, Hoseok puxou Jimin de lado.

– É isso o que você quer? – perguntou ele baixinho, encarando-o com aqueles olhos azuis contornados de preto, tão parecidos com os do próprio Jimin.

– Sim – respondeu Jimin, com um leve toque de espanto. – É.

– Jeon conversou comigo esta tarde sobre a carta do advogado. Ele disse que se conseguisse persuadi-lo a se casar com ele, faria todo o possível para encorajá-lo em seu negócio e se absteria de interferir. Ele compreende o que isso significa para você. – Hoseok fez uma pausa para olhar para Jeongguk, que estava conversando com Taehyung e Kihyun, antes de continuar, ainda baixo: – Os Jeon's vêm de uma tradição em que a palavra de um cavalheiro é irreversível. Eles ainda honram acordos com arrendatários que foram celebrados há um século, apenas com um aperto de mão.

– Então você acha que podemos confiar na promessa dele?

– Sim. Mas eu também disse a ele que, se não mantiver a promessa, quebrarei suas duas pernas.

Jimin sorriu e apoiou a cabeça no peito do primo.

– ... vamos querer que aconteça logo – ouviu Jeongguk dizer para Taehyung.

– Sim, mas há tanto o que planejar... o enxoval, a cerimônia e a recepção, a noite de núpcias e a lua de mel. E, é claro, coisas como flores, os ternos...

– Eu ajudarei! – exclamou Kihyun.

– Não posso fazer tudo isso – disse Jimin, em um rompante, já ansioso. Ele se virou para os outros. – Na verdade, não posso fazer nada disso. Tenho que submeter mais dois pedidos de patentes, me reunir com meu impressor, procurar um espaço para alugar para a fábrica e… Não, não posso deixar o casamento ficar no caminho de todas as coisas importantes que tenho para resolver.

Os lábios de Jeongguk se curvaram diante da importância comparativa entre o casamento e a empresa de jogos de tabuleiros dele.

– Prefiro fugir para casar, assim posso me dedicar ao trabalho – continuou Jimin. – Uma lua de mel seria uma perda de tempo e de dinheiro.

Jimin tinha plena consciência, é claro, que as luas de mel haviam se tornado uma tradição para os recém-casados das classes média e alta. Mas ficou apavorado diante da possibilidade de ser engolido pela nova vida, enquanto todos os seus sonhos e planos eram postos de lado. Ele não gostaria de viajar para um lugar qualquer pensando em tudo o que o esperava em casa.

– Jimin, querido... – começou Taehyung.

– Conversaremos sobre isso mais tarde – disse Jeongguk, relaxado, com um sorriso tranquilizador para Jimin.

Jimin se voltou novamente para Hoseok e sussurrou: – Viu? Ele já está me manipulando. E é bom nisso.

– Conheço bem a sensação – garantiu Hoseok, os olhos cintilantes desviando-se para Taehyung.

À noite, os Jeon's e os Park's se reuniram na sala de estar da família antes de descerem para jantar. Foi servido champanhe e todos brindaram em homenagem ao casal de noivos e à união das duas famílias. Toda a família de Jeongguk recebeu a notícia com uma aceitação imediata e calorosa que comoveu Jimin imensamente.

O duque segurou-o com carinho pelos ombros, sorriu e inclinou-se para pousar um beijo carinhoso na testa dele. – Que acréscimo bem-vindo você é para a nossa família, Jimin. Mas esteja avisado: de agora em diante, a duquesa e eu o consideraremos um de nossos próprios filhos, e vamos mimá-lo de acordo.

APM || JJK+PJMOnde histórias criam vida. Descubra agora