25.The truth discovered

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A noite estava perfeita para mim, corria tudo do jeito que eu queria. Timothy na cadeia, e o Charles sendo solto após a polícia invadir aquele hospício ilegal com tratamentos de terapia gay.

Eu estava fora do carro com a Samantha, observando os policias levando as pessoas responsáveis por tudo isso, algemadas e direitamente pro carro da polícia e um dos rostos conhecidos era o de Rebecca, ela foi levada junto com os seus outros colegas, e vários pacientes saíam de lá, alguns familiares iam buscar os seus entes queridos, e eu estava lá por ele, pelo meu amigo Charles.

Comecei vendo ele que estava coberto com uma pequena manta em volta sendo acompanhado por um policial até nós, a sua aparência parecia desgastante, ele parecia cansado, magoado. Assim que chegou até nós a Samantha deu um abraço bem forte nele com várias lágrimas em seus olhos.

- Filho - ela disse - Me perdoa, me perdoa por tudo.

Charles parecia ainda meio confuso e baralhado com toda a situação.

- Eu nunca quis abandonar vocês - ela continuou - Eu prometo explicar tudinho.

Charles ainda estava em estado de choque, não dizia nenhuma palavra de sua boca, então entramos no carro e fomos até a minha casa.

Já era quase meia noite, e eu não conseguia me sentir cansada, mas sim realizada.

- Vou preparar uma comida bem gostosinha - eu disse assim que entramos pra casa.

- Comida da meia noite - Charles conseguiu dizer alguma coisa e sorriu - Estou mesmo com fome.

- Por isso que vou mimar você - segurei no seu braço e lhe passei um sorriso amigável - Quanto isso, vocês aproveitam para conversar. Que eu estarei lá na cozinha.

Me dirigi a cozinha preparar um prato especial, não só pela derrota do Timothy como também para dar as boas vindas ao Charles.

***************

CHARLES

- Realmente não sei como começar - disse a minha mãe assim que sentamos no sofá.

- Eu ainda me lembro de algumas coisas - disse baixando a cabeça - Eu nunca botei culpa em você, só... Nunca entendi porquê você desistiu. Porquê não conseguiu arranjar provas e força suficiente para ir a nossa atrás.

Ela baixou a sua cabeça e segurou nas minhas mãos, ela ficou meio triste.

- Uma mãe nunca desiste. Mas... Eu falhei e muito, o seu pai...

- O Timothy. Por favor, ele já não é meu pai.

- O Timothy me ameaçou, ele me fez assinar os papéis com 90 por cento da minha fortuna, dizendo que se não o fizer mataria você e a Sarah. Eu não tive uma outra opção, porque eu sabia que ele era capaz. Desde que eu conheci ele, já o vi fazendo coisas terríveis, coisas que o tornaram assim...

- Quais coisas ? - fiquei curioso..

- Ahh... O seu pai... O Timothy, desculpa. Ele nem sempre foi assim tão mal. Mas há muitos anos atrás, aconteceu algo muito terrível - ela parecia meio misteriosa e isso me causava mais curiosidade.

- O que aconteceu para ele se tornar nesse homem tão maldoso?

- Ah, vamos pular essa parte - ela pareceu meio nervosa mudando de assunto - Só queria dizer que eu não tinha opção, o Timothy não tem coração... Ele pode fingir tão bem, e tudo mais, mas... Ele não ama ninguém, apenas ele.

- Não é nenhuma novidade. Mas ele prefere a Sarah, ele sempre pareceu não gostar de mim.

- Porque ele sempre desconfiou que você era homossexual - ela passou a sua mão no meu rosto acariciando - E de alguma forma, ele odeia isso, eu como mãe sempre soube que você era diferente, sempre senti, por isso ele sempre deu mais amor para a primogénita, que é a Sarah. Mas eu te amo mais do que qualquer outra coisa no mundo...

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