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- Eu deveria ter sido mais firme em relação à lua de mel - gemeu Jimin, debruçando-se na amurada do barco a vapor.
Jeongguk tirou as luvas, enfiou-as no bolso do paletó e massageou gentilmente a nuca do jovem.
- Inspire pelo nariz e expire pela boca.
Eles haviam se casado naquela manhã, apenas duas semanas depois de Jeongguk ter feito o pedido. Agora, estavam atravessando o Estreito de Gangwon, que ligava a Coreia à praia de Gangneung. A viagem não levava mais do que 30 minutos de Wonju até o porto da cidade paradisíaca. Infelizmente, porém, Jimin enjoava quando andava de barco.
- Estamos quase lá - murmurou Jeongguk. - Se levantar a cabeça, vai ver o píer.
Jimin arriscou um olhar para a vista de Gangneung se aproximando, com sua longa fileira de casas brancas e pináculos delicados se destacando na costa arborizada e nas enseadas. Mas logo deixou a cabeça cair novamente.
- Deveríamos ter ficado no Priorado Eversby.
- E passar nossa noite de núpcias na sua cama de infância? - perguntou Jeongguk, em um tom nada convencido. - Com a casa cheia de parentes?
- Você disse que tinha gostado do meu quarto.
- Achei mesmo um encanto, meu amor. Mas não é o cenário apropriado para as atividades que tenho em mente. - Jeongguk deu um sorrisinho ao se lembrar do quarto de Jimin, com seus singulares trabalhos emoldurados, as pequenas esculturas de cera muito amadas, com cavalinhos e bonecos de cabelos embaraçados e um olho de vidro faltando, e a estante cheia de romances muito manuseados. - Além do mais, a cama é pequena demais para mim. Meus pés ficariam para fora.
- Suponho que você tenha uma cama grande em sua casa em Seul.
Ele brincou de leve com os fios de cabelo na nuca de Jimin. - Nós, querido - murmurou. - Nós temos uma cama bem grande em nossa casa em Seul.
Jimin ainda não conhecera a casa de Jeongguk em Queen's Gate, na capital Seul. Uma visita desse tipo teria sido completamente imprópria, mesmo na presença de acompanhantes, e de qualquer forma não houvera tempo em meio à pressa louca dos preparativos para o casamento.
Jeongguk levara quase as duas semanas inteiras para encontrar um modo de arrancar dos votos matrimoniais a frase que tinha "obedecer". Ele fora informado pelo bispo de Seul que, se um noivo não jurasse obediência ao companheiro em seus votos durante a cerimônia, o casamento seria declarado ilegal pela corte eclesiástica. Jeongguk apelara então para o arcebispo de Busan, que concordara, com relutância, em dar a ele uma dispensa especial e altamente fora do comum, sob certas condições. Uma delas havia sido uma enorme "contribuição particular", o que equivalia a um suborno.
- A dispensa vai tornar nosso casamento válido e legal - explicara Jeongguk a Jimin -, desde que nós permitamos que o padre "apresente a você" a necessidade de obedecer ao marido.
Jimin franzira o cenho. - O que significa isso?
- Significa que você tem que ficar parado lá e fingir que escuta enquanto o padre lhe explica por que deve obedecer a seu marido. Desde que você não faça qualquer objeção, ficará implícito que concorda com ele.
- Mas não terei que prometer obedecer? Não terei que dizer isso?
- Não.
Jimin sorrira, parecendo ao mesmo tempo satisfeito e contrito. - Obrigado. Lamento que você tenha tido tanto trabalho por minha causa.
Jeongguk passara os braços ao redor dele e o fitara com um sorriso brincalhão. - O que eu faria com um Jimin dócil e submisso? Não teria a menor graça.
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APM || JJK+PJM
RandomJIMIN¡BOTTOM| JIMIN¡UKE Lorde Park Jimin é muito diferente dos debutantes de sua idade. Enquanto a maioria deles não perde uma festa da temporada e sonha encontrar um marido, Jimin prefere ficar em casa idealizando jogos de tabuleiro e planejando se...