APM || JJK+PJM

Chapter Seventeen

[🍑]

– Eu nunca passei tanto tempo na cama – disse Jimin quatro dias depois, enquanto a luz da manhã penetrava por uma fresta das cortinas. – Nem quando ficava doente. – A não ser por algumas poucas saídas, como um passeio a pé para ver as antigas estátuas saxônicas e o chá da tarde nos jardins externos do hotel, eles haviam permanecido na privacidade da suíte. – Preciso fazer alguma coisa produtiva.

Um braço musculoso se curvou preguiçosamente ao redor do corpo dele e puxou-o contra o peito firme e com pelos. 

A voz de Jeongguk era como veludo no ouvido dele. – Eu, de minha parte, venho sendo excepcionalmente produtivo.

– Estou me referindo a alguma coisa útil.

– Você vem sendo útil.

A palma da mão de Jeongguk deslizou pelo quadril nu dele. 

– Fazendo o quê?

– Satisfazendo as minhas necessidades.

– Não muito bem, ao que parece, ou eu não teria que continuar a fazer sem parar.

Jimin começou a rolar pelo colchão, como se estivesse disposto a escapar da cama, e deu risadinhas quando Jeongguk se jogou em cima dele. 

– Está satisfazendo muito bem as minhas necessidades, o que me faz desejá-lo ainda mais. – Jeongguk se colocou acima dele, prendendo-o no lugar, de bruços. E abaixou o rosto para dar uma mordidinha rápida no ombro dele. – Você me deixa obcecado com essa sua boca doce, as mãozinhas espertas, suas costas lindas, e as coxas…

– Você precisa de um hobby – disse Jimin com severidade, enquanto sentia a ereção dele contra seu traseiro. – Já tentou escrever poesias? Ou construir um navio dentro de uma garrafa?

– Você é o meu hobby.

Jeongguk beijou a nuca do esposo, pois havia descoberto que aquele era um ponto sensível.

Ele era um amante terno e apaixonado e explorava cada centímetro do corpo de Jimin com uma paciência implacável. Ensinara ao menor sobre a lenta construção da expectativa do prazer, sobre os modos infinitos de aumentar o desejo. Por longas e lânguidas horas, Jeongguk o guiava de uma sensação erótica a outra, até Jimin se ver dominado por ondas de satisfação. Em outros momentos, ele brincava de torturá-lo, provocando-o até quase enlouquecê-lo, para então brindá-lo com arremetidas fundas e intensas. Jimin ficava sempre um pouco desorientado depois, eufórico e trêmulo, mas Jeongguk o abraçava e o acariciava até ele relaxar e cair em um sono sem sonhos. Jimin nunca dormira daquele jeito na vida, durante a noite toda e até tarde da manhã. 

Quando a noite se aproximava, eles pediam o jantar na suíte. Dois mordomos do hotel, ambos de chinelos para não fazer barulho, entravam na sala de estar para cobrir a mesa com uma toalha branca imaculada e arrumar os lugares com porcelana, prataria e cristais. Os empregados deixavam pequenas tigelas de água, com um raminho perfeito de verbena, para lavar os dedos entre os pratos. Depois de trazerem bandejas com os pratos quentes cobertos, os mordomos saíam para que o casal se servisse com privacidade.

Durante o jantar, Jeongguk era uma companhia divertida, e entretinha Jimin com um interminável suprimento de histórias. Ele estava disposto a conversar sobre qualquer assunto e incentivava o esposo a falar francamente e a fazer quantas perguntas desejasse. E não parecia se importar quando Jimin pulava de um assunto para outro que não tinha qualquer relação com o anterior. A sensação era de que, não importava quais fossem os defeitos dele, Jeongguk estava disposto a aceitá-lo como ele era, e como não era. 

No fim da refeição, um mordomo voltava para remover os pratos e trazia pequenas xícaras com café turco, um prato de queijos franceses e uma bandeja de licores. Jimin amava os licores coloridos como joias, que eram servidos em copos de cristal em miniatura, no formato de dedais com as bordas chatas. No entanto, eram uma bebida enganadoramente forte, como ele descobriu certa noite em que experimentou três tipos diferentes. Quando tentou se levantar da cadeira, suas pernas vacilaram perigosamente e Jeongguk se apressou a puxá-lo para o colo.