All I need is you | BEN HARDY

32 - You're my girl

- Sim, está. Por quê? - Ben pergunta sem expressão alguma, sério e direto.

Mas imagine só: Ben atende a porta e vê que é um cara perguntando de mim, sabendo que quem mora definitivamente no apartamento sou eu, então não teria outra pessoa pra ele procurar ali. Como não sentir ciúmes de algo parecido?

- Eu preciso conversar com ela - o visitante diz e eu me aproximo de Ben, sem aparecer pra quem estava no corredor.

- O que você precisa com ela? - Ben já estava se irritando, e eu pude perceber isso só no seu tom de voz. Ele é ciumento. Um pouco.

- O assunto é com ela - ouço e balanço negativamente com a cabeça, sentindo pena do audacioso. Ben não estava gostando nem um pouco disso.

- Eu te perguntei o quer com ela. E não vou deixar entrar sem me dizer quem é - Ben diz, curto e grosso, e me arrepio ali atrás.

- Me desculpe. Arthur. Arthur Andrade - o psicopata diz, amigável e estendendo a mão pra um cumprimento, e Ben olha pra mão do mesmo, ignorando a tentativa dele. Noto que ele fica mais tenso, e em seguida explode.

- Então é você? Espero que tenha se arrependido - Ben diz, furioso e pega o doutorzinho pelo colarinho, levando-o até a parede do corredor e prendendo o mesmo contra ela.

Reparei na cena e vi que Ben era bem maior que ele em estatura e na musculatura, e eu sabia que meu loiro daria um fim nisso.

- Me solta, seu idiota! - Arthur dizia tentando se livrar dos braços do meu namorado, e quando me viu, estremeceu. Ben sabia que eu estava ali, e foi por isso que ele não o soltou.

- Eu idiota? O filho da puta aqui é você! Como teve coragem de decepcionar alguém como ela? Se conhecesse mesmo a Anna, não teria feito o que fez - Ben diz, prensando-o ainda mais forte contra a parede - Mas deixa eu te dizer uma coisa: você não vai fazer isso de novo com ela, porque eu não vou deixar você machucar a minha namorada - Ben fala compassadamente, e eu me sinto bem pelo seu gesto protetor. Ele solta o meu ex e ele cai, tentando se recompor. Ben vem até mim e eu o abraço.

- Ela te contou do que me disse sobre você? - Ben o olha irritado, e eu encaro Arthur. Por algum motivo, pude notar nos olhos de Ben que ele sabia que aquilo era mentira. É aí que ele tenta avançar contra Arthur, com os punhos cerrados e o rosto vermelho de raiva.

- Você não diga o que não sabe, seu filho da mãe! - Ben exclama, provocando ele de volta e eu fico na frente dele, acalmando-o. Ele me puxa levemente pro seu lado e beija minha testa.

- Faça-nos o favor de ir embora. Você não é bem-vindo aqui e eu já disse que não quero mais nada com você. Tenho nojo de você. Aposto que continua sendo o mesmo babaca do que com quinze anos - digo e Ben põe a mão em meu ombro.

- Vocês não se merecem, sua filhinha de papai. E ele então, não deveria namorar daquelas mulheres bonitas e talentosas de verdade? - ele diz e eu franzi o cenho.

- Você sabe, e se não sabe, então fique sabendo: venho de uma família humilde, que trabalha de dia pra poder comer à noite. Me formei e trabalho pra conseguir uma vida melhor pra mim e para meus pais, então se quiser falar deles, honre-os! Assim como eu, eles confiaram em você! E mesmo depois de tantos anos, você não mudou nada! - solto e não consigo não desferir um soco em seu rosto, com toda a força que eu podia.

Eu estava pronta pra atacá-lo de novo quando Ben me segura pela minha cintura e me convence a voltar pra dentro. Eu entro e vou até o sofá, me sentando no mesmo, com uma ansiedade enorme pipocando dentro de mim. Os guardas ouviram a reviravolta e ouvi eles se aproximando no corredor.