Duelo amigável

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Já próximos a <Mansão do Crepúsculo>, Bell e Ais caminhavam portão adentro com suas mãos dadas, com o garoto liderando o caminho. Ao entrar, subindo as escadas, os dois acabam por se encontrar com Riveria que andava pelo corredor.

- Vejo que voltaram. Você está bem Cranel?

- Sim. Obrigado pela preocupação.

- Hum? – a elfa repara algo que não havia visto. As mãos dos garotos não se separavam.

Riveria não se contem e solta uma leve risada. Os dois pareciam não entender o motivo da graça.

- Me desculpe... – ela coça seu olho. - Vocês parecem estar bem próximos. – diz a elfa dando uma pequena indireta para os dois jovens.

Os dois finalmente percebem a situação, suas bochechas coram e Bell e Ais desviam os olhares um do outro, mas estranhamente suas mãos não se desprendem somente a força do aperto diminui.

No andar abaixo, vendo toda a situação estavam o trio Tione, Tiona e Leffiya.

- Nossa... Eles parecem estar bastante próximos. – disse Tione.

- É quase como se fosse um casal... – diz Tiona com um sorriso bobo no rosto.

- S-Senhorita Tiona! N-Não tire conclusões tão precipitadas! Eles... Só estão ficando amigos... Não é?

- Vai saber... – responde Tione.

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No corredor os dois param em frente à porta do quarto de Bell.

- Obrigado por cuidar de mim, Milady Ais. – ele solta a mão da garota. – Boa noite.

Bell pôs sua mão sobre a maçaneta, mas sente sua outra sendo apertada, quando o garoto se vira vê Ais com a cabeça baixa ainda com sua mão na dele.

- Bell... Sobre sua pergunta de antes... Podemos conversar? A sós? – diz Ais com seus olhos caídos, mas olhando para Bell.

O garoto fica alguns poucos segundos pensando até assentir com a cabeça para a garota. Ele abre sua porta e Ais entra sem ao menos pestanejar em seguida Bell a acompanha fechando a porta logo em seguida.

Os dois se sentam na cama, um ao lado do outros. Eles ficaram em silencio por algum tempo até que Ais decidiu quebrar-lo.

- Nós fomos até o 18° andar para descansar antes de irmos. Lá acabamos nos descobrimos que ouve um assassinato em <Rivira>. Finn decidiu ajudar e o seguimos, pois a assassina ainda poderia estar por lá... Na noite, os monstros-plantas começaram emergir. Nós ajudamos a conter-los. – Ais abaixa sua cabeça. – Após isso a assassina se pós em minha frente... E... Me derrotou...

Bell ficou surpreso, para ele Ais era o pináculo dentre os aventureiros, ele não poderia imaginar a força que a tal "assassina" poderia ter, mas algo o incomodava, por meio de dedução o garoto presumiu que ela estava ocultando alguma informação crucial. Tendo em vista que Ais Wallenstein não é o tipo de pessoa que se abalaria dessa forma por uma derrota.

- Milady Ais. Você está deixando de dizer algo, não está? – aponta Bell.

Ais arregalou seus olhos de surpresa por um momento até que seu olhar ficasse melancólico.

- Ela me chamou pelo nome da minha mãe... Aria... – diz quase que em um sussurro.

Bell não esboçou alguma reação, seus olhos continuaram firmes e fixos na garota. Ele nunca havia sido bom em lidar com sentimento, muito menos os seus próprios, mas ali ele sentia necessidade de fazer alguma coisa. O garoto mergulha em seus pensamentos tentando buscar algo que possa fazer sua princesa ficar melhor, ele revisou palavra por palavra em sua mente. Tendo o necessário, pelo menos pelo que ele acha, Bell põe sua mão sobre a de Ais.

Danmachi: Spear of LightOnde histórias criam vida. Descubra agora