O amor é um jogo perigoso e isso eu tenho certeza, ele pode te trazer segurança, fazer as famosas borboletas no estômago aparecer e do nada te fazer de boba, te nocautear e te jogar de uma só vez para debaixo do cobertor em uma tarde tediosa assistindo os filmes de Nicholas Sparks enquanto se questiona onde esta o John Tyree da sua vida. Depois de terminar o meu quarto relacionamento em somente um ano, começo a ter certeza que o amor não existe, não para mim então qual é o problema comigo Deus? Esse carma que estou recebendo é porque eu sempre inventava uma mentira para não sair com o Carlos dentuço da faculdade?
Primeiro foi o Jorge da academia, ele era gato, simpático, engraçado, gostava de assistir The Walking Dead, não tinha como não dar certo, ate ele decidir que preferia a ex dele. Depois veio o Marcos da livraria, o que mais sinto falta é as indicações de leituras dele, o outro que veio após era o Diego que se dizia ser bissexual, que ate ai tudo bem só que depois de começarmos a namorar descobriu que gostava mesmo era de homem, somente de homem e por último o Alex que me deixou assim, ele era um advogado maravilhoso, com um mês eu já estava imaginando como seria o rosto dos nossos filhos, então ele decidiu terminar porque segundo ele, eu o pressionava e queria ir rápido demais, como assim?? Eu só queria saber qual dos meus sobrenomes deveria permanecer se nós casássemos no futuro. Então todos esses relacionamentos me levaram onde estou agora, emburrada em meu apartamento tendo que ouvir a Amanda me falar que meu problema é colocar "a carroça a frente dos burros".
- Você não vai conseguir ter um relacionamento sério enquanto não souber se colocar como uma mulher adulta de verdade diante de seus relacionamentos. – Amanda batia em minha cabeça com uma das almofadas do sofá enquanto falava.
- O problema é que não existem mais homens que queiram um relacionamento sério, estou farta de namoros e decide que não vou namorar nunca mais, vou adotar o meu primeiro gato dos futuros trinta e viver isolada no meu apartamento.
- Para de ser dramática Alice, nem de gato você gosta.
- Começo a gostar... – Falei emburrada.
- Mas ficar sem arrumar "namorados" por um tempo é uma boa ideia, no tempo da faculdade você vivia trocando de namorado e não se preocupava.
- Você esta certa. – Parei então para pensar – Mas talvez eu esteja passando pela famosa crise dos trinta que falam na Tv.
- Que crise dos trinta o que Alice! Você só tem vinte e quatro anos, isso é a crise da safadeza, levanta esse rabo grande daí e toma um banho, precisamos ir para o aniversario de casamento da sua mãe daqui a duas horas e você tem tanta remela nos olhos que parece estar com conjuntivite.
- Não faria diferença eu não ir, posso deixar para aparecer no aniversário de casamento do seu próximo casamento. – Falei agarrando a cintura de Amanda e fingindo que iria chorar. – Por que ela conseguiu casar sete vezes e eu nada?
- Será que é porque ela não fica se lamentando no seu apartamento toda vez que um casamento não dar certo? – falou ironicamente.
Com essa jogada de realidade na minha cara resolvo me levantar, já basta eu não ter aparecido nos últimos três casamentos, vou pelo menos conhecer a família desse felizardo da vez. Vou ao banheiro e tomo um banho longo na esperança de meu mau humor melhora. Escolho após o banho um vestido de festa chamativo curto, minha mãe falou que seria uma festa simples, mas como a conheço o seu simples é uma festa com cinquenta pessoas e um bufê para umas cem. Ao enfim terminar de me arrumar encontro Amanda agora na sala usando um macacão longo verde e olhando impaciente para seu celular.
- Estou pronta sua ogra. O que tem de interessante ai? – Pergunto se referindo ao seu celular.
- Nada da sua conta dona Alice.
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Passione (+18)
RomanceAlice vive se metendo em relacionamentos frustrados, sempre tendo a esperança de conhecer alguém que resolva ficar de vez na sua vida, mas o amor é um jogo perigoso, isso ela tem certeza! Ele pode te trazer segurança, fazer as famosas borboletas no...