12 DIAS DEPOIS
Eu odiava os Broncos. Ainda mais depois que contrataram o melhor quaterback da NFL, não paravam de vencer e desde que seus torcedores se tornaram irritantes e isso faz muito tempo. Servir cerveja em dia de jogo era algo incrivelmente escruciante, inútil e tudo mais que você encontrar de mal adjetivo. Era um trabalho chato que havia sobrado para mim.
O bar que eu trabalho está numa estrada a caminho de Denver, perto de Fort Collins, tudo no Colorado, é bem pequeno mas lotado de torcedores frenéticos esparramados pelas mesas. A frente da entrada havia um balcão com vários bancos e ao lado uma televisão que captava os olhares de todos em todas as mesas, todas as mesas mesmo. Havia uma escavação ali próximo onde havia um monte de homens que enquanto não estavam furando o chão estavam pedindo mais uma, enquanto viam o jogo do time preferido deles, o Denver Broncos. Há um passo do Super Bowl.
Meu nome é Jacob Green e embora eu tenha essa droga de trabalho o bom é que eu comando tudo. Todos falam que esse é meu grande talento, comandar, liderar, como você queira chamar, e todos também falam que a monotonia nunca foi de ser muito amada por mim. É, as duas coisas são verdades e, para mim, servir cerveja era um exemplo disso.
- Você só odeia isso porque o seu time não está nos playoffs – Dizia Katia. Katia Florton era algo bem legal na escavação, não lembro exatamente o cargo dela, não comentávamos muito, mas ela era minha única amiga fora dos meus companheiros de trabalho.
- Mesmo se estivessem, eu ainda estaria servindo cerveja. – Só por informação, torço para os Giants. Ela se afastou e foi se juntar aos homens, ela adorava os ver, achava divertido como eles riam e tiravam sarro um dos outros, de fato, era uma diversão se não houvesse tanta tensão naquele lugar.
- Green?
- Sim? – Era Neal, era o meu assistente maior naquele lugar, quem me ajudava a controlar o tédio e outras coisas mais. – O que é?
- Vejo que alguém já está estressado. – Ele deve ter percebido minha cara de que não estava brincando. – Estão lhe chamando lá embaixo.
- Finalmente. – Seria bom abandonar aquele lugar um pouco.
Abri a porta atrás do balcão, cheguei então na cozinha, lá estavam três pessoas. O nosso mestre-cuca era o John Blake, ao lado deles os seus assistentes, Robert Huth e Mick Renard. Estavam em altos papos, não os repreendi porque não tinha tempo, precisava ir até lá atrás. Ao chegar na estante onde haviam os ingredientes procurei uma pequena lombadinha na madeira, atrás do fermento. Toquei nela e tirei a mão, a estante então se moveu para o lado, revelando uma porta blindada que ainda não sei o que pode derrubá-la. Tá, tá, chegou a hora de contar algo mais.
Aqui era um dos lugares mais protegidos dos Estados Unidos e não era por causa dos bêbados era pelo que estava atrás dessa porta. Nela, um leitor de retina rapidamente detectou a minha identidade e a porta se abriu revelando uma escada vertical, lá embaixo algo que não tinha nada a ver com o bar.
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Cartas Para Um Desconhecido
ActionEm Cartas Para Um Desconhecido, Joe Marcus Roach conta sua própria história e a realidade a sua volta. O ano é 2026 e os avanços tecnológicos que deveriam dar a humanidade mais segurança foram os responsáveis por seu maior conflito. Roach, até então...