Capítulo 11 - Yuri Volkov

3 0 0
                                    

        O dia-D. A Segunda-Guerra teve o dele, eu vou ter o meu próprio. Meu coração batia forte, não ia mentir, estava nervoso. Não sabia se daria certo, a probabilidade de tudo dar errado era imensa, imagine. Como oito homens podiam invadir uma nação altamente preparada para revidar qualquer ataque? Só podíamos confiar nas nossas habilidades e as desses homens não eram comuns. Preferia não fazer muitas perguntas, assim que estivesse dentro dos Estados Unidos, iríamos cada um para os seus caminhos. Só precisávamos passar pela barreira sem ser detectados, só isso. O problema era justamente esse, precisávamos passar pela barreira.

         A viagem era um pouco lenta, Tom ajustava seu rifle, aquele era imenso.

         - Tem visão térmica e uma boa precisão quando usada por pessoas certas. – Deu uma piscadela.

         O nosso plano era bem complexo mas simples se tudo ocorresse como o planejado. O helicóptero de Volkov ia na frente para cuidar do chip com o imã. Já que o suporte chegava bem rápido não demoraria muito para chegarem, estaríamos por lá esperando. Tínhamos de contar com a previsão do tempo. Estava previsto que tudo estivesse nublado na área da barreira. Tom, que já deu para perceber, tem uma afinidade muito grande com armas, ajustou algumas bombas de gás para explodirem sem fazer muito barulho. Explodiremos algumas embaixo do helicóptero, elas parecerão nuvens o que servirá para nos cobrir, enquanto isso Tom neutralizará os guardas nos navios, ao mesmo tempo que Volkov, Kurov, Merkov, eu e Tchébi cuidaremos dos homens lá embaixo que deverão estar fazendo a manutenção na barreira. Tchébi trocará o sensor e iniciará o loop. Poderemos passar rapidamente pelo mar enquanto Jey, Wells e Tom passarão com o Pássaro 1. Para não chamar atenção só passaremos com um helicóptero, para qualquer emergência. Nosso plano A era levá-lo até um local seguro mas parecia difícil pousar um helicóptero desses hoje em dia nos Estados Unidos. Tinhamos um plano B, é claro.

         - Ok, vamos começar. Jey, pode tomar altitude. Merkov você pode ficar mais para trás, comunicaremos se precisarmos. O chip já está pronto, vamos. – Ordenou Volkov. Senti então o nosso helicóptero subindo, até que passamos das nuvens para nos esconder, teria medo de ser atingido por um avião se também não tivéssemos acesso as suas rotas. Escolhemos a parte mais distante da margem, usando um radar víamos que não havia nenhuma embarcação por perto, não levantaríamos suspeitas. Foi aí que ouvi uma explosão na escuta.

         - É a explosão planejada, chefe? – Perguntou Tom.

         - Tudo conforme os planos, podem ficar calmos. – Respondeu Volkov.

         - Ufa. – Disse Tom. Pegou seu rifle e apontou para a parte de baixo. – Tenho contato visual com vocês, e com a parte da explosão, acho que agora esperamos.

         - É, esperamos. – Confirmou Volkov. – Largaremos o helicóptero lá ao longe e viremos pelo mar. Voltaremos a falar quando estivermos prontos, desligo.

         - Pássarinho – Choramingou Jey.

         - Seja homem, Fallord. Arranjaremos outros – Disse Wells com um ar de riso. – Avise-nos quando chegarem, Yenks, não quero perder a festa.

         - Tá, tá.

        

         Esperamos por uns 20 minutos, até que a voz de Volkov voltou aos nossos ouvidos.

         - Nada ainda?

         - Nada, chefe. Será que realmente virão? – Respondeu Tom.

Cartas Para Um DesconhecidoOnde histórias criam vida. Descubra agora