1.1 Alô Hawkins

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" Eu estava lá novamente

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" Eu estava lá novamente. Naquela sala escura e fria. Sem um pingo de claridade.
Era só a profunda e vazia solidão que me acompanhava.
Eu não aguento mais isso, eu prefiro morrer do que viver nessas condições.
A porta se abre fazendo a claridade bater em meus olhos me cegando por instantes.

Quando me acostumo consigo ver papai ao lado de dois cientistas com jaleco branco e luvas.

__ Está na hora.- Ele fala com as mãos atrás das costas.
Eu levanto e o olho com os olhos lacrimejados.
Corro até ele e abraço sua cintura.

__ Não me coloque mais aqui papai...- Choro em sua roupa chique e cheirosa.

__ Me dê resultados Twelve...- Ele diz acariciando meus cabelos loiros e sorrindo.

Novamente na sala branca. O cientistas colocam em minha cabeça todos aqueles fios que eu não entendo muito bem o que é.
Papai me olhava do outro lado da sala pelo vidro com uma cara esperançosa.
Olho para a pequena garrafa de vidro e concentro todo meu poder psíquico.
O máximo que consigo é levemente congelar sua parte exterior.
O líquido vermelho desce de meu nariz, e uma forte dor de cabeça se faz presente.

Olho para o vidro onde todos me olhavam, e pude ver a cara de decepção do velho homem de cabelos brancos.
Olho para baixo tristonha. Papai fez sinal para que os dois cientistas me pegassem pelos braços me levando a outra parte do experimento.
O tanque.

Colocaram um capacete em mim e me jogaram no tanque com sal.
Fiquei boiando por alguns minutos.

__ Sem indícios de Psycokinesis...- Um dos médicos falam.
Fecho meu olhos ao ver novamente a cara de papai. O homem grisalho se vira de costas e então automaticamente mais lágrimas saem de mim.
A água em minha volta começa a ferver, formando bolhas.
O médico que estava com uma prancheta na mão me olhou atento.

Eles me tiraram do lugar e eu caí no chão tossindo um pouco, pela leve falta de ar.
Papai me olhou e negou.
Um homem adentrou a nossa sala ofegante e feliz.

__ Senhor! A prova da 011 foi um sucesso.- Diz o homem.
Papai assentiu para o médico que estava junto ao experimento. O aceno que eu conheço muito bem...

Papai sai andando rápido até a sala da tal Eleven.

O médico me pega pelo braço apertando levemente.

__ Não por favor! Não quero morrer!- Digo chorando tentando me soltar dos braços do mais velho.

__ Me perdoe... - Ele diz cabisbaixo.

__ O que eu fiz de errado?- Pergunto aos gritos desesperada.

__ Eleven teve um desempenho maior que o seu.- Diz o Médico me levando a uma sala branca onde ele me senta em uma maca.

__ Eleven...- Sussurro sozinha limpando meu nariz.
O médico tira uma seringa de uma gaveta e pôs um líquido um pouco amarelado dentro.
Ele testa a ponta e se aproxima de mim.
Eu sabia que iria morrer... Eu falhei...

Fecho meus olhos fortemente olhando para o lado. Não sinto nenhuma picada e então abro os olhos lentamente.

__ Eu... Eu não consigo ...- Diz o homem largando a seringa e me olhando assustado."

******

__ Ei! Ellie ...- Chama o pai da menina a sacudindo enquanto dirige com uma mão.
A garota abre os olhos e o fita atenta.

__ Eu sei que deve ser difícil estar voltando para Hawkins depois do acontecimento de 3 anos atrás. Tenha força querida!- Diz ele. Seu nome era Jonh. Jonh Collins, o médico que adotou a garota cuja o número era 012.
Ele não teve a coragem o suficiente de mata-la a sangue frio, então o homem a refugiou em sua casa a adotando.

__ Eu queria ter ficado na Califórnia....- Diz a menina olhando pelo vidro do automóvel.

__ Mas Max também está vindo para Hawkins. Gostaria de ficar na Califórnia sem sua melhor amiga?- Pergunta Jonh em um tom brincalhão.
Ellie solta um suspiro encostando a cabeça no vidro do carro.

Ao chegarem em sua nova casa a menina desce do carro logo observando a construção.

Seu pai para em seu lado colocando uma mão em seu ombro.

__ Pode escolher o seu quarto! Dessa vez eu vou deixar...- Ele diz sorrindo.
Ellie dá um leve sorriso de lado e corre para dentro da casa escolhendo o quarto mais confortável.
Como a casa já vinha mobiliada, eles não teriam muito trabalho nessa questão.

Ellie arrumava seu guarda roupa e seu quarto. Até que Jonh aparece na porta.

__ Tem visita...- Ele diz dando espaço para Max entrar e cumprimentar sua amiga.

__ Max!- Ellie abraça a amiga fortemente.

__ Nada mal...- Diz ela olhando para o quarto.

__ Eu tento ..- Diz a loira sorrindo. __ Billy te trouxe?- Pergunta Twe. Um apelido que Max a colocou quando se conheceram. A ruiva nunca soubera o porquê da amiga ter um codinome tão estranho, mas foi com esse nome que elas de conheceram, e então passou a chama-la assim.

__ Não... Vim de Skate. Não é tão longe da minha casa.- Diz a menina sentando na cama de casal com um cobertor da cor bege.

__ É estranho...- Ellie se senta ao lado da amiga.

__ Um pouco.... - Diz a ruiva sorrindo.
Twe se joga na cama e suspira.

__ Odeio esse fim de mundo!- Diz a loira brava. Max a olha.

__ É um pouco sem graça sim... Mas soube que tem um fliperama na cidade!- Diz alegre.

__ Sério??- pergunta Twe animada.

__ Sim!! De tarde vamos lá?- Pergunta a ruiva.
Ellie assentem com a cabeça e sorri.

__ Billy irá nos levar.- Diz a ruiva ficando séria.

__ Billy?- Pergunta a loira. Ela nunca teve muito contato com o menino. Por isso fica um tanto nervosa em sua presença. Alem das história que sua amiga lhe contava em como o garoto era um verdadeiro babaca.

__ Sim. Mas não se preocupa Twe. Na sua presença ele não fará nada idiota.- Diz Max.

__ Espero...- Diz Twelve olhando para o chão.

__ Bem...- Maxine se levanta da cama suspirando. __ Billy e eu passaremos aqui as 15:00?- Pergunta olhando para seu relógio de pulso de couro.

__ Pode ser!- Diz Twe sorrindo.

__ Beleza! Até!- Diz acenando e indo embora.

Twelve se joga na cama novamente e umidece seus lábios nervosa, e um tanto confusa.
Ela se perguntava como será sua nova vida em Hawkins.
Será complicada apesar de tudo. Muito complicada ...

Continua....


012. The Hope Number....(Stranger Things)Onde histórias criam vida. Descubra agora