O lado escuro da lua.

16- Divorcio

Artur: solte ele agora.

Soltei o James.

Eu: desculpa, eu não queria.- disse em lágrimas

James: você vai devolver meu filho.- falava irritado e gritando.

Eu sentei no chão chorando e não entendendo o que estava acontecendo comigo, como eu sabia me defender tão bem.

Artur leva o James para o jardim.

Filipa: estás bem?!- disse me ajudando.

Levantei chorando muito. Meu mundo estava desabando, tudo saia das minhas mãos.

Filipa me levou no quarto e sentei na cama chorando muito.

Filipa: se acalma meu menino, tudo vai estar bem.- disse me dando um abraço forte.

Chorei em seus braços, chorei tanto que minha garganta doía meus olhos doía e minha cabeça doía.

Não consegui dormi, dia seguinte de manhã, Kelly trouxe o café da manhã

Eu: não tenho fome.

Kelly: os teus olhos estão tão inflamados senhor.

Eu: meu corpo não está doendo mais que a dor que está em meu coração.

Artur entra no meu quarto.

Eu: o que você quer?!

Artur: de ti não quero nada, afinal você me traiu.

Eu: você não vale nada mesmo. Sempre com os seus comentários baratos, tudo só por causa do vazio que você carrega, és um miserável Artur.

Artur: olha quem fala! O homem que passou a vida inteira traindo, roubando, mentindo, sequestrando para conseguir o que quer. E enche a boca para me chamar de miserável. Deverias reescrever teus conceitos.

Eu: porque você fez isso?!

Artur: escutei que o velho incluiu você no testamento dele. Eu não ia deixar você ficar com a metade da herança da nossa família. Talvez com essa revelação da morte do meu pai, o velho se vinga e  tira seu nome do testamento.

Eu: você não vale nada mesmo.

Entra a Lúcia no quarto.

Lúcia: espero que logo logo você vai embora dessa casa.

Eu não disse nada.

Artur: como está o velho?!

Lúcia: porque você contou para ele sobre a morte do Fernando?! O que a gente conversou?!

Artur: tarde ou cedo, ele ia descobrir.

Eu: ele contou porque o vovô me incluiu no seu testamento. O teu sobrinho é tão ambicioso que arriscou a vida do seu avô só porque ele queria criar um odeio entre o Ben e eu. Assim ele possa me eliminar do testamento.

Lúcia: o que!!! Depois a gente conversa. Você, o vovô quer ver você.

Fomos até o quarto do vovô. Ele mandou todos sairem.

Eu estava com a cabeça baixa.

Eu: não tem perdão tudo que fiz. Não mereço estar de pé aqui, fiz tanto mal. Eu não me lembro, mas vou pagar por todos meus crimes.- disse chorando

Avô Ben: você está arrependido?!

Eu: me arrependo de tudo, vovô, eu entendo se você me odiar.

Avô Ben: vem aqui. E senta.

Me aproximei na cama e sentei.

Ele pega nas minhas mãos.