[Dance Comigo] 🌻 •Jung Hoseok.

🌻[ 15 ]

POV Haru.

— Não Hoseok. — Falei pela décima vez.

— Sim Haru. — Hoseok cruzou os braços sério.

Estávamos decidindo se eu ficaria ou não em casa. Hoseok não quer me deixar ficar só desde do que aconteceu de manhã, mas ele disse que precisa de roupas e limpas e de um banho.

— Pode ir, eu estou bem, vou estar aqui quando voltar. — Falei tranquila e Hoseok respirou fundo.

— Haru, eu preciso te explicar mais  uma vez. Eu não vou me sentir bem sabendo que você estar sozinha aqui, porque eu sei que você não está cem por cento e eu não vou conseguir ficar bem sem saber que você está totalmente bem! — Hoseok disse andando pela “sala”. De certa forma eu entendia ele. — Vamos, vai ser rápido. Eu entro em casa, pego  minhas coisas, tomo um banho e então voltamos. Você nem vai perceber.

— Mas e seus pais?  — Isso era o que estava me impedindo na verdade. Porque não quero ficar longe do Hoseok, porém, não quero conhecer os pais do Hoseok sem nenhuma preparação antes. Claro que a ideia de ir na casa dele é um pouco… Inovadora? Não sei, talvez por estar um pouco tranquila, não estou levando a sério esse fato.

— Estão viajando. — Hoseok disse. — Voltam amanhã. — Respondeu calmo. — Se é isso que está te preocupada, relaxa, não vai ser agora que você conhecerá meus pais.

— Tudo bem. — Acariciei Pelotas. — Então eu vou. — Respondi e vi Hoseok sorrir.

— Vou pegar minha mochila. — Eu me levantei pegando meu casaco e calçando novamente meu all star.

Depois do que aconteceu na casa de Sung-hee eu acabei ficando completamente… Como posso dizer, grudada? Não consigo sair de perto de Hoseok. Não sei se isso é bom ou não, mas não consigo parar.

Ele não tocou no assunto de minha crise, não me perguntou por quanto tempo passo por isso, só ficou comigo. Por mais que a dor no peito ainda está passando, e uma tosse estranha me toma as vezes, estou melhor que antes. Eu nunca sei porque vem, mas vem sem  aviso algum.  Me sinto mal, é inevitável, porém de alguma forma maluca estou preenchendo minha mente não com pensamentos negativos, mas sim com o garoto sorridente e bonito.

Hoseok segurou minha mão quando saímos da minha casa, andamos juntos dividindo o fone e eu me sentia mais calma. Ele preferiu ir de ônibus dessa vez, porque hoje é segunda e nas segunda's o metrô fica lotado. Eu sei que ele quer me perguntar, é percetível, mas ele me respeita por mais que seja curioso. Eu quero contar, quero falar pra  ele sobre as crises, os motivos… Na verdade alguns motivos já que não sei exatamente o porque dessas crises. Mas sei quando começou. No meio disso tudo eu não consigo dizer, simplesmente contar parece não ser simples.

Hoseok sentou ao meu lado no ônibus e não soltava minha mão em momento algum. Ele parece preocupado, mesmo não dizendo, parece querer me proteger até mesmo de uma mosca.

O mais estranho em tudo é o fato de que mesmo eu estar incomodada com o que ocorreu de manhã e a dor no meu peito ainda estar me perturbando, ainda assim, Hoseok me faz bem, me faz esquecer de pensar em certas coisas.

Quando chegamos no bairro dele, descemos no ponto um pouco longe da casa, pelo menos eu acho. Minha memória não é boa, mas onde descemos parecia longe do local onde aconteceu aquela feira.

— Você se importa de esperar eu tomar banho? — Hoseok perguntou abaixando o volume da música.

— Não. — Respondi e Hoseok sorriu.

— Temos que voltar logo, antes que fique  muito tarde. — Hoseok falou quando viramos a esquina.  — Acho que vou cozinhar hoje.

— Vai cozinhar? — Perguntei curiosa.